2 Temporada - Capítulo 19

871 100 20
                                    

Lexa point of view

Um tempo depois...

Estou aguardando Clarke terminar de se arrumar para irmos ver meu sobrinho. Ela gosta de me fazer esperar; ela gosta de me fazer ficar irritada. Logo ela aparece e toda a minha impaciência vai embora ao vê-la. Minha mulher é uma obra de artes das trevas. Isso é. Ela enlaça seu braço no meu e seguimos caminhando até o Casarão. Já se passaram 3 anos desde nos casamos, tanta coisa mudou. Menos a capacidade da Clarke de me tirar o juízo. Isso ela faz questão de melhorar diariamente.

- O Anthony está tão esperto. - Ela comenta ganhando minha atenção. - Hailee já está grávida novamente. Uma benção né?

- Sim, é. O Anthony foi a chance do Louis renascer e agora vem a chance dele endoidar. - Faço graça afim de amenizar o tom de tristeza que se instalou nela. - Sua hora vai chegar, Clarke. Temos a eternidade, lembra?

Ela assente, sorri e assim continuamos a caminhar. Octavia resolveu viajar para conhecer novos povos; sinto saudades da minha irmãzinha que agora nem é tão novinha e desprotegida assim. Entramos no casarão e já fomos recebidas por minha mãe que brincava com o neto.

- Entrem. Está na hora do banho do Anthony. - Ela diz mostrando o garoto todo sujo.

- Posso ajudar? - Clarke se voluntaria e minha mãe assente. - Volto logo, amor.

Ela me beija e segue minha mãe. Louis, minha mãe Toni, meu avô Thomas e tia Anne estão me olhando. Suspiro e sento no sofá. Vô Clifford não pôde aparecer.

- É visível a tristeza da sua mulher, Lexa. - Meu irmão comenta. - Talvez seja necessário levá-la até uma bruxa. Ela quer filhos, talvez possam ajudá-la.

- Acredito que ela pode só que ainda não é o tempo. - Suspiro olhando pra minha mãe. - Uma hora ou outra vai...

Sou interrompida por um grito da minha mãe. Imediatamente estou no quarto do garoto observando minha mãe, Clarke e Anthony chorando. Hailee aparece e tira o bebê dos braços da minha mãe chorona.

- O que foi, mãe? O que foi, Clarke? - Pergunto angustiada. - Alguém pode dizer o que está acontecendo?

- A Clarke... A Clarke enjoou o cheiro do sabonete do John... - Minha mãe aponta pra minha mulher. - Pelas contas que fizemos não tem erro. Ela está carregando um bebezinho, filha.

Corro até perto de Clarke, seguro em seu rosto com as duas mãos e encaro seus olhos, seus belíssimos olhos.

- Isso é verdade? Me diz que isso não é mentira... - Sussurro começando a sentir um nó na minha garganta.

- É, é verdade. Eu estou grávida, Lexa! - Ela se joga nos meus braços. - Eu vou ter um bebê nosso. Ele é nosso. Eu consegui.

Ela chora abraçada a mim. Precisei de muitos minutos para acalmá-la. Começamos a receber diversas felicitações e para cada um delas Clarke chorava. Ela não parava de repetir que não acreditava, que seu sonho enfim foi realizado. Minha mãe nos segurou o dia todo. Fez almoço e jantar comemorativo. Minha mão não saía da barriga da minha esposa. Quando eu tocava, eu sentia a quentura e ao mesmo tempo uma suavidade. Era a sensação louca de ser mãe se apoderando de mim. É indiscutível o sentimento enorme que nasce repentinamente ao saber que a pessoa que você ama está gerando um bebê. Um bebê totalmente nosso.

- Lexa? - Ela me chama. - Você está parecendo uma idiota sorrindo pra comida.

- Eu estou muito feliz, amor. Eu sabia que viria no tempo certo. - Digo olhando todos à mesa. - Eu sabia que tudo iria se ajeitando com o tempo.

- Parabéns, Lexa. - Minha mãe Lauren chama minha atenção. - Sua irmã vai ficar muito feliz quando souber. Ela nem sabe que a Hailee também está grávida. Felicidade em dose dupla.

O dia seguiu maravilhoso. Só conseguimos sair do casarão porque eu aleguei que a Clarke precisava descansar. Até ela não queria sair de perto dos paparicos da minha mãe. Caminhando de volta, paramos alguns minutos para observar a enorme lua.

- Obrigado, mãe. Eu sei que essa benção veio das suas mãos. - Digo em tom de oração.

- Obrigada, Deusa da lua. Muito obrigada.

Chegamos no castelo e logo Clarke se pôs a contar a novidade. Becky quase desmaia e Austin quase me sufoca em um abraço. Clarke tornou a chorar novamente. Outro almoço foi marcado em comemoração. Com muito custo, levei meus amores pro quarto. Ela começa a tirar a roupa e logo corre pra banheira. Sigo-a para ver se está tudo bem.

- Um calor repentino me acometeu e então resolvi tomar um banho. Estranhamente o calor veio do bebê. - Ela comenta tocando o ventre. - Será que ele vai ser unicamente especial como você?

- Só pelo fato dele ser fruto do nosso amor ele já vai ser único. - Beijo seus lábios e ela me puxa pra banheira. - Custava me deixar tirar a roupa? Você e sua impulsividade!

Passamos boa parte da noite na banheira entre carinhos, planos e pensamentos. Uma nova jornada se inicia e tudo é muito novo para nós. Um novo muito bem-vindo.

Prometida à Alfa - ChoniOnde histórias criam vida. Descubra agora