Capítulo 49

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Nesse exato momento Betty aparece na sala com um vestidinho florido marcando sua barriguinha de quase quatro meses. Anne virou-se para a garota e encarou sua pequena barriga. Ouviu Cheryl bufar e então virou seu olhar para ela.

- Se você quiser a nossa casa está livre pra você ficar lá. - Ela alisa o rosto da irmã. - Você não é obrigada a se submeter a isso, Cher.

- Não se preocupe, no primeiro sinal de desentendimento eu apareço lá. - Cheryl omite o desentendimento da noite anterior. - Agora vai e avisa ao nosso pai que irei visita-lo logo.

- Está certo. - Anne beija a testa de Cheryl e caminha até perto de Toni. - Você sabe que hoje é um dia importante. Apareça lá na divisa, talvez essa guerra acabe hoje. Seu pai já deve estar lá junto ao meu.

Toni assente e então passa por Betty saindo do casarão. A mesma revirou os olhos com tamanha falta de educação vinda de Anne. Betty passou direto indo pra cozinha, estava faminta. Toni caminhou até perto da sua mulher, agarrando-a pela cintura e beijando seu pescoço.

- Bom dia, meu bem. - Sussurrou perto do seu ouvido. - Você está se sentindo bem?

- Sim, bem melhor depois de saber que agora posso andar livremente entre os vilarejos. - Virou-se beijando levemente os lábios da esposa. - Estou preocupada com uma coisa.

- Diga o que é, se eu puder ajudar, ajudarei. - Beijou a ponta do nariz dela.

- Eu procurei muito tanto o Louis como o Bobby. Eu só encontrava pistas que me faziam girar em círculo. - Sua face adquiriu uma expressão tristonha. - Nick pedia muito para esquecermos os dois, mas eu não posso. Eu simplesmente não posso esquecer o Louis.

Toni abraçou Cheryl sentindo todo seu descontentamento em não encontrar o garoto. Estava nítido sua tristeza em falar sobre isso.

- Agora não podemos fazer muita coisa. Você sabe que a guerra está acontecendo, dependendo do resultado de hoje eu posso colocar pessoas para ir atrás do garoto. Não fique preocupada. Vamos comer alguma coisa.

Toni saiu puxando Cheryl pela mão até o ambiente onde fazem as refeições. Betty estava sozinha comendo uma enorme coxa de frango com alguns temperos por cima. Cheryl ao ver aquilo sentiu seu estômago revirar-se, mas não vomitou. Sentaram-se à mesa e então Bernadete começou servi-las. Cheryl optou por comer bastante frutas, Toni ficou com massas.

- Você ultimamente só come essas coisas, Betty? É desejo? - Cheryl perguntou curiosa.

- Por que? Você quer controlar o que eu como agora? - Ríspida, respondeu encarando a garota. - Se não fosse desejo eu não estava comendo. Não se preocupe se meus hábitos alimentares são descuidados, preocupe-se com sua gravidez.

Cheryl ficou de olhos arregalados não compreendendo a resposta dura que ouviu. Fechou os olhos por alguns segundos pedindo paciência por que isso é uma das coisas principais que a gravidez lhe tirou.

- Você não precisa ser grossa, Betty. - Toni intervém. - Ela só se preocupou com o que você come.

Nesse momento Veronica e Katy aparecem sentando-se à mesa. Veronica de cara sentiu o clima estranho, Katy fingiu que não sentiu.

- Bom dia. - Katy pede café. - Eu espero ter uma refeição agradável essa manhã.

Betty voltou a comer sua coxa de frango, Cheryl beliscou suas frustas e Toni bufou alto. Veronica não quis encarar Betty, não entendia por que a atitude dela na noite anterior lhe feriu tanto. A refeição correu silenciosamente, até que em algum momento Betty se via falando sem querer.

- O que a senhora acha que vai ser? Menina ou menino? - Perguntou a Katy.

- Eu gostaria que fosse menino. É sempre bom que o primeiro herdeiro seja menino. - Comentou contente. - E você, Toni? O que acha?

Toni engoliu seco vendo de relance Cheryl apertar a toalha da mesa. Betty tinha puxado esse assunto pra machucar, ela sabia.

- O importante que venha com saúde. - Comentou contida. - Que os dois venham com muita saúde.

- Eu espero que seja um menino, Betty. - A voz de Cheryl atraiu todos os olhares para a mesma. - Eu sempre quis uma menina. Bom, eu vou me retirar. Com licença.

Cheryl saiu da mesa caminhando até a sala onde sentou no sofá. Logo Veronica aparece sentando ao seu lado.

- A sua resposta foi boa, mas sei que não estás muito bem com essa situação toda. - Soou amigável.

- E quem estaria, Veronica? - Assumiu envergonhada. - Eu sou a esposa, eu sou casada com a Toni, eu sou a sua companheira do ócsio e é ela que engravida do primogênito. Sei que isso é consequência das besteiras que ela fez anteriormente, mas é difícil ser forte diante disso. E o pior é que Betty está me vendo como uma inimiga.

- A Betty está esquisita, ela não era assim quando trabalhava aqui. Era doce, ingênua, prestativa... Arrisco dizer que ela lembrava muito você. - Veronica consegue ganhar o olhar da cunhada. - Mas parece que ela está confusa, perdida. Não sei se vai adiantar muito, mas não leve a sério o que ela anda falando. Eu sei que você consegue.

- Já eu não sei...

Nesse momento Betty passa direto saindo do casarão, não falou com ninguém. Veronica encara Cheryl e a mesma ergue a sobrancelha.

- Você sabe onde ela vai quase todo dia? - Perguntou curiosa.

- Não, não sei.

Toni aparece na sala, despede-se da sua mulher e sai juntamente com Veronica. Elas precisavam ir na divisa, estavam torcendo pra que tudo se resolvesse logo. Cheryl ficou na sala passando a mão no seu ventre ainda retinho.

- Na gravidez da Toni eu nem conseguia dormir direito. Eu ficava o tempo todo imaginando como seria seu rostinho ou de quem puxaria os olhos. - Katy senta ao lado de Cheryl. - Você vai ser uma mãe excelente, Cher. Não fique com medo ou insegura, todos nós amamos muito você.

De um jeito especial aquelas palavras fizeram Cheryl encher seus olhos de lágrimas. Pode parecer infantil, mas ela estava muito insegura por não estar gerando o primogênito. O pior é ter alguém disputando atenção com as pessoas que são da sua família. Sorriu para Katy agradecendo muito o carinho e a atenção.

Prometida à Alfa - ChoniOnde histórias criam vida. Descubra agora