Capítulo 18

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Ao abrir os olhos, Toni bocejou sentindo-se pronta para o dia que iria enfrentar. Resolveu tomar um banho e descer para saber se o café já estava na mesa. Encontrou sua mãe enfeitando a mesa com várias flores.

- Bom dia, Toni. Cadê a Cheryl?

, Bom dia, mãe. Ela ainda está dormindo, vim apenas saber se o café estava colocado sobre a mesa. - Beijou a testa da sua mãe. - A senhora pode providenciar uma cama de solteiro pra mim? Deixei a cama de casal pra minha querida esposa.

- Tudo bem.

- Cadê o papai?

- Escritório.

Ela assentiu e foi procurar pelo seu pai. Entrou no escritório sem bater pois a porta estava aberta.

- Bom dia, pai. - Disse sem graça.

- Bom dia, filha. - Largou os papéis sobre a mesa e encarou Toni. - Que bom que veio me procurar. Precisamos acertar os últimos ajustes do ataque que iremos fazer aos vampiros. Sente-se, por favor.

Toni sentou e pegou o papel que seu pai lhe estendeu. Era um plano-isca, onde poucos lobos iriam atrair a atenção dos vampiros por um lado e então o restante atacaria por outro. Era um plano perfeito, no fim da folha tinha a assinatura de Dinah.

- Veronica realmente é genial, pai. - Entregou o papel sorrindo fraco. - Mas esse plano tem falhas.

- Qual? - Thomas pergunta juntando as sobrancelhas.

- Iremos arriscar a vida desses poucos lobos pois estarão em desvantagem já que os vampiros estão tão preparados quanto nós. - Gesticulou. - E é um erro achar que atacando por outro lado eles estarão desprevenidos. Esqueceu que os ouvidos dos vampiros são tão bons quanto os nossos?

- Toni tem razão. - Veronica entra no escritório. - Calculei errado meus planos, perdão. O que você nos sugere então, irmã?

- Não atacar. - Respondeu parecendo óbvio. - É melhor nos prepararmos para nos defender dentro do nosso território do que atacar no território deles.

Thomas encarou sua filha de forma orgulhosa, até que enfim Toni estava usando seus dons para algo útil. O plano dela era realmente bom. Ficaram conversando por poucos minutos apenas ajustando o novo plano e depois seguiram para tomar café.

Cheryl descia as escadas sentindo um cheiro maravilhoso de abacaxi. Ela adora abacaxi, a fruta e o suco.

- Bom dia. - Cumprimentou ao ver todos à mesa.

Toni puxou a cadeira e então Cheryl senta sem nem olhar para seu rosto. Ágata termina de colocar as coisas na mesa e se retira.

- Preciso contratar outra empregada para ajudar Ágata. - Katy beberica seu café.

- O que aconteceu com a anterior? - Cheeyl perguntou cortando os pedaços de abacaxi no prato.

Katy olha por cima da xícara para Toni e então desvia o olhar para não ficar muito nítido que iria mentir.

- Ela adquiriu uma grave doença e então preferiu passar seus dias com seus familiares. Lástima!

Cheryl encarou Katy totalmente tomada pelo espanto ao ouvir a explicação. Mas logo tornou a comer. Toni encarava a maneira elegante que sua esposa comia e sorriu. Estava ficando uma boba de tanto olha-la.

- Soube por Clifford que você cavalga, Cheryl. - Thomas rompe o silêncio. - Pedi pra prepararem cavalos pra vocês as duas passearem. Sei que vocês deveriam estar em lua de mel, mas é o máximo que podemos oferecer devido aos fatos.

Cheryl quase engasga com um pedaço de abacaxi. Sorriu fraco agradecendo a gentileza. Ela queria ficar o mais longe possível de Toni, mas era como uma missão impossível.

Toni terminou sua refeição e então subiu para escovar os dentes. Cheryl entra no quarto logo depois.

- Vai demorar muito? - Perguntou da porta do banheiro.

- Não. - Respondeu saindo do banheiro. - Pode ir. Estarei esperando lá em baixo.

Toni desce as escadas dando de cara com Vero, sua amiga. Apertaram as mãos e seguiram para fora do casarão.

- Sinto muito não poder conversar agora, vou cavalgar com a marrenta. - Disse encarando um sorriso sacana no rosto de Vero. - Já sei que você está pensando besteiras...

- E não é pra pensar? - Gargalhou. - Querendo ou não vocês estão em lua de mel.

- Vamos, Toni? - Cheryl aparece passando direto pelas duas.

- Ela é marrenta mesmo, hein? - Vero dá duas tapas no ombro de Toni. - Depois eu passo por aqui. Juízo!

Toni sorriu tentando seguir os passos apressados de Cheryl. Logo estavam lado a lado.

- Não adianta fugir de mim, Cheryl. - Toni sussurra. - Eu quero saber por que você me trata dessa forma. Eu não estou sendo uma idiota com você, estou?

- Você é uma idiota, Antoinette. - Respondeu aproximando-se de Justin que segurava as rédeas de dois cavalos. - Bom dia.

- Bom dia, Sra. Topaz. - Justin respondeu entregando os cavalos e saindo.

- Já vi que vou odiar ser chamada assim o tempo todo. - Resmungou subindo no cavalo. - Qual o problema com o nome Cheryl?

Toni sorriu subindo no seu cavalo. Cheryl tomou a frente iniciando uma corrida gostosa pelos floresta em volta do casarão. Toni apressou seu cavalo tentando alcança-la. Ela era boa, admitiu. Cheryl começou a correr ainda mais tentando fazer Toni perdê-la de vista. Olhou pra trás de relance vendo um olhar preocupado de Toni, quando seu olhar voltou pra frente o cavalo parou bruscamente jogando-a contra uma árvore. Suas costas bateram com tudo fazendo-a cair no chão com força. Toni pula do cavalo correndo até perto dela.

- Cheryl! - Chamou-a preocupada. - Cheryl!

A garota estava desacordada e com a testa sangrando. Toni pegou-a com cuidado e a colocou nas costas. Tirou a calça e colocou no chão. Logo transformou-se em um grande lobo negro dos olhos avermelhados. Cheryl estava nas suas grandes costas desacordada. O cheiro dela novamente a intrigava, era um cheiro sedutor. Pegou a calça com a boca e correu o máximo que podia.

Chegou na frente do casarão sendo recebido por Justin e Vero que conversava com o mesmo. Abaixou encarando Vero para que ela tirasse Cheryl de suas costas. A amiga assim o fez. Ela voltou a forma natural vestindo a calça logo depois.

- Ela caiu do cavalo. - Toni toma Cheryl dos braços de Vero.

Correu entrando na casa seguindo diretamente para o quarto do casal. Katy entra logo depois ficando imóvel ao vê-la sangrando.

- Irei chamar o médico do vilarejo. - Ela saiu às pressas.

Toni encarou Cheryl alisando seus cabelos aguardando que ela acordasse. Lembrou-se do cheiro dela e confusa perguntou a si própria: Por que o cheiro dela é tão hipnotizante quando estou na minha forma lupina?

Prometida à Alfa - ChoniOnde histórias criam vida. Descubra agora