Capítulo 58

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Ao abrir os olhos, Toni deu de cara com Cheryl a observando. Seus olhos voltaram a se fechar numa decepção nítida, ela ainda estava muito chateada.

- Bom dia. - Disse temerosa. - Precisamos conversar.
- É, precisamos, Cheryl. - Toni levanta ajeitando o cabelo. - Espera um minuto.

Toni foi fazer suas higienes e Cheryl levantou-se em busca do vidrinho que Hal tinha lhe dado. Balançou o líquido diante dos seus olhos imaginando a reação da sua esposa ao ouvir tudo que ela tem para lhe dizer. Toni volta e senta na cama, ao lado de Cheryl.

- Estou pronta pra ouvir tudo, Cheryl. - O tom de voz de Toni ainda estava ríspido.

- Hal me ofereceu uma solução. - Cheryl balança o vidrinho. - Deixa eu explicar.

Aos poucos, Cheryl foi explicando cada parte de como foi seu encontro com Hal. Toni alternava entre expressões de ódio e revolta a cada palavra dita. Não acreditava que a loucura de Hal e a ingenuidade de Cheryl fosse tão grande.

- Toni não está nem louca de tomar isso. - auren toma o vidrinho da mão de Cheryl. - Você acha que ele te daria uma coisa que pode te salvar assim, sem mais nem menos? Sem querer nada em troca depois? Você chega a dar dor de cabeça de tão ingênua que é!

- Não é sobre ingenuidade que estamos falando, Toni! - A jovem se exalta. - É sobre salvar o nosso filho! Eu não vou abortar, Toni. Eu não vou escolher a minha vida em troca da vida do nosso filho. E me foi dado uma opção: salvar as duas vidas.

- Você não vai tomar isso, entendeu? - Toni ameaça sair do quarto, mas Cheryl a impede.

- Vamos fazer assim: você vai até a Hope e pede pra ela analisar o que usaram nesse líquido. Ela dirá se é permissível eu tomar ou não.

Toni estreita os olhos e depois sai do quarto. Cheryl bufa alto e então vai cuidar da aparência para poder descer e tomar café.
Toni chega na sala de jantar com a pior das caras.

- Bom dia. - Diz ao sentar. - Quero o suco de maracujá, por favor.

Katy passa a jarra para que a filha sirva-se. Thomas encara Veroníca não entendendo nem um pouco do péssimo humor da filha. Betty comia calada, absorta em seus pensamentos. Cheryl chega cumprimentando a todos com quase a mesma expressão facial de Toni. O café da manhã seguiu silencioso. Katy e Thomas saíram para cuidar da apresentação de Toni e Cheryl como os próximos líderes da alcatéia e do vilarejo. Veroníca foi passear com Betty, a mesma queria tomar sol e Veroníca se propôs a acompanhá-la.

- Você vai fazer o que lhe pedi? - Cheryl intervém Toni perto da porta.

- Espere aqui. Volto mais tarde.

Sem dizer mais nada, Toni vai embora. Cheryl volta e vai terminar de tomar seu café. Toni encontra Vero poucos passos depois de sair do casarão.

- Estava esperando você. - Vero se aproxima. - Consegui captar o cheiro podre do Hal. Agora temos que ter ajuda de uma bruxa pra rastreá-lo melhor. Vamos pegar esse verme escorregadio.

- Estava indo na casa da Hope agora. Acompanhe-me!
Durante a caminhada, Toni contou tudo o que soube através de Cheryl para Vero. Chegaram rapidamente na casa de Hope e logo foram atendidos.

- A Selene está bem? - Foi a primeira coisa que Hope perguntou.

- Hal ofereceu a solução perfeita pra Cheryl. - Toni entrega o vidrinho nas mãos da bruxa. - Esse líquido promete deixar a Cheryl levar a gravidez até o final sem nenhuma interrupção do ócsio. Não consigo acreditar, quero que analise tudo que compõe esse líquido.

Hope olha para o líquido e depois para Toni. Ela tinha um tom aflito na voz, preocupação define bem.

- Ela quer muito tomar, não é? - A bruxa pergunta e Toni afirma. - Amanhã venha buscar o vidrinho, prometo dar-lhe uma resposta. É só isso?

Vero respondeu à pergunta de Hope dizendo ter capatdo o cheiro de Hal e pedindo ajuda para rastreá-lo. Hope estava se sentindo cansada ultimamente, era necessário ajuda.

- Vou exigir muito de mim ao rastreá-lo. Preciso de ajuda. Busque a Kat, bruxa do vilarejo Nascente. Farei o que quiserem quando ela estiver aqui.
Vero assentiu e então foi buscar a tal Kat. Toni e Hope ficaram sozinhas.

- Ela não vai querer saber o sexo do bebê? Nem se ele está evoluindo bem?

- Creio que ela está muito magoada por você ter citado o aborto como solução. Provavelmente agora ela te vê como inimiga e vê o Hal como o salvador. - Toni passeia na sala. - Você sabe o sexo dos bebês?

- Sim, sei. - Hope sorri. - E só direi a você com a autorização da mãe. No caso, apenas uma permitirá. Quer que eu faça uma visita amanhã?

- Sim, por favor. Tentarei convencer Cheryl também.
- Toni caminha até a porta. - Quando a Vero voltar, avise que fui para casa. Façam tudo que precisam fazer pra encontrá-lo. Qualquer coisa, chame.

Hope assente e então Toni vai embora com o coração pesado. Queria muito que Cheryl deixasse essa loucura de tomar esse tal líquido de lado e voltasse a aceitar a visita de Hope. Talvez houvesse uma esperança de salvar a vida dos dois. Arriscar tomar algo dado pelo Hal é bem mais louco que tudo isso.

Ao chegar na frente do casarão, Toni ouve um grito alto. Invade a casa ofegante e vê Betty sentada no sofá da sala.

- O que aconteceu? - Pergunta esbaforido.

- Estávamos passeando e do nada ela sente dores. - Veroníca explica. - Ela diz que a criança quer nascer. Como pode isso?

Cheryl estava do lado de Betty tentando acalmá-la. Toni fica sem reação e se acalma ao saber que o médico já foi chamado. Bett gritava como que fosse dar a luz, desesperada. A dor era tanta que a mesma rasgou o estofado que segurava com força. De repente, como se por magnetismo, Cheryl começa a sentir umas dores estranhas.

- Ai! Ai, dói! - Exclamou segurando o ventre.

Toni e Veronica se olharam não entendendo mais nada. Ao invés de uma, agora duas mulheres gritavam como se quisessem dar à luz. Enlouquecer ou enlouquecer?

Prometida à Alfa - ChoniOnde histórias criam vida. Descubra agora