As horas se passaram e já era quase noite. Cheryl ainda não tinha acordado, Toni estava velando seu sono. Hope tinha acordado, comido e ido embora. Precisava ajudar Kat com os feitiços de localização e rastreamento. Betty estava comendo algo na cozinha, Katy se aproxima.
- Essa casa está uma confusão. - Desabafa Katy. - Não passamos um minuto em paz que algo acontece. Acho que já já a irmã de Cheryl entra por essas portas querendo socar a Toni.
- Isso é sempre engraçado. - Betty prende o riso. - Tenho inveja da Cheryl por ainda ter uma família pra protegê-la. Eu só tenho minha filha...
- Você tem a nós, menina. Essa agora é sua família também. Essa garotinha aí é minha neta.
Betty agradeceu dando um forte abraço em Katy e depois voltou a comer o bolo que Ágata serviu.
Veronica entra no quarto em que Toni está com sua esposa.
- Ei, você precisa ir comer. - Ela toca no ombro de Toni. - Não sabemos que hora ela vai acordar.
- Eu estou tão brava com essa mulher, Veronica. - Sussurra demonstrando cansaço. - Ela não tinha nada que beber essa porcaria de líquido. Mas ao mesmo tempo estou tão orgulhosa. Ela amadureceu tanto... Era uma garota que tinha medo de qualquer coisa e agora ela arrisca a própria vida pra salvar alguém. Eu preciso dela aqui, das duas.
Veronica puxou a irmã para um abraço demorado e confortante. Toni preferiu não contar que já não sentia o elo do ócsio, já tinham problemas demais. A mesmo acabou aceitando ir comer alguma coisa por enquanto que Veronica olhava sua mulher. Veronica sentou-se perto da cunhada e ficou pensando no ato de coragem dela. Bebeu o líquido pra salvar Betty e seu bebê.
- Você é incrível, Cheryl! - Sussurrou pra garota. - Soube desde o início.
- Conversando com a adormecida? - Betty aparece no quarto. - Queria vim agradecer, mas já vi que ela ainda não acordou. A Toni tá comendo lá embaixo, parece destruída.
- Eu também ficaria se algo acontecesse com você. - Veronica deixa escapar naturalmente. - Quer dizer, com você e consequentemente com a minha sobrinha.
Betty sorri achando fofo o que ouviu. Ela estava sentindo algo por Veronica, mas não podia dizer. Sabia que ela também sentia o mesmo, só que também não assumia. Pra Betty era complicado estar grávida de uma mulher e sentir algo pela irmã dela. E pra Veronica era difícil assumir gostar da mãe da sua sobrinha.
- Vou voltar a dormir. Realmente estou muito cansada.
Betty despede-se e vai embora. Veronica fica absorta em seus pensamentos. Depois que Betty se recolheu, alguém bate à porta. Bernadete corre para atender dando de cara com Clifford, Anne e Penélope.
- Entrem. - A empregada abre mais a porta. - O Sr. Thomas teve que...
- Não viemos falar com Thomas. Quero ver a minha filha. Por que eu tenho a sensação que casá-la com uma Topaz foi a pior coisa que fiz?
Toni ouve a voz do sogro e então abandona sua refeição indo ao encontro das visitas.
- Casar com Cheryl pra mim foi a melhor coisa que me aconteceu, Sr. Clifford. - Toni aparece na sala. - Ela ainda está adormecida devido ao líquido que tomou. Vocês já sabem onde é o quarto, podem ir vê-la. Minha irmã está lá.
- Estou tentado a te dar um soco, mas sei que você não tem culpa. - Anne diz subindo a escada.
- Acho que ela sente prazer em me dar socos. - Toni ri sem humor.
Os três subiram à escada indo ao encontro de Cheryl. Clifford bate na porta e entra após ser permitido a entrada por Veronica.
- Vou deixá-los à sós com ela. Com licença. - Veronica retira-se do quarto.
- Olha como a minha menina está! - Penélope se aproxima com lágrimas nos olhos. - Vamos levá-la daqui, Sr. Clifford. Deixa eu cuidar do meu anjinho, por favor. - A senhora distribuía beijos pelo rosto da jovem. - Ela está tão fria.
- Deixe-me ver. - Anne toca na irmã. - Ela está muito fria mesmo. Creio que seja o tempo. Melhor cubri-la bem.
Penélope cobre bem o corpo de Cheryl e depois começa a cantar uma canção que a mesma sempre cantava. Anne ficou acariciando os cabelos da irmã e Clifford não falava nada. O ódio que queimava era tão grande que ele só sabia desejar a morte de Hal por trazer tantas desgraças à sua família.
- Ela será mais bem cuidada perto de nós, pai. Vamos levá-la daqui.
- Quem vocês querem tirar daqui? - Toni aparece no quarto acompanhada de Thomas.
- Aceite que ela aqui só irá se estressar, Toni! Ela está grávida e está convivendo com a sua amante grávida também. Você acha que ela está bem? Está feliz? Está despreocupada? - Anne exalta a voz. - E pra piorar, Hal fica forçando a minha irmã a salvar sua amante e a filha dela. Você acha que isso está fazendo bem a ela?
Toni engole seco entendendo que realmente a situação não é das melhores.
- E você acha que ela vai ficar feliz longe de mim? - Toni responde. - Ela é minha esposa, a minha mulher, a mãe dola minha filha. Ela é minha, Anne. Ela ficará bem melhor ao meu lado, a esposa dela.
- Parem de discutir. Ela está acordando... - Andressa intervém. - Olhem!
Todos os olhares são voltados para Cheryl que se mexe e abre os olhos preguiçosamente. Clifford cochicha no ouvido de Toni perguntando se o que ele ouviu estava certo, que Cheryl está grávida de uma menina. Toni confirma e corre pra perto da sua mulher.
- Meu amor, você está bem? - Pergunta aflita. - Está sentindo alguma dor?
- Não. Apenas sono. - A jovem se endireita na cama e percebe que está cercada de pessoas amadas. - Você veio me ver, Penelope!
- Vim, meu anjo. - A senhora recebe o abraço da sua filha do coração. - Chorei muito pro seu pai me trazer aqui.
Anne e Clifford se juntam a garota na cama. Toni se afasta sorrindo, observando carinhosamente a cena. Ela sempre sorri quando está com as pessoas que ama. Toni percebeu que ela já não estava sorrindo como antes. Deixou as visitas à vontade fazendo uma anotação mental de depois perguntar a sua mulher o que ela acha sobre voltar a morar com sua família. Ela só quer ver sua mulher feliz e tendo uma gestação normal. Coisa que no Casarão Topaz está sendo impossível de acontecer.
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Prometida à Alfa - Choni
Fanfic[Finalizada] Filha do líder de uma alcatéia forte, Cheryl sempre dedicou-se a assuntos que não se referiam a lobos. Sabia que o que estava em seu DNA não podia ser mudado, mas preferia negar. Gostava de ensinar as crianças do vilarejo e ajudar quem...