Veronica colocou Betty nos braços e levou-a até o quarto. Deitou-a na cama e alisou sua testa.
- Calma, você tem certeza que a criança quer nascer? Betty, você está só com 3 meses e poucas semanas. Não está na hora ainda.
- Eu... - Ela puxa o ar. - Eu não sei. Dói, dói muito. Parece que... Que vou parir um elefante.
No outro quarto, Cheryl era deitada na cama por Toni. Ao se afastar de Betty, Cheryl sentiu a dor indo embora.
- A dor passou?
- Sim, incrivelmente passou. - A jovem suspira aliviada. - Provavelmente é efeito desse ócsio.
- Tenho que ir ver a Betty. A situação dela não é o ócsio. - Toni beija a testa da esposa e sai do quarto.
Katy fica fazendo companhia a Cheryl. No outro quarto, o doutor Rubens começa a analisar a situação de Betty. Veronica, Thomas e Toni observam tudo.
- A criança está em sofrimento fetal. - O doutor explica. - Não sei, é estranho. Está muito longe do nascimento. Não posso fazer o parto, os dois morreriam.
- E o que vamos fazer? - Veronica pergunta aflita. - Ela não pode ficar sentindo dor assim.
O doutor faz Betty engolir duas cápsulas e minutos depois a mesma adormece.
- Acho que a medicina não pode ajudar. Vocês já sabem a quem recorrer. - Rubens avisa arrumando suas coisas. - Ela vai dormir por pouco tempo. Quando acordar, a dor vai voltar. Melhor se apressarem.
Thomas acompanha o doutor e Veronica vai correndo atrás de Hope. Lauren senta do lado da cama e segura na mão de Betty. Sua outra mão vai até o ventre da mesma.
- Vai ficar tudo bem. - Sussurrou.
- Ela está bem? - Toni se assusta ao ver que Cheryl estava à porta, vendo tudo.
- Apenas adormecida. - Ela sai da cama. - E por que você está fora da cama?
- Não aguento ficar deitada muito tempo. E algo me fez vir até aqui. - A garota abaixa a cabeça. - Você gosta dela?
- Sim, é a mãe de um filho meu. Mas o meu jeito de gostar é bem diferente do que você está pensando.
Cheryl aproximou-se de Betty e tocou no rosto suado da garota. Betty é bonita, tem traços definidos. Cheryl constatou que com certeza Toni se sentiu atraído por ela. Transar sem no mínimo sentir atração não existe.- Você acha ela bonita? Digo, mais bonita do que eu?
- Você está esquisita. Desde quando você está tão insegura assim? Não basta eu amar você?
- Desculpa. - Ela sussurra. - Talvez sejam os hormônios.
Nesse momento Veronica entra no quarto juntamente com Hope. A mesma já despe o ventre de Betty e tenta manter contato com o bebê. Cheryl encosta na porta pra observar. Veronica fica inquieta juntamente com Toni.
- A garota está bem. Mas existe uma corda.
- Uma corda? - Todos perguntam em uníssono.
- Uma corda de magia unindo ela à alguém. - A bruxa explica. - Alguém provoca tudo que ela sente e se não parar, os dois morrerão.
- Não tem jeito pra quebrar essa corda? Sei lá, um machado mágico. - Veronica diz aflita. - Só faz alguma coisa, por favor.
- Nunca fiz uma corda. Nunca ousei fazer por que é muito perigoso brincar com a vida e a morte de alguém. - Hope diz tão aflita quanto Veronica. - Imagino quem esteja com a corda.
- Hal. - Cheryl diz entre os dentes. - Eu preciso tomar o líquido. Isso é um aviso.
Todos viram o olhar para Cheryl. Ela estava com os olhos brilhando fortemente.
- Eu ainda não analisei tudo. Mas sei que um dos compostos que vi é um bloqueador de magia. Toda magia do teu corpo estará bloqueada, assim como o ócsio.
- Você está com o vidro aí? - Cheryl caminha até Ally.
- Sim, estou.
Toni corre até Cherul tentando-a impedir, mas a garota o joga longe. Cheryl pega o vidrinho da mão de Hope, abre e despeja tudo na boca. Descarta o frasco no chão e fecha os olhos sentindo algo diferente. Veronica, que estava mais perto, ampara a cunhada em seus braços. Cheryl apaga.
- Viu? Ela é uma teimosa! - Toni berra voltando pra perto de Cheryl. - E agora, Hope?
- Ela desmaiou pois o bloqueador está agindo. Não se preocupe. Deite ela aqui do lado de Betty.
Depois de deitar Cheryl na cama, Hope afirmou que os dois estavam bem. Logo depois Betty foi acordando, totalmente livre de dores.
- Posso ver como está seu bebê?
Betty afirma e então Hope analisa mais uma vez. A bruxa estava começando a perder as forças.
- Quer saber o sexo?
- Sim, muito.
- É uma linda menina. Parabéns! - Hope cambaleia e Veronica a ajuda. - Estou só um pouco fraca.
- E o meu bebê? - A voz fraca de Cheryl é ouvida. - Pode ver?
- Nem preciso. - Hope dá um sorriso fraco. - É uma forte e bela menina.
Hope acaba desmaiando nos braços de Veronica. A mesma se encarrega em colocar Hope em um dos quartos de hóspedes. Toda bruxa precisa descansar um pouco depois de tanto uso de magia.
Cheryl sorria pra Toni e depois pra Betty. As duas pegaram uma na mão da outra e sorriram. O clima suavizou, Cheryl adormeceu outra vez.
- Vou levá-la para nosso quarto. - Toni diz. - Parabéns, Betty. Minhas filhas vão ser muito amadas. Estou muito feliz, muito.
Betty sorriu entre lágrimas e Toni foi levar Cheryl pro quarto. Veronica esperou Toni sair e então entrou pra ver Betty outra vez.
- Eu ouvi. - Sem graça, Veronica coça a cabeca. - Parabéns, Betty.- É um menininha! - Emotiva, Betty chora. - Você vai ser tia de duas meninas.
- É, que bom! Posso ensinar uma a jogar bola e brincar de chá da tarde com a outra. Vai ser maravilhoso! - Veronica ironiza e Betty cai na gargalhada. - A Cheryl te salvou mais uma vez. Parece que o Hal quer que ela se sacrifique por você o tempo todo.
- Me sinto extremamente mal por isso. Ela se arriscando pra salvar a mim e a minha filha. Não sei o que fazer...
- Apenas se cuide. - Veronica beija a testa de Betty. - Volto depois pra te ver.
Betty assente e então afunda no travesseiro. O mau pressentimento ainda não tinha passado, mas preferiu não falar mais nada. Prometeu a si mesma procurar Cheryl depois de descansar um pouco. Adormeceu.
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Prometida à Alfa - Choni
Fanfiction[Finalizada] Filha do líder de uma alcatéia forte, Cheryl sempre dedicou-se a assuntos que não se referiam a lobos. Sabia que o que estava em seu DNA não podia ser mudado, mas preferia negar. Gostava de ensinar as crianças do vilarejo e ajudar quem...