Depois do banho, Cheryl caminhou lentamente até a esposa que estava deitada na cama. Abraçou seu próprio corpo que estava envolvido em um roupão vermelho, sentou próxima de Toni.
- Eu não quero ficar nessa casa, Toni. - Alegou tristonha. - Não quero prejudicar meu bebê por causa das prováveis brigas que vão acontecer.
- Você o quê? - Toni berra incrédula. - Claro que não, Cheryl! Você some, fica longe e indefesa, podendo até perder nosso filho caso não voltasse e agora quer ir embora de novo? Eu não quero nem acreditar que você sugeriu isso.
Toni levanta da cama passando a mão pelos cabelos totalmente inquieta.
- Desculpa... , Sussurrou ao perceber a ideia sem nexo que teve. - Eu ficarei ao seu lado, me perdoe.
Ao ouvir o pedido de perdão de Cheryl, a inquietação de Toni deu lugar a uma carência extrema. Ela caminha até perto de Cheryl e então deita-se colocando a cabeça em seu colo. Cheryl aproveita e faz carinho nos cabelos da esposa, a tensão era visível em seu corpo.- Você não pode afastar-se de mim, eu preciso de você pra que tudo fique bem. - Toni puxa a mão dela e a beija. - Seja paciente. A Betty talvez esteja com ciúmes, isso vai passar.
Cheryl não falou nada, apenas continuou o carinho até ouvir a respiração pesada de Toni. Cutucou sua esposa e então a fez deitar em uma posição melhor. Toni agarrou o corpo da sua mulher, enterrou seu rosto no vão do pescoço dela e voltou a dormir. Cheryl custou a pegar no sono, seus pensamentos estavam longe, mais precisamente em uma outra grávida na mesma casa. Depois de um tempo, adormeceu.
...
Veronica bateu na porta do quarto de Betty, depois da discussão que houve ela ficou preocupada com ela. Sabia que Toni iria cuidar de Cheryl, então achou por bem ir vê-la.
- O que faz aqui? - Betty perguntou com um pouco de sono.
- Vim saber se você está bem, Betty. Você e meu sobrinho, claro. - Coçou a cabeça sem jeito. - Então... Tudo bem com vocês?
Betty bocejou e depois abriu mais a porta chamando Veronica pra dentro. Sem demora, a mulher à porta entrou e fechou a mesma logo depois.
- Você se importa comigo, isso é estranho. Ninguém aqui me suporta. - Caminha até a cama sentando na mesma. - Aposto que agora Toni deve estar mimando a sem sal da Cheryl. E eu, mãe do primogênito, sou ignorada.
- Você não deveria ver na Cheryl uma inimiga. - Veronica aproxima-se cautelosa. - Ela é uma pessoa maravilhosa, na qual você vai conviver sempre pois ela carrega o irmão ou irmã do seu bebê.
Do nada, Betty começa a chorar como se sentisse algo doer. Veronica aproxima-se ainda mais envolvendo os ombros de Betty com seus braços.
- Falei algo de mais?
- Não. - Ela funga. - É que eu não sei o que dá em mim cada vez que eu vejo a Cheryl. Essas palavras amargas ditas contra ela não são do meu caráter, eu não sou assim. Eu não sei por que falo isso...
Confusa, Veronica abraçou ainda mais Betty que passou a chorar no seu ombro. Talvez ela estivesse sentindo ciúmes e não está reconhecendo a si própria por sentir isso, pensou Veronica.
- Veronica, eu não sei o que está acontecendo comigo... - Betty segurava o rosto de Veronica com as duas mãos. - Talvez eu...
Quando Betty iria concluir sua fala, travou ficando inerte. Veronica, que ainda aguardava a continuação da frase, começou a chamar o nome da garota. Ela não respondia, parecia ter saído do ar.
- Betty, você está me assustando. Vou chamar o médico, espera.
Quando Veronica segurou a marçaneta da porta, Betty voltou ao normal chamando o nome de Veronica.
- Você está bem? - Ela volta pra perto de Betty totalmente preocupado.
- Eu quero que você saía do meu quarto. - Sua voz sai tão seca que fere a preocupação de Veronica. - Eu quero ficar sozinha. Por favor, saia.
- Tudo bem. Boa noite, Betty.
Imediatamente Veronica saiu do quarto de Betty não entendendo por que ficou tão mal pela forma que ela a tratou. Sabia que estava criando uma amizade saudável com Betty, mas não sabia que estava tão forte a ponto de ficar triste com o pedido súbito dela. Caminhou até o local da sala onde as bebidas ficam expostas e assim misturou 3 tipos de bebidas diferentes em um copo. Bebeu tudo em um gole só e depois voltou para o seu quarto pegando no sono minutos depois.
Ao amanhecer, Toni abre os olhos procuranda por Cheryl, mas não a encontra. Ela caminha até o banheiro, faz suas higienes e depois vai atrás da sua mulher. Encontra a mesma na sala recebendo Anne toda sorridente.
- Eu ainda quero socar a cara dela, Cheryl. - Anne diz fazendo Cheryl notar a presença de Anne.
- Bom dia pra você também, cunhada. - Toni não perde a oportunidade de debochar. - Não me bata, por favor. Não queira que eu me irrite e revide, você não iria gostar.
- Ah é? Então vem aqui, sua...
- Parem vocês as duas. - Cheryl intervém. - Anne veio nos dar boas notícias, Toni. Ouça apenas.
- Como eu estava dizendo anteriormente, a Alcatéia Crescente aceitou você de volta alegando que um herdeiro está a caminho. Então Toni na condição de mãe dessa criança e esposa de Cheryl, precisa da presença da mesma nesse lugar. - Anne dá uma pausa olhando ternamente sua irmã. - Então, como essa criança também é uma Blossom, a Alcatéia Nascente também aceitará Cheryl de volta. Aquele papel ridículo que você assinou antes de ir embora já foi rasgado, seja bem-vinda de volta, irmã. Você está livre pra visitar o vilarejo.
Cheryl abraça Anne com força sentindo seus olhos banharem em água. Estava com saudades de andar livremente entre as pessoas do vilarejo Nascente, isso lhe fazia muita falta. Claro que ela não iria desistir de Louis, jamais, mas ela agora estava grávida e precisava de todo carinho familiar possível. Pensou em reatar os laços com seu pai, ele já tinha sofrido demais desde que ela tinha resolvido não se despedir antes da sua partida. O que ele fez foi muito sério, mas ela não queria que isso se misturasse com a relação amorosa que ele iria ter com seu bebê. Seu coração sentiu um grande alívio ao receber a notícia da irmã, não queria solta-la por nada.
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Prometida à Alfa - Choni
Fanfiction[Finalizada] Filha do líder de uma alcatéia forte, Cheryl sempre dedicou-se a assuntos que não se referiam a lobos. Sabia que o que estava em seu DNA não podia ser mudado, mas preferia negar. Gostava de ensinar as crianças do vilarejo e ajudar quem...