2 temporada - Capítulo 09

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Lexa point of view

Eu não queria que ela dissesse que sentiu a mesma coisa que eu quando nos beijamos, mas também não queria que ela dissesse que não significou nada. E o mais estranho é que doeu. Tentei dizer que foi um equívoco por conta da carência só pra amenizar. Mas ela me atingiu em cheio ao dizer que não significou nada.

Durante o trajeto até o Vilarejo Crescente, ficamos em silêncio. Ela parecia alheia a tudo em nossa volta. Talvez sua mente estivesse cheia de preocupações. Já perto do casarão, resolvo amenizar o clima estranho.

- Você conhece essa família de vampiros que vai chegar?

- Não. Acho que eles eram amigos do meu avô, algo assim. Meu pai que deve saber quem são direito.

Assinto e então entramos no território do casarão. Ela parece meio perdida, então seguro na sua mão para entrarmos juntas. Ao entrarmos no casarao, a sala está praticamente lotada.

- Bom dia, povo. - Saúdo divertida. - Estão distribuindo sopa grátis aqui?

Alguns sorriram e outros olharam diretamente pra minha mão entrelaçada na mão da minha esposa trevosa. Puxo ela pra minha frente e seguro em seus ombros.

- Clarke veio falar com você, Octavia.

- Bom dia. - Ela diz com voz baixa. - Posso falar com você, Octavia?

Minha irmã se aproxima e leva a peste pro andar de cima. Olho em volta e fico perdida com tanta gente.

- Tia Anne! - Aperto a mão da minha tia. - Cadê tia Selena?

- Selena quis descansar hoje. Ela está estressada ultimamente. , Ela revira os olhos e sorri. - Lincoln e Emori vieram comigo.

Cumprimento meus primos com um abraço e vou até minha tia Veronica. Ela veio com a sua mulher Betty e suas filhas, Raven e Heloísa. Minha tia fez uma homenagem linda a minha irmã que morreu colocando o nome dela na sua filha.

- Vô Clifford, cadê a Carol? - Abraço meu avô.

- Ficou fazendo companhia a Selena. Parece que as mulheres deram pra surtar ao mesmo tempo. - Ele responde fazendo graça.

- Vô Thomas. Vó Katy. , Beijo meus avós paternos. - Essa família é muito grande, minha Deusa! E vocês só tiveram duas filhas. Imagine se tivessem mais?

Cumprimentei todo o resto que estava no ambiente e sentei afim de me enturmar na conversa. Eu tentei focar nas pessoas a minha volta, mas minha mente estava lá em cima, no quarto da minha irmã. Será que ela está confidencializando o beijo que demos para a Octavia?

- Lexa? - Louis me cutuca. - Estávamos perguntando se você já se rendeu ao amor com sua esposa, mas eu acho que já temos a certeza só pela cara de apaixonada que você está fazendo agora.

- Há há. Muito engraçado você.

Todos riem e eu não consigo segurar. O pior é que pra eles a minha risada só confirma o que disseram. Odeio ter riso solto. Pouco tempo para o almoço, Clarke e Octavia aparecem.

- Fique para o almoço, Clarke. Juro que não é cervo. - Minha mãe Cheryl diz.

Nesse instante, Clarke olhou pra mim e seu olhar demonstrava vergonha. Muita vergonha. Ela rejeitou o convite pedindo mil vezes perdão e saiu sem me esperar. Olho pra minha mãe e o meu silêncio pra ela denuncia minha insatisfação com o comentário que ela fez. Saio correndo atrás dela e a mesma já tinha sumido. Me concentro e farejo o ar. Logo a encontro e saio na velocidade vampírica atrás dela. Encontro-a de frente a uma grande queda d'água, que formava uma alta cachoeira. Ela estava na beira da grande pedra, de pé e de cabeça baixa.

- Clarke?

- Sai daqui, idiota! - Ela grita com a voz embargada. - Você tinha mesmo que dizer a toda sua família um simples desentendimento nosso? E ainda me chamam de infantil quando quem age como criança é você. Me deixa sozinha, Lexa. Ou vou te quebrar no meio.

Sua ameaça não surte efeito de receio nenhum em mim. Me aproximo calmamente e então ela pula da grande pedra indo de encontro a água lá embaixo. Pulo logo atrás e agarro seu corpo ainda no ar. Caímos na água ao mesmo tempo e foi aí que o demônio adormecido acordou. Ela simplesmente segurou meu pescoço e mordeu. Fechei os olhos aproveitando a sensação de tê-la me sugando. Quando ela me soltou, foi a minha vez. Ela tem um gosto espetacular. É indescritível.

Ela puxa minha cabeça desgrudando meus dentes do seu pescoço e bate a mesma no seu joelho. Sinto que quebrei o nariz. Ossos quebrados doem e demoram uns minutos pra curar. Pego-a pela cintura e arremesso-a para fora da água. Ela solta um grito aventureiro e isso me faz sorrir. Em terra, ela pula em cima de mim e puxa meu braço quebrando-o. Rosno muito alto pela dor que isso me causou. Enquanto ela acha que ganhou, derrubo ela no chão e quebro sua mão.

- Sua idioooota! - Ela grita de dor. - Corre porque vou quebrar você todinha.

Acabo gargalhando da sua ameaça falsa. Ela não vai me quebrar todinha. Ela não é doida. Começo a desconfiar disso quando ela vem rapidamente pra cima de mim. Eu caio no chão e ela por cima de mim. Quebra meu outro braço, minha pernas, inúmeras costelas...

- Você... - Cuspo muito sangue. - Vai me matar se não parar.

- Não duvide quando digo que vou te quebrar inteiro e nem quando dizem que meu gênio é do cão.
Dito isso, ela beija levemente meus lábios e quebra meu pescoço. Apago.

Prometida à Alfa - ChoniOnde histórias criam vida. Descubra agora