2 temporada - Capitulo 10

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Clarke point of view

Ela tinha que abrir essa boquinha linda e dizer pra família dela as idiotices que falei na hora da raiva. Agora todos pensam que sou a peste que ela tanto diz. Diante de tamanha vergonha, só pude sair de lá às pressas. A conversa com Octavia foi até boa. Ela me jurou jamais falar nada do que contei a ela para a Lexa.

Ela ficou muito espantada quando eu disse que nos beijamos. É, isso soa impossível mesmo. Ela me odeia e deixa isso muito claro. Só me atura mesmo. Me atura porque permaneceremos casadas quer ela queira ou não. Octavia me deu muitos conselhos. Conselhos esses que só se resumiam em tentar ser menos explosiva e deixar as coisas irem devagar.
Menos explosiva? Hoje não! Desculpa, Octavia. Tua irmã pediu, tua irmã vai ter. Só pra deixar de ser idiota, dei uma bela surra nela. Ela até tentou revidar, mas sei que a mente pequena dela só foi pro lado de que sou mulher. Esquecendo-se de que sou vampira. Quebrei ela todinha. Do jeito que a mãe dela deveria ter quebrado pra ela deixar de ser paspalha.

- Você... - Ela cospe sangue e eu disfarço minha preocupação. - Você vai me matar se não parar.

Que idiota! Ela também esqueceu que é imortal e que pra ser morto precisa de ter o coração retirado do corpo. Eu só quebrei uns ossinhos...

- Não duvide quando digo que vou te quebrar inteira e nem quando dizem que meu gênio é do cão.

Já que tô em cima dela e a mesma tá quase inconsciente, beijo levemente seus lábios e por fim quebro seu pescoço. Ela vai ficar irada quando acordar.

- Vamos pra casinha, bonitona? - Aperto suas bochechas e balanço sua cabeça. - Neném lindo. Levou uma surra pra deixar de ser idiota.

Coloco a mesmo nas minhas costas e caminho até o castelo. Não estamos tão longe, ainda bem. Pela luta corporal que tivemos, estou um pouco cansada. Não tenho costume de lutar.

- Seria lindo se seus pais te vissem assim, sendo carregada pela peste que você tanto odeia. - Converso com a bebê desmaiada. - Deveria eu levá-la até lá agora?

Resolvo parar de conversar com ela pois a mesma está apagada e eu acho que estou ficando louca. Entro no castelo e Madelyn vem até mim.

- O que aconteceu, Sra. Clarke?

- Só dei uma surra nela. - Assobio e sorrio depois. - Eu levo ela até o quarto e você me traga toalhas limpas.

Ela assente e eu levo a Lexa até seu quarto. Seu cheiro está tão impregnado aqui, mesmo tendo tão poucos dias nesse lugar. Deito seu corpo no colchão sem nenhum cuidado. Escuto uma três costelas voltando pro lugar. Sorrio.

- Aqui estão as toalhas. - Madelyn me entrega. - Quer ajuda?

- Não. Eu mesmo faço isso na minha mulher.

Ela sai do quarto e eu gargalho. Acho que hoje eu estou a peste que tanto dizem mesmo. Como ela vai demorar a acordar, vou judiar, claro. Molho as toalhas no banheiro e volto com elas dentro de uma bacia. Tiro a camisa dela, os sapatos e a calça.

- Você é uma gostosa, se me permite dizer. - Passo os dedos na sua barriga. - Bem que você poderia deixar de ser chata e ser minha esposa nas obrigações conjugais também. Eu ia adorar.

Limpo seu rosto todo ensanguentado. Eu quebrei o nariz da coitada. Sou má demais, tenho que parar. Ela tem o semblante tão sereno, nem parece que está desmaiada.

- Licencinha aqui, mas vou ter que limpar suas coxas. - Passo a toalha nos cortes fundos da coxa. - Eu te arrebentei toda mesmo. Tadinha...

Depois de limpar seu corpo quase todo, quase mesmo, peguei uma camisa e uma calça em seu guarda-roupa. Quando eu me virei, ela estava encostada na cabeceira da cama e de braços cruzados. Em seu rosto tinha um sorriso debochado e muito excitante. Tô ferrada agora!

- Ãnn... - Coço a cabeça. - Eu só ia te vestir.

Quando eu pensei em sair correndo porta à fora, ela me pega e me joga na cama. As roupas dela que estavam nas minhas mãos voaram longe.

- Ouvi alguém dizendo que gostaria que eu cumprisse minhas obrigações conjugais... - Ela beija meu pescoço. - Está certa disso? Porque eu estou.

- Sem joguinhos, Lexa. - Subo por cima dela. - Só faz. Agora.

Ela sorri e morde meu pescoço. É uma sensação indescritível... Mexe com tudo dentro e fora de mim. Sua mão passeia pelo meu corpo trazendo novas sensações à mim. Ela para de sugar meu sangue, enxuga os cantos da boca de um jeito sexy e levanta.

- Não podemos esquecer disso.

Ela tranca a porta, pega a chave e joga no chão. Ai meu santo vampirinho, é hoje!

...

Abro meus olhos lentamente e me espreguiço. Olho pro lado e vejo Lexa esparramada com apenas um lençol fino cobrindo suas partes íntimas. Um sorriso inevitavelmente brota nos meus lábios. Foi tão mágico...

- Lexa! - Salto espantada. - Perdemos o almoço e se não corrermos vamos perder o jantar.

- Peste das trevas! - Ela berra atordoada. - Não se acorda ninguém assim, Clarke!

Acabo caindo numa gargalhada alta e ela me acompanha. Acho que berrei alto demais, tadinha...

- É sério, vou pro meu quarto me ajeitar, Lexa.

- Ok. - Ela me dá um selinho e me solta. - Peste trevosa!

Pisco o olho pra ela, pego as minhas roupas e saio do quarto enrolada no lençol. Sorte que meu quarto é ao lado. Tomo um banho, me arrumo e antes de descer olho no relógio. São exatamente 19:12pm. Desço a escada e sigo pra sala de jantar. Meus pais já estavam comendo.

- Desculpe a demora. Boa noite. - Digo me sentando.

- Já vi que as duas estavam muito ocupadas. - Minha mãe graceja. - Come, filha.

Ela me oferece uma tigela com alguma coisa. Ela pisca o olho pra mim e logo a Lexa aparece. A mesma escuta outro gracejo da minha mãe. Hoje ela está muito danada.

- A família de vampiros estarão chegando no sábado, ou seja, amanhã. - Meu pai anuncia. - Estejam prontas às 9hrs da manhã para recepcioná-los. Principalmente você, Lexa.

Minha esposa assente e me olha. Ai, me derreti com esse olhar... Santo vampiro, me ajude!

Prometida à Alfa - ChoniOnde histórias criam vida. Descubra agora