Um Amor Inesperado (Livro Final)

Capítulo 14

JACK

Saindo do elevador, caminhei diretamente para a sala de reunião, passando pela secretária e cumprimentando-a gentilmente. Dei duas batias na porta antes de finalmente abrir, e dar um passo, adentrando o local. David me olhava com uma carranca no rosto. Eu sabia que estava atrasado para a reunião, e o motivo do atraso foi não querer deixar a Losa sozinha no apartamento, mas a mulher insistiu e me chutou para fora da minha própria cama.

Ela estava triste. Ver o seu pai ontem depois de tanto tempo foi demais, e já tinha muita coisa acontecendo. O Dick ainda estava por aí, e a qualquer momento ele poderia dar as caras e fazer alguma coisa.

Pedi para que um dos seguranças do senhor Hall ficasse de olho na Losa e no prédio até que eu voltasse.

Respirei fundo, ajeitando a manga da minha camisa social clara e me juntei aos homens sentados na mesa. Quatro homens bem vestidos. Todos ricos e importantes. David. Rory. Samuel e Alex. Sentei em uma das cadeiras, me endireitando e coloquei as mãos em cima do metal.

— Me desculpem por fazê-los esperarem... — eu disse.

— Espero que o motivo do seu atraso seja realmente algo de extrema relevância. — David murmurou, suspirando pesado e entediado.

— Podemos iniciar? — perguntei, ignorando-o. — Por onde começamos?

— Claro, Sr. Hall III. — o de cabelo claro e olhos escuros disse, ajeitando alguma pilha de papéis em suas mãos. Rory. — Trouxemos cópias das ações da empresa, as quais estão prontas para serem vendidas aos Hills.

— Perdão? — levantei uma das sobrancelhas, confuso e perdido.

— Quatro das ações serão vendidas para o Cliford Hills. — Alex falou, receoso e me encarando.

— Por que eu, o próximo CEO da empresa Hall, não estava ciente disso? — perguntei. — Até onde sei, ainda iríamos avaliar, e agora serão quatro? — olhei para o meu pai.

— O Hills ainda está possesso devido à sua atitude ridícula no jantar, Jack. — ele disse.

— Lamento por isso, mas quatro ações já é demais. — continuei. — Apenas uma já basta!

— Eles pagarão bem... — David murmurou. — Cliford sabe fazer um bom acordo.

— Claro que sabe... — afirmei. — Vocês dois fizeram uns meses atrás, não? — comentei, lembrando do seu acordo ridículo, o qual se tratava de mim e Safira continuarmos juntos devido aos nomes das nossas famílias.

— Ainda está ressentido? — o velho provocou.

Ignorei-o mais uma vez.

— Se fosse por mim, eles não comprariam nada. — falei. — Mas prepare a papelada toda para apenas uma ação, e então Cliford terá que se contentar com ela.

— Certo, Sr. — Samuel assentiu.

— Você está se saindo bem... — Hall falou, com a voz baixa e intrigante.

Após assinar o contrato de que eu assumiria a empresa assim que o David se aposentasse, a minha presença em todas as reuniões importantes era fundamental. Isso ajudaria e me auxiliaria no meu trabalho nos próximos anos.

— Sobre o que mais temos que discutir? — perguntei. — E as filiais? Como estão?

— Ótimas! — Rory respondeu apressado, empurrando uma folha em minha frente. Peguei-a, logo olhando todas elas em excelentes rankings. — Continuam trazendo resultados impressionantes em outros estados e países. Um grande sucesso...