Capítulo 41

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LOSA

Quase dois meses depois do Ano Novo... (Part. Final)

Segurei o corrimão e desci as escadas. Minha mãe estava no Brasil. Ela voltaria na próxima semana, já que o bebê só estava previsto de nascer nas próximas semanas, e não hoje.

— Chris! — gritei o marido da minha amiga. — Me ajude!

O homem apareceu no final das escadas e arregalou os olhos.

— Você vai...

— Vou! — assenti. — Chame a Raissa e prepare as coisas...

— Ok, mas...

— Pegue um vestido para mim no closet. — continuei. — Estou ligando para Jack, mas ele não me atende...

Eu usava apenas uma camisa do meu marido e uma calcinha.

— Davis...

— Agora! — eu disse, impaciente.

O homem correu para as escadas, subindo-as e sumindo após dobrar a parede. Com o celular na mão, disquei o número do Hall e liguei outra vez. Ele não me atendia. Bufei estressada, já sentindo a dor nas costas aparecer. A sensação era como se um caminhão cheio de concreto estava em cima de mim. Minhas pernas fraquejaram. Me esforcei para andar até a cozinha e pegar um corpo de água.

Meu abdômen se contraiu com uma dor agonizante e insuportável. Meu Deus, já começou.

Raissa apareceu assustada na entrada. Ela usava uma calça rosa do seu pijama e uma camisa qualquer do Chris.

— O bebê vai nascer?

— Parece que sim... — assenti.

Apertei o balcão e gritei. As contrações eram detestáveis. Respirei fundo e olhei para o rosto da mulher.

— L-Ligue para o Hall. — falei. — Ele não me atende...

— Minha mãe está vindo para ficar com as crianças, Losa. — ela começou. — Iremos te levar para o hospital.

O marido dela apareceu com um vestido preto em mãos. Ele se virou, e tirei a camisa que eu usava e coloquei o outro traje.

— Irei ligar para o Hall no caminho...

A campainha tocou. Raissa se apressou para clicar no botão que abria o portão da mansão.

Outra contração.

— Meu Deus! — falei e apertei o balcão outra vez.

Abaixei a cabeça e me escorei na parede. Segurei minha barriga e respirei fundo.

— Filho, por favor, vai com calma. — falei.

Kate apareceu na cozinha ao lado de David. Ela me olhou assustada e se aproximou. Segurou o meu rosto, logo dando um beijo na minha testa e sorriu fraco. Retribui com um sorriso forçado e pequeno.

— Vão! — ela disse. — Ficaremos com as meninas...

— Ok! — Raissa disse.

— Vai dar tudo certo, querida. — me olhou. — Ligaremos para Jack até ele atender a droga do telefone...

— Obrigada, Kate. — falei. — Ligue para Bonnie. Talvez ela atenda e saiba onde aquele filho da puta se enfiou. — suspirei. — Sem ofensas...

Apertei a mão da minha amiga, e fomos para garagem. Ela e seu marido me colocaram no carro e saímos da mansão. Chris dirigia apressado pelas ruas. Liguei outra vez para Jack, e tive o mesmo resultado. Ele não atendia. Isso me deixava puta. Ele sempre me atendia, mesmo nas madrugadas. Por que agora ele resolveu enfiar o celular só Deus sabe onde?

Um Amor Inesperado (Livro Final)Onde histórias criam vida. Descubra agora