Capítulo 20

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JACK

Tirei o short de pano, juntamente com a camisa que eu usava, ficando apenas de cueca. Losa também tirou suas roupas, e olhou para água em sua frente. Era sol, e o tempo estava ótimo para um banho relaxante em um rio. Depois de muitas promessas, hoje finalmente decidi levá-la em um lugar, e aqui estamos nós.

Davis sorriu e ajeitou o tecido lateral da sua calcinha. Estávamos sozinhos aqui, exceto os homens lá na frente. Os seguranças ficavam de olho no local, vigiando para caso o Dick resolvesse aparecer. A mulher caminhou pelo caminho alto de madeira molhada, e tapou seus mamilos expostos. Quando chegou no fim, ela sorriu e pulou, sumindo e mergulhando. Fiz o mesmo que ela.

Pulei, afundando-me e nadando até a morena que logo boiou na água. Um sorriso largo curvou os seus lábios e então seu corpo se afastou, como se quisesse brincar de pega-pega. Neguei em resposta.

— Ah, vamos lá... — provocou. — Não seja chato...

— Não. — falei. — Eu te alcançarei em segundos, Davis.

Ela me olhou ofendida e mostrou o seu dedo do meio.

— Três... — comecei. — Dois...

Losa riu animada e começou a nadar rapidamente para longe, na tentativa de se distanciar cada vez de mim, mas eu ri. Fiz natação no colégio, então eu a alcançaria sem nem me esforçar e ela sabia disso. Me apressei em mover os braços, girando-os para frente e me aproximando da mulher que ainda se distanciava. Ela olhou para trás por cima do ombro e tremeu assustada quando me viu há alguns metros do seu corpo.

Mergulhei, vendo suas pernas se moverem embaixo da água. Puxei seu pé, fazendo ela gritar e descer. Seus olhos se arregalaram, me olhando brava e ela subiu para a superfície novamente.

— Você é tão sem graça... — reclamou.

Envolvi sua cintura com meus braços, e beijei seu pescoço. Davis riu baixo, logo abraçando o meu.

— Como sabia que eu ia gostar? — perguntou.

— Porque você gosta de piscinas. — falei. — Você vivia na piscina da casa dos meus pais na maioria do tempo, lembra?

Ela assentiu e apertou mais a minha pele.

— Estamos sozinhos mesmo? — olhou para os dois lados, procurando alguém pela floresta vasta.

— Estamos... — respondi. — Mas os seguranças estão de olho no local, então estamos seguros aqui.

Losa murmurou e pressionou os lábios, olhando para mim novamente, e passando o dedo nas minhas sobrancelhas.

— Espero que nenhum deles estejam vendo os meus seios... — falou, com a voz baixa e divertida.

— Não estão. — falei. — Eles têm juízo...

— Com certeza... — brincou.

A mulher se afastou, mergulhando e subindo outra vez. Seu cabelo estava grudado nas costas e seu rosto molhado. Observei cada detalhe seu até sentir o tempo parar. Os pingos na sua pele pulavam lentamente na água. Seus olhos castanhos piscavam devagar no mesmo instante em que seus lábios se curvavam em um sorriso sincero e alegre.

Ela estava feliz e sua feição preocupada havia sumido. Era como se Losa tivesse esquecido essa merda toda. Esquecido o que passou e o que ainda sentia. A mulher me olhou, batendo sua palma na água e fazendo os jatos voarem para o meu rosto.

— Acorde do transe... — murmurou. — Sei que sou linda, mas não precisa ficar babando por mim, J.

— Posso ficar te olhando por horas. — falei.

Um Amor Inesperado (Livro Final)Onde histórias criam vida. Descubra agora