Um Amor Inesperado (Livro Final)

Capítulo 12

JACK

Desci do carro, juntamente com Simon e Jason. Raissa e Losa desceram do veículo do namorado da minha irmã, o Chris. Eu ainda estava irritado pra caralho. Até agora quero saber o porquê de terem trazido ela. Sei que concordei com ela fazer parte disso também, mas não pensei que ela queria participar tão rápido.

Fechei a cara e respirei fundo, trancando o automóvel após pegar as lanternas do porta-malas. Minha irmã deu um taco de beisebol para a sua amiga, que logo se apressou em pegá-lo. Distribuí os utensílios luminosos para os outros, logo acendendo uma e certificando se estávamos mesmos sozinho, como o Nikolai disse.

Nenhum barulho ou presença. Tudo estava soluto.

Olhei para Losa, vendo-a segurar uma lanterna na mão esquerda e um taco na direita. Ela me olhou de volta, suspirando envergonhada por me ver ainda irritado, e logo desviou sua atenção para a casa em nossa frente.

Estávamos no mesmo lugar onde a Emma estava sendo mantida dias atrás. Iríamos ver se o Dick estaria aqui ou se tinha uma daquelas passagens secretas, como na sua casa. Tudo nesse lugar era cena de crime, então teríamos que ser cuidados e cautelosos. Não mexer em nada.

Raissa ajudou Losa a colocar a luva lentamente devido ao seu dedo machucado, e também a colocar sua máscara preta. Se fôssemos mesmo fazer isso, teríamos que esconder nossas identidades, caso tivesse câmeras no local.

Eu usava calça preta, um casaco escuro com capuz e uma máscara toda negra. Molhei os lábios me preparando para entrar com os caras e as duas mulheres.

— Losa, você vem comigo. — eu disse, firma e sério.

— Ok. — ela falou, se aproximando e ficando ao meu lado.

Iluminamos a entrada da casa com as luzes e entramos após abrir a porta principal. Simon foi para o lado esquerdo, sumindo com o Jason após dobrar uma parede, e Chris e a minha irmã fizeram o mesmo no lado direito. Andei até uma escada no final do corredor, logo descendo-a ao lado da Davis. Era um porão.

Continuamos andando pela sala empoeirada e meio acesa. Não tinha ninguém. Losa se aproximou da parede ao seu lado, limpando a sujeira e analisando o muro mofado. Fez o mesmo com a direita e as demais que ficavam na frente e atrás do seu corpo. Caminhei até a mesa que ficava a alguns centímetros, logo abrindo a gaveta e tirando um papel de lá. Era um papel de anúncio da livraria Robbins. Bufei entediado e coloquei-o no mesmo lugar.

— Veja se nas paredes tem algum botão ou algo que faça abrir uma porta. — Losa pediu, apontando sua lanterna em minha direção.

Olhei para ela, iluminando o seu corpo e sorrindo observando a forma que ela estava vestida. Misteriosa e sexy. Usava uma calça escura, a qual estava colada em seu corpo. Sua jaqueta da mesma cor estava fechada. Uma máscara preta no seu rosto, deixando apenas seus olhos castanhos visíveis.

Ela deu um passo em minha direção, e então o seu corpo caiu. Losa gritou, enquanto afundava rapidamente na madeira velha, sumindo da sala e me deixando desesperado. Corri até o buraco feito no chão e procurei a garota lá em baixo. Acendi o local com a lanterna, correndo a luz pelas laterais. Ela não estava lá.

Mas que porra!

— Losa? — a chamei.

Puxei a madeira, fazendo a mesma quebrar mais ainda e o buraco se abrir. Sua bota baixa estava no chão. Meu coração acelerou no mesmo instante em que a vi caída. O taco não estava mais na sua mão, mas a lanterna no lado esquerdo da sua cabeça. Não me importei se as pontas afiadas das lenhas iriam me cortar ou ferir, eu apenas desci em um pulo e sem demora. Corri até ela, que já se levantava zonza e apavorada. Levantei o seu corpo, e Losa se apoiou em mim, me abraçando e olhando para os lados.