JACK
Um ano após do casamento... (Part. III)
Era Natal.
A casa dos meus pais estava barulhenta. As meninas corriam enquanto as mulheres faziam a comida durante o dia inteiro. Era função minha e dos outros dois homens ficarem com as crianças. David pegou Ari e levou a menina para varanda. Ela mexeu no Tobi e o cachorro começou a brincar. Meu pai entrou no meio deles dois. Coloquei a Judith nas costas e andei para fora também.
A água caia forte na fonte. Ela me pediu para levá-la até lá. Caminhei até o concreto molhado e coloquei-a em pé. Minha filha riu e enfiou a mão no jato de água fria. Ela sorriu e molhou seus dedos. O céu estava azul e limpo. As nuvens brancas escondiam o sol.
— Papai, tem um menino na escola... — começou.
— Ele é legal? — perguntei.
A pequena negou.
— Ele puxa o meu cabelo...
— O quê?
Franzi a testa e encarei o rosto fofo e chateado de Jud. Ela fungou e olhou para fonte.
— Eu estava lanchando o que mamãe fez para mim. — continuou. — Eu e minhas amigas estávamos brincando. Ele me chamou de feia e puxou o meu cabelo.
— Querida... — comecei. — Olhe para mim.
Judith me olhou com os seus olhos castanhos e grandes.
— Quando ele puxar o seu cabelo de novo, você chuta o meio das pernas dele.
— Por quê?
— Porque ele vai sentir uma dor imensa e não vai mais mexer com você. — expliquei. — Você é minha filha! Minha cópia! Não deixe que os outros achem que pode ser melhores que você, porque Judith Davis Hall comanda a porra do mundo inteiro. Você, a Ari e o seu irmão. Entendeu?
A garota assentiu e sorriu.
— Vou chutar o meio das pernas dele e dizer. Você não é melhor do que eu, porque comando a porra do mundo inteiro. — falou.
Neguei.
Se Losa ouvisse essa menina falando algum xingamento, ela com certeza me mataria, porque sabia o culpado.
Segurei o seu rosto pequeno e beijei a ponta do seu nariz.
— Nunca fale palavrão, Jud. — falei. — Se sua mãe descobrir, estamos ferrados...
— Posso falar escondido dela?
Que atrevida. Era mesmo uma cópia minha.
— Não, pequena. — respondi. — Nunca! — eu disse. — Jure para o papai.
— Nunca falarei palavrão! — prometeu.
Beijei sua testa e a desci do concreto da fonte. Voltamos para o Jardim, onde ela correu para brincar com a irmã e o avô. Entrei na mansão, logo caminhado até a cozinha e adentrando a sala. Kate estava temperando o peru na assadeira. Raissa cortava o frango. Losa fazia a salada. Sorri enquanto passava por ela e abracei minha esposa. Sua barriga já estava grande. A mulher estava com sete meses de gravidez.
Alisei sua pele e beijei seu pescoço. Ela se remexeu, tombando a cabeça para o lado e sorriu. Suas mãos abriram o pacote de ervilha, derramando os grãos em uma vasilha de vidro com água. Continuei atrás da Davis. Comecei a ajudá-la abrindo outros pacotes também. Ela pediu para que eu pegasse as uvas-passas e colocasse na mesa. Cortei o bacon em cortes pequenos. Ela já estava se esforçando demais. Coloquei minha mulher sentada na mesa e fiz o seu trabalho.
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Um Amor Inesperado (Livro Final)
RomanceNÃO ACEITO ADAPTAÇÕES!! ⚠️ Losa não sabia que o Dick Robbins era um psicopata, e acabou caindo no seu maldito plano diabólico de fazer com que ela voltasse para ele. Agora trancada no quarto secreto feito por ele, isolada de qualquer interação e imp...