Capítulo 25

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LOSA

Minha cabeça doía e meu estômago revirava, e isso tudo era culpa da tequila. Bebi como se fosse água. Levantei da cama às pressas quando o vômito ameaçou subir pela minha garganta. Corri para o banheiro e me abaixei na privada, colocando tudo para fora. Fiquei ali por um bom tempo, e agora eu estava sentada no chão, encostada na parede atrás de mim. Esperei até que minha barriga se acalmasse e subi, fechando a tampa do vaso branco e dando descarga. A única coisa que saiu foi o vinho de ontem, misturado com a outra bebida.

Tirei a camisola e liguei a torneira da banheira. Eu precisava de um banho relaxado e calmo. Escovei os dentes e entrei na água, assim que ela encheu a bacia de acrílico claro. Prendi o cabelo para não molhar e inclinei a cabeça para trás. Passei o sabonete pelo meu corpo e em todas as partes dele, lavando minha pele sem pressa. Eu ainda com uma dor irritante e estressante no meu crânio. Saí e me enrolei na toalha, puxei a corrente para esvaziar água e olhei meu reflexo. Eu estava acabada.

Me enxuguei e voltei para o quarto escuro. Parecia ser quase nove da manhã, mas as cortinas pretas deixavam o cômodo negro. Liguei o abajur, logo vendo que o Jack não estava na cama. Talvez ele fosse para outra reunião da empresa, como ele assumirá no próximo ano, as reuniões ficaram muito mais frequentes. Mas ao lembrar que hoje era domingo, deixei essa hipótese de lado. Possa ser que ele apenas tenha saído. Coloquei um short de pano e um cropped preto, o qual uso quando estou em casa.

A ressaca não me permitiu arrumar o quarto, então deixei para fazer isso depois, quando estivesse melhor. Fechei a porta, e andei pelo corredor, já sentindo o cheiro de ovos sendo fritos vindo da cozinha. Minha mãe estava cozinhando. Continuei andando até ver a porta de madeira do quarto onde ela ficava aberta e franzi a testa quando a vi puxando o lençol da sua cama, arrumando a mesma. Entrei na sala e me apressei em ir para a cozinha, notando que o moreno não havia saído. Ele estava em frente ao fogão, mexendo nos ovos com uma espátula rosa. Usava apenas uma calça, como sempre. Uma caixa de remédio estava em cima da mesa de centro e peguei o saco.

— Comprei para você tomar. — ele comentou. — Eu sabia que ficaria com ressaca.

— Obrigada, J. — eu disse.

Tirei um comprimido branco e coloquei-o na boca, logo enchendo um copo de água e virando na garganta, e então minha cabeça latejou quando a inclinei para trás sem querer.

— Exagere outra vez... — ele provocou.

Dei uma olhada feia, fazendo Hall ri fraco e voltar para a sua frigideira. Me aproximei e encarei os ovos mexidos. Ele acrescentou duas fatias de queijo.

— É para mim? — perguntei por cima do seu ombro e beijando sua pele.

Ele assentiu e virou sua cabeça para o lado direito para me olhar melhor.

— Está com fome?

— Sim, mas acabei quase colocando as minhas tripas para fora... — reclamei. — O cheiro do ovo está me enjoando.

Peguei uma xícara branca e despejei um pouco do café que o Hall fez.

— Esqueci completamente que hoje era domingo.

— Então quer dizer a bebida afetou o seu neurônio também? — brincou.

Jack riu e pegou um prato largo, logo colocando o que havia preparado nele. Suspirei e sentei no banco da bancada de mármore. O homem me deu um garfo de prata e também uma fatia de pão de forma.

— Obrigada, darling! — falei, fazendo moreno rir e beijar a minha testa.

— Por nada, sweetie! — brincou de volta e eu gargalhei. — Estou treinando em como irei chamá-la nos próximos anos...

Um Amor Inesperado (Livro Final)Onde histórias criam vida. Descubra agora