Capítulo 39

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LOSA

Um ano após o casamento... (Part. Final)

Escovei os dentes e saí do quarto. Ouvi as meninas brigando enquanto descia os degraus da escada. Eram nove da manhã. Ainda me sentia sonolenta. Quando acordei, Jack não estava na cama. Cocei os olhos e alisei minha barriga. Eu já estava com sete meses. Minhas costas doíam, e isso me irritava. Na verdade, tudo me deixava irritada facilmente.

Passei pelo corredor e percorri os olhos por ele. Entrei na cozinha, já vendo Hall colocando o leite na mamadeira para Aria. Judith estava com os braços cruzados e com uma expressão brava. A garotinha era linda e ficava uma fofura emburrada. Ari sorriu e pegou sua garrafa na mão do pai. Sorri olhando para elas e beijei a cabeça das duas.

— Bom dia, mamãe! — a mais nova disse.

— Bom dia, linda! — falei. — Por que Judith está brava?

Jack se aproximou. Ele usava apenas uma calça de pano. Seu peitoral musculoso estava exposto, assim como os seus braços fortes e tatuados. Lembro-me de quando as meninas ficaram curiosas quando viram os desenhos. No antebraço direito ele tinha uma borboleta, a qual ele fez na sua adolescência. No direito uma árvore seca que ia até o ombro. No braço esquerdo, ele tinha pássaros negros, que significavam sua liberdade. Um elefante parte inferior da sua perna. E a mais recente na virilha. Ele tatuou a data do nosso casamento. Eu também fiz uma após ter a Aria. Desenhei a nossa data de casamento, assim como ele, mas em cima da cicatriz do tiro que levei sete anos atrás.

Encará-lo me deixava atordoada. Os desejos sexuais aumentaram por causa da gravidez. Tudo que envolvia esse homem, me deixava arrepiada e tarada por sexo. Engoli seco e sorri para ele. Jack me olhava como se soubesse o que se passava na minha mente, e ele sempre sabia. Cocei a garganta e encarei a pequena.

— Aria queria a minha bicicleta para ela!

— Mentira, mamãe... — a menor rebateu. — Eu só queria brincar um pouco e Jud não deixou. Papai disse que deveríamos dividir os brinquedos porque somos irmãs. — continuou. — Eu até dei meu patinete para ela brincar.

— Você quer roubar a minha bicicleta!

— Ei, o que é isso? — cruzei os braços. — Brigar é feio! — falei. — Judith, Aria é sua irmã e te ama muito! Vocês podem dividir os brinquedos que ganharam no Natal.

— Mas eu não quero! — a mais velha gritou e levantou da cadeira.

— Judith! — Hall a repreendeu. — Não grite com a sua mãe!

— Eu comando a porra do mundo inteiro!

Arregalei os olhos e encarei a pequena. Os olhos grandes e castanhos da menina marejaram. Ela correu e fugiu para sala de estar. Olhei para Jack incrédula e fechei a cara. Com certeza ele xingou na frente dela, e a garotinha achou que poderia fazer o mesmo. Virei e segui a minha filha. Dobrei a parede e entrei na sala principal, mas ela não estava. Fui para varanda, e logo vi Jud sentada no banco ao lado de Tobi. Me aproximei e sentei também.

Peguei uma mecha do seu cabelo e enrolei no dedo. A morena continuou na mesmo posição e balançou as pernas.

— Desculpa por gritar, mamãe...

— Tudo bem, lindinha... — sorri. — Mas você tem que prometer que não vai mais brigar com sua irmã.

Ela assentiu e olhou para suas mãos juntas no colo.

— O papai só ficou ajudando Ari, mamãe... — falou.

Ah, então era isso. Judith estava com ciúmes.

Um Amor Inesperado (Livro Final)Onde histórias criam vida. Descubra agora