JACK
Quase dois meses depois do Ano Novo... (Part. I)
Las Vegas, Nevada, 06h.AM.
Peguei o telefone que vibrava em cima da cômoda do quarto. Atendi sem verificar quem era, porque eu já sabia. Era Losa. Ela me liga todas as manhãs desde que viajei a trabalho no mês passado. Fiquei mais do que o previsto. Preciso assinar contratos das filiais de Las Vegas. É estressante ficar longe da minha família. Ainda mais agora que Davis estava se aproximando da previsão de ter o nosso bebê. Se ocorrer tudo bem, a criança nasce em duas semanas. E se por acaso, eu ainda estiver aqui, darei um jeito de voltar para casa.
Encarei o seu rosto inchado e sonolento na tela do celular. Eu sentia falta de presenciar o seu mau-humor assim que a mulher acordava. Sua expressão brava e irritada. Ela tem um costume de sempre reclamar enquanto saía da cama. Seu corpo lindo e cheio devido à gravidez andando pelo quarto me deixava fascinado. Ela continua sendo a mulher mais linda que já vi. Beleza única e angelical. Seu jeito de agir era a coisa mais doce do mundo. Não vejo a hora de voltar para pegá-la no colo.
Davis coçou os olhos e bocejou. Ela colocou o seu smartphone encostado em um dos vasos que ficava em cima da pia de mármore e apertou o creme dental, colocando-o na sua escova roxa. Minha esposa amarrou o cabelo e começou a escovar seus dentes. A mesma rotina de sempre. Meu coração apertou com a saudade de sentir o seu calor ao meu lado, me esquentando e me amando. Ela enxugou a boca, lavando o seu rosto em seguida e secando com a toalha branca. Pegou o aparelho outra vez e me olhou, sorrindo em seguida. Seu mau-humor sempre melhorava quando ela saía do banheiro.
— Bom dia, amor! Quando você volta?
— Semana que vem, linda. — respondi.
— Como estão indo às coisas por aí? — perguntou. — Os contratos estão sendo assinados como você imaginou?
— Sim, mas temos um probleminha...
— Qual? — franziu a testa.
— Um dos gerentes está desviando recursos.
— Nossa, Hall. — ela suspirou. — Que situação horrível! — lamentou. — Já descobriu quem é?
Assenti.
Robert Andrews. O contador. O homem qualificado e profissional diplomado em Ciências Contábeis. Ele desviou recursos da empresa, fazendo assim uma das filiais perder fundos. Esse era o problema que devo resolver antes de voltar para Los Angeles.
— Boa sorte, J. — falou. — Imagino o quanto isso tudo deve ser estressante...
— E é, Davis. — concordei. — Mas ver o seu rosto agora de manhã, assim como todas as manhãs, me deixa menos estressado.
A mulher sorriu e assentiu.
— Estou com saudade de você. — revelei. — Odeio acordar e não sentir seus braços me apertando e me acolhendo.
— Então trate de resolver logo a situação aí em Las Vegas e volte para sua esposa e sua família. — a mulher brincou. — Suas filhas perguntam por você todas as noites, Jack.
Pela parede ao seu lado e o movimento que a mulher fazia, presumi que ela estava descendo as escadas.
— Mostre-me para elas! — falei. — Já estão acordadas?
— Não. — respondeu.
— Aliás, por que acordou cedo?
Losa costumava me ligar sempre às dez da manhã.
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Um Amor Inesperado (Livro Final)
RomanceNÃO ACEITO ADAPTAÇÕES!! ⚠️ Losa não sabia que o Dick Robbins era um psicopata, e acabou caindo no seu maldito plano diabólico de fazer com que ela voltasse para ele. Agora trancada no quarto secreto feito por ele, isolada de qualquer interação e imp...