JACK
Um ano após o casamento... (Part. I)
— Papai! — Aria gritou da varanda.
Me apressei em correr até a pequena. Ela estava molhada e com a mangueira aberta na mão. Cruzei os braços olhando para o seu rosto angelical. A menina faz beicinho e apontar para o cão no chão.
— Tobi está fedido. — reclamou. — E não quer tomar banho...
— Querida, venha aqui. — chamei. — Você pode ficar doente e a sua mãe vai me esganar, porque prometi ficar de olho em você...
— Mas papai...
— Venha!
Ari jogou a mangueira no chão e veio até mim. Seu vestido estava ensopado. Levei-a para dentro, seguindo caminho até o banheiro e colocando-a em baixo do chuveiro. A água quente refrescaria a menina. Lavei o seu corpo pequeno. Escolhi outra roupa seca e confortável e vesti nela. Aria agradeceu com um sorriso e um beijo na bochecha. Por mais que tenha a cópia do meu rosto, ela era idêntica à mãe. Ousada e desafiadora. Seu jeito impaciente de resolver as coisas do seu jeito era uma graça. Cabelo grande e castanho, da cor do cabelo da Losa. Olhos iguais aos meus, assim como suas bochechas vermelhas e boca carnuda. Já a outra não. Judith parecia comigo em tudo. Grossa e brava.
Fomos para varanda, onde a coloquei sentada no banco de madeira. Suas perninhas balançavam enquanto ela me encarava. Tirei a camisa, me abaixei e peguei a mangueira novamente. Tobi se aproximou animado e latiu.
— Você precisa ter paciência com ele, querida... — falei. — Ele gosta de carinho. Se você gritar e ser grossa, ele ficará triste.
— Mas ele correu de mim...
— Porque ele ficou com medo e triste, meu amor. — continuei. — Você não pode querer fazer as coisas do seu jeito e ser impaciente, lindinha.
Aria assentiu e abaixou o olhar. Olhar chateado da Losa. Meu Deus, ela era tão fofa.
— Mas ele ama você... — falei. — Não é, Tobi?
O cachorro deitou na grama e latiu. Molhei todo seu corpo, não demorando para passar o xampu dele e esfreguei os seus pelos.
— Estou com saudades da mamãe...
— Eu também... — murmurei. — Ela está no trabalho, mas voltará em breve, querida.
— Quando vou poder ir para escola como a Judith? — perguntou.
— Em alguns anos.
Cruzou os braços e fechou a cara. Ri da maneira que seu rosto se contraiu. Tirei a espuma do cão e passei a toalha para secá-lo. Ele correu para o sol e deitou na grama novamente.
— Quer comer pipoca? — perguntei. — Papai faz para você...
Ela assentiu e desceu do banco. Fomos para cozinha, onde a coloquei na cadeira da mesa. Peguei a panela de alumínio e coloquei o milho. Despejei o azeite, colocando a caçarola no fogo. Losa gostava de fazer pipoca desse jeito para as meninas, o mais saudável. Se dependesse de mim, tudo que elas me pedissem, eu daria. Olhei para Aria. Suas mãos estavam em cima da madeira, e seus pequenos dedos mexiam um com o outro.
Mexi a panela quando o milho começou a estourar. Peguei sua vasilha rosa e o seu copo da mesma coisa. Abri a geladeira, pegando o suco de laranja que sobrou do almoço e despejei. Desliguei o fogo, tirando a pipoca e colocando-a na vasilha da Aria.
— Papai, vamos assistir Barbie?
— Claro, amor. — assenti. — Vá ligar a TV e colocar na Netflix...
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Um Amor Inesperado (Livro Final)
RomanceNÃO ACEITO ADAPTAÇÕES!! ⚠️ Losa não sabia que o Dick Robbins era um psicopata, e acabou caindo no seu maldito plano diabólico de fazer com que ela voltasse para ele. Agora trancada no quarto secreto feito por ele, isolada de qualquer interação e imp...