JACK
Deixei Losa dormindo quando saí às nove horas. Preferi não acordá-la só para avisar que estava saindo. Ela estava tão acomoda no lençol grosso, o qual protegia a sua pele do frio que fiquei com pena. Assim que acordasse, veria a mensagem que deixei. A chuva caía fraca, mas era notável e mais do que claro que ela engrossaria mais tarde.
Sentei na cadeira e logo me acomodei. Eu estava na empresa, pois segundo o David, ele precisa da minha opinião sobre um assunto. E isso já estava ficando tedioso pra caralho. Deixei o celular em cima da mesa e olhei para os dois homens, os quais estavam na mesa também.
— Sr. Hall III... — começou o Samuel. — Precisamos de fundos para a empresa...
— Por quê? — perguntei.—- A empresa está em crise? Está acontecendo algo que preciso saber?
— Não! — ele respondeu. — Só me preocupo com a economia no futuro.
— Bom, então só consigo pensar na ideia de gerar mais demandas, empregos e rendas. — comentei, fazendo o homem assentir.
— Exato, Sr.!
David acendeu o seu charuto e levou o mesmo até os lábios. Ele apenas observava as minhas reações.
— Realize um evento para conseguirmos mais fundos no próximo final de semana. — falei. — Convide todos os CEO de outras empresas, e também as famílias mais influentes do país.
— Mas será o seu aniversário... — comentou, receoso e hesitante.
— Não será um problema! — peguei o copo com água e bebi. — Apenas se certifique em realizar o evento. — continuei. — Cuide de tudo. Samuel. Reconheço a sua competência...
— Está certo, Sr. — disse ele.
— Há algo mais para resolvermos?
— Sim. — David respondeu.—- Precisamos falar sobre a posse que você assumirá no próximo ano...
— Hmmm... — murmurei. — Estou ciente disso. — olhei para ele. — Mas o que mais quer discutir?
— Sei que o Arthur Viturino está em Los Angeles. — comentou.
Ele tragou o charuto mais uma vez. Eu odiava o seu jeito arrogante e ganancioso.
— E?
— Convide-o para o evento... — sugeriu. — Se ele aceitar ou até mesmo sugerir uma parceria no futuro, a Empresa Hall poderá crescer no Brasil também. — continuou. — Isso seria uma ótima jogada para você.
— Pensarei no seu caso. — falei. — Irei convidá-lo. Não farei proposta nenhuma, mas se você quiser, tudo bem... — endireitei a postura. — Apenas não me inclua. Não se esqueça que você não tem o direito de opinar sobre meu relacionamento com a Davis.
— São apenas negócios, Jack. — rebateu. — Apenas negócios...
— Samuel? — chamei o outro. — Mais alguma coisa?
— Não, Sr. — respondeu. — Por enquanto é só isso.
— Ok! — falei. — Irei me retirar então...
Levantei e encarei a chuva forte pela janela da sala. Justo na hora que eu iria embora. Ótimo. Olhei a tela do celular e já eram onze da manhã. Passei pela porta e me direcionei para o elevador. Quando as portas de metais se abriram, eu saí e passei pelo salão do primeiro andar, logo parando na porta de vidro porque ainda chovia.
Cruzei os braços, ainda encarando a água, como se isso fizesse fazê-la parar. Os carros passavam lentamente na rua, evitando acidente ou batida, o que era ótimo. O cheiro de café forte inundou o local, me fazendo olhar para trás. Uma mulher passava com o copo plástico com tampa na mão. Ela falava no telefone. Minha barriga roncou. Olhei novamente para a rua.
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Um Amor Inesperado (Livro Final)
RomanceNÃO ACEITO ADAPTAÇÕES!! ⚠️ Losa não sabia que o Dick Robbins era um psicopata, e acabou caindo no seu maldito plano diabólico de fazer com que ela voltasse para ele. Agora trancada no quarto secreto feito por ele, isolada de qualquer interação e imp...