Capitulo 22

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JACK

Deixei Losa dormindo quando saí às nove horas. Preferi não acordá-la só para avisar que estava saindo. Ela estava tão acomoda no lençol grosso, o qual protegia a sua pele do frio que fiquei com pena. Assim que acordasse, veria a mensagem que deixei. A chuva caía fraca, mas era notável e mais do que claro que ela engrossaria mais tarde.

Sentei na cadeira e logo me acomodei. Eu estava na empresa, pois segundo o David, ele precisa da minha opinião sobre um assunto. E isso já estava ficando tedioso pra caralho. Deixei o celular em cima da mesa e olhei para os dois homens, os quais estavam na mesa também.

— Sr. Hall III... — começou o Samuel. — Precisamos de fundos para a empresa...

— Por quê? — perguntei.—- A empresa está em crise? Está acontecendo algo que preciso saber?

— Não! — ele respondeu. — Só me preocupo com a economia no futuro.

— Bom, então só consigo pensar na ideia de gerar mais demandas, empregos e rendas. — comentei, fazendo o homem assentir.

— Exato, Sr.!

David acendeu o seu charuto e levou o mesmo até os lábios. Ele apenas observava as minhas reações.

— Realize um evento para conseguirmos mais fundos no próximo final de semana. — falei. — Convide todos os CEO de outras empresas, e também as famílias mais influentes do país.

— Mas será o seu aniversário... — comentou, receoso e hesitante.

— Não será um problema! — peguei o copo com água e bebi. — Apenas se certifique em realizar o evento. — continuei. — Cuide de tudo. Samuel. Reconheço a sua competência...

— Está certo, Sr. — disse ele.

— Há algo mais para resolvermos?

— Sim. — David respondeu.—- Precisamos falar sobre a posse que você assumirá no próximo ano...

— Hmmm... — murmurei. — Estou ciente disso. — olhei para ele. — Mas o que mais quer discutir?

— Sei que o Arthur Viturino está em Los Angeles. — comentou.

Ele tragou o charuto mais uma vez. Eu odiava o seu jeito arrogante e ganancioso.

— E?

— Convide-o para o evento... — sugeriu. — Se ele aceitar ou até mesmo sugerir uma parceria no futuro, a Empresa Hall poderá crescer no Brasil também. — continuou. — Isso seria uma ótima jogada para você.

— Pensarei no seu caso. — falei. — Irei convidá-lo. Não farei proposta nenhuma, mas se você quiser, tudo bem... — endireitei a postura. — Apenas não me inclua. Não se esqueça que você não tem o direito de opinar sobre meu relacionamento com a Davis.

— São apenas negócios, Jack. — rebateu. — Apenas negócios...

— Samuel? — chamei o outro. — Mais alguma coisa?

— Não, Sr. — respondeu. — Por enquanto é só isso.

— Ok! — falei. — Irei me retirar então...

Levantei e encarei a chuva forte pela janela da sala. Justo na hora que eu iria embora. Ótimo. Olhei a tela do celular e já eram onze da manhã. Passei pela porta e me direcionei para o elevador. Quando as portas de metais se abriram, eu saí e passei pelo salão do primeiro andar, logo parando na porta de vidro porque ainda chovia.

Cruzei os braços, ainda encarando a água, como se isso fizesse fazê-la parar. Os carros passavam lentamente na rua, evitando acidente ou batida, o que era ótimo. O cheiro de café forte inundou o local, me fazendo olhar para trás. Uma mulher passava com o copo plástico com tampa na mão. Ela falava no telefone. Minha barriga roncou. Olhei novamente para a rua.

Um Amor Inesperado (Livro Final)Onde histórias criam vida. Descubra agora