Um Amor Inesperado (Livro Final)

Capítulo 16

JACK

— Irei te esperar aqui fora. — Jason disse.

— E você? — perguntei, olhando para o meu outro amigo.

— Óbvio que irei entrar. — Simon respondeu. — Acha que eu perderia a linda vista de várias bundas gostosas? Nem fodendo...

— Hall, tome cuidado... — o outro disse. — Você assumirá a empresa em breve, e ficará com uma má reputação se for visto aí dentro.

— Eu sei.

Saí do carro, fechando a porta e entrando na boate, juntamente com o outro cara ao meu lado. A luz vermelha inundou o local e a música erótica estava alta. A fumaça de cigarros ricos pairava pela sala. Os velhos gananciosos e milionários estavam sentados nos sofás de couro grosso, com mais de uma stripper em seus colos.

No balcão haviam bartenders atendendo homens bem vestidos, com seus ternos chiques e caros. No outro lado estava um palco, com um metal de pole dance no meio dele. Lá tinha outras garotas se esfregando e sensualizando. Seus corpos se chocavam no ferro, enquanto elas se movimentavam no ritmo erótico.

— Caramba, eu podia viver aqui... — Simon gemeu, se aproximando de uma das meninas, e colocando uma nota de mil dólares na calcinha dela.

— Conheci a Cat aqui, sabia? — murmurei, enquanto passeava os olhos a procura da mulher.

— Você poderia ter me ligado e me convidado também, sabe... — falou.

De longe observei a morena. Ela conversava com um dos velhos ricos. Estava sentada no colo do homem, que tinha um fodido e sorriso largo no rosto. A morena cruzou suas pernas, logo rindo de maneira sedutora.

— Achei. — falei.

Peguei um copo de whisky, e comecei a caminhar em sua direção. As mãos do homem subiram a pele da mulher, traçando o cominho do seu tornozelo até a coxa, fazendo Cat fechar os olhos sentindo repulsa das mãos ásperas. Me aproximei do sofá, logo sendo notado pelos dois. Ela me olhou surpresa, mas continuou no colo dele.

— Preciso falar com você. — iniciei.

— Sobre o quê? — perguntou ela.

— Quem é essa?

Estendi o cartão com o nome e o número da mulher loira que estava na minha cama naquele dia. A morena estreitou os olhos encarando o bilhete preto e o símbolo da boate em que ela trabalhava.

— Não percebe que está atrapalhando, porra? — o velho vociferou.

— Foda-se! — falei. — Não se mete.

— Sofi. — murmurou. — Por que você tem um cartão dela, Hall?

— É isso que quero saber, Cat. — eu disse. — Onde ela está?

— Lá dentro. — ela respondeu. — No terceiro quarto.

Assenti.

— Trouxe um presente... — comecei. — Talvez hoje ele te satisfaça. — continuei.

Apontei para Simon que estava com uma das mulheres em seu colo.

— Vá com calma, querida... — olhei para ela. — No nosso último ano do ensino médio, as garotas falavam que ele era um monstro na cama. — sorri. — Tenho certeza que ele vai te devorar quando finalmente comer você.

— Então quer dizer que ele é melhor que você, Hall? — provocou.

— Amo foder, Cat. — respondi. — E o Simon adora destruir. Possuir. E pelo que percebi, você também.