Capítulo 3

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obs: gente, tô editando a história, então, por favor, leiam os dois primeiros capítulos...

LOSA

Meu pulso doía por causa da algema que ainda estava presa nele. A pele não estava tão marcada como antes. A pomada que o Dick havia colocado, tirou a irritação e a mancha que havia ali. Ajudou bastante.

Suspirei pesado, alisando o lugar que estava dolorido, na intenção de aliviar a pressão que estava ali. Eu tinha que pensar em alguma coisa para deixar a minha mão livre e poder sair daqui. A única ideia que passava pela minha mente, era deslocar o dedão para poder me livrar da algema. Já vi isso em alguns filmes. Mas, toda vez que penso nessa loucura, hesito na hora e meu corpo estremece. Eu não teria coragem para ir até o fim.

Cogitei tentar seduzir o Robbins e finalmente pegar o pequeno chaveiro do seu bolso, mas ele era esperto o bastante para não cair nesse plano ridículo e mal pensado.

Mas darei um jeito de fugir. Não sei como, mas pensarei em algo. Irei colocá-lo na prisão, e garantirei que ele nunca mais saísse de lá.

Isso... — ele disse. — Mais uma vez... — murmurou. — Abra bem. — mandou.

Dick colocou mais uma colher de mingau na minha boca.

— Por que ela não é obediente como você, Losa? — perguntou, com um sorriso largo e ressentido no rosto.

Ela? De quem ele estava falando?

Contando às vezes que o loiro já entrou aqui, trazendo o almoço e outras comidas para mim, presumi que se passou três dias. Aqui era tão isolado que não era possível ficar ciente se era dia ou noite.

O homem em minha frente continuava com uma média curvatura satisfeita nos lábios.

— Ela? — perguntei, na esperança de sair algo interessante e importante da sua boca.

Ele assentiu devagar, logo me dando mais uma colherada de aveia.

— Você me lembra ela, — continuou. — Mas infelizmente, a garota se tornou uma grande mulher agora, e não quer me ver. — riu sem humor. — Acho que ainda guarda ressentimento de mim.

Encarei seus olhos claros e distantes, o qual encarava a tigela branca em sua mão esquerda.

— Eu conheço? — murmurei, com a voz baixa e curiosa.

Dick negou, finalmente me olhando e levantando sua mão direita.

— Irei te levar para um lugar hoje... — falou.

Respirei fundo, puxando o ar para os meus pulmões que pareciam sufocados. Meu coração começou a bater mais forte e rápido, imaginando a possibilidade de fugir desse quarto e dele.

Para onde ele iria me levar? Para algum longe?

Engoli seco, demonstrando um pouco de animação, fazendo Dick sorrir enquanto ainda me olhava.

— Um passeio? — engoli seco, esperando a sua resposta.

— Tipo isso... — murmurou, soltando uma piscadela.

— Ah...

— Bom, mas, — continuou. — Primeiro, eu preciso que você durma.

— Dormir? — franzi a testa cansada. — Como assim?

Uma picada aguda foi dada no meu braço direito. Meus olhos correram até a pele que agora estava sendo perfurada e me espantei. Encarei a agulha enfiada, e logo o polegar do loiro apertar a parte traseira da seringa, fazendo o líquido transparente entrar lentamente na minha veia. Ele me deu algum medicamento.

Um Amor Inesperado (Livro Final)Onde histórias criam vida. Descubra agora