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Deixe a estrelinha

Sábado, 27 de agosto

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Sábado, 27 de agosto


Acordo com o celular tocando em cima da mesa, mas levantar é exigir demais
de mim a essa hora da manhã. Aperto os olhos e vejo que o relógio marca 6h47.

Meu primeiro pensamento é Noah. É sempre Noah. Mas não são nem 5h na
Califórnia. Não pode ser ele… a não ser que tenha passado a noite na rua, o que
é totalmente possível. Puxo as cobertas e vou ver o que é tão importante.

É uma mensagem de Laura: Vc deixou coisas aqui. Venha antes de 12h hj.


— E bom dia para você. — Eu bocejo para o celular. Está cedo demais para escrever abreviando assim.

Eu me espreguiço e decido que é uma hora tão boa quanto qualquer outra
para dar uma olhada nos chuveiros no fim do corredor.

Uso meus chinelos de praia porque Noah me disse que posso pegar algum fungo horrível se não usar.

Às 7h10, já saí do alojamento e estou a caminho da casa de Laura. Se ela
quer me chamar ao nascer do sol, é melhor estar preparada para me receber.

Ela atende depois da terceira sequência de batidas na porta, envolta em um
roupão fofo e com uma daquelas coisas que cobrem os olhos empurrada até a
testa.

— Any! São 7h25 da manhã.

— Ah, é? — Dã. — Você estava dormindo?

— Estava. — Ela está puta da vida.

— Me desculpe. Achei que sua mensagem matinal era uma permissão para vir. - Estou com um ótimo humor e tento brincar com a situação. É o único
jeito de lidar com as merdas dela tão cedo.

— Eu acordei cedo porque Princess precisava sair e mandei a mensagem
antes de voltar para a cama. — Ela dá uma gargalhada condescendente. —
Falando sério, Any, você não sabe nada sobre a vida num alojamento? — Consigo ver que ela adora bancar a superior comigo, mas, para ser sincera, é
divertido, hilário, até. — É uma cortesia comum botar seu celular no modo
silencioso à noite, senão sua colega de quarto vai passar a odiar você. É uma das primeiras regras da vida em alojamentos. Se estivesse no silencioso, como deveria, minha mensagem não teria acordado você.

E, como Laura é uma dessas pessoas que pensam que todo mundo acredita em tudo que ela diz, deixo passar.

— Obrigada, Laura, por me lembrar disso. — “Pelo amor de Deus, eu
dormi no mesmo quarto que Grace por dezenove anos, então devo saber algumas coisinhas sobre cortesia e compartilhamento de espaço” tenho vontade de acrescentar, mas mordo o lábio.

E como Laura também é uma dessas pessoas que não conseguem ver
quando estão sendo babacas, ela sorri.

— De nada. — Em seguida, balança a cabeça e me olha com pena. — O que
vou fazer com você?

Raio de Sol | Beauany | CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora