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Deixe a estrelinha 🌟

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Terça-feira, 1° de novembro e Quarta-feira, 2 de novembro

Estou tomando ibuprofeno regularmente nos últimos dias. Estou quase no fim do frasco, então paro no mercado em frente ao Grounds a caminho de casa depois de sair da floricultura.

Quando eu o vejo, ele está tão pálido e encolhido que quase não o reconheço. Paro no meio do caminho, em guerra comigo mesma. Não vejo Josh desde sábado à noite, e esse encontro casual não é como eu planejava vê-lo. Não sou uma estrategista quando o assunto é interação. Costumo improvisar, mas queria dar a ele mais do que uns poucos dias para esfriar a cabeça. Por dois
segundos, meu lado egoísta e preservador grita: “Dê meia-volta e vá embora antes que ele veja você!” Mas meu lado compassivo sufoca isso com um contra-argumento calmo: “Mas ele parece péssimo.” Isso vem seguido de um pedido: “Ajude-o.”

A compaixão sempre vence a autopreservação.

— Josh. Ei, está precisando de ajuda?

Se eu dei um susto nele, ele não demonstra. Virar a cabeça na minha direção exige mais esforço do que deveria. Os olhos estão vermelhos e com manchas de um tom roxo perturbador. O cabelo está úmido nas raízes e grudado na cabeça.

Ele parece não ver um chuveiro há semanas, mas sei que só tem alguns dias, no máximo. Ele está doente.

Ela olha para mim com uma expressão vazia. Não sei se falar exigiria muita
energia ou se ele não quer.

Toco na testa dele com as costas da mão. Ele se encosta na minha mão. A testa está quente e molhada de suor. Febres sempre me assustaram. Quando Gracie tinha febre, eu não conseguia dormir. Ficava sentada na cama ao lado dela. Ela sempre queria que eu segurasse a mão dela.

Tento mascarar meu medo e sussurro:

— Josh, por que você não está na cama? Você está ardendo.

Ele está mais do que exausto. Estou me perguntando como encontrou forças para atravessar a rua.

Olho as prateleiras na frente dele.

— Do que você precisa, querido? Ele dá de ombros. Está delirante de febre.

Eu ofereço a mão, e ele passa o braço pelo meu ombro. Ele está pesado, desamparado. Levo-o até o banco no final do corredor, ao lado da janela do farmacêutico, onde o coloco encostado na parede. Falo com o farmacêutico e pego o que ele recomenda, junto com meu ibuprofeno, duas latas de canja de galinha, uma lata de sopa de tomate e uma garrafa de suco de laranja.

Depois que pago, volto até Josh e atravessamos a rua com dificuldade até o apartamento dele. Ele não faz nada quando chegamos à porta, então reviro os bolsos dele em busca de uma chave.

Raio de Sol | Beauany | CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora