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Deixe a estrelinha 🌟

Segunda-feira, 17 de outubro

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Segunda-feira, 17 de outubro

Krystian me manda uma mensagem de texto quando estou saindo do refeitório.

Quer ir comigo à Spectacle hoje? Por favor, por favor?

Faz tanto tempo que não saio com Krys. Eu respondo:

OK ;)

(...)

A Spectacle está lotada como sempre. Gustavo está trabalhando, então tenho Kryatian só para mim durante boa parte da noite. Eu estava com saudade. Nós cantamos, dançamos e rimos durante horas. Antes de percebermos, são 2h da madrugada, hora de fechar. Esperamos Gustavo trancar o estabelecimento para irmos até o estacionamento do outro lado da rua juntos.

Quando saímos pela porta dos fundos, que dá no beco de trás, Gustavo percebe que esqueceu o celular no escritório.

— Já volto. Encontro vocês na calçada. Não quero que fiquem esperando no beco.

O beco está escuro; só tem uma lâmpada fraca acima da porta. É meio apavorante.

Seguro a mão de Krys, e o contato o relaxa. Não demos nem dez passos quando vejo dois caras andando pela calçada. Quando eles nos veem e param, eu fico nervosa. E quando se viram e começam a andar na nossa direção, meu coração pula na garganta. Estou com medo.

Logo descubro por quê.

— Olha o que temos aqui. Um veadinho.

Primeiro, eu rezo. “Deus, não deixe que nos machuquem.” Depois, grito e me viro para correr, puxando Krystian comigo.

Não percorremos nem um metro e meio quando Krys é segurado por trás pelos dois homens.

Estou em pânico, mas não fico paralisada. Começo a gritar:

— Parem! Larguem ele, seus babacas! Parem! — Pulo nas costas de um cara
quando ele está se levantando. Pego impulso com o braço direito e dou um soco na orelha dele, porque parece o ponto mais doloroso ao meu alcance. Ele tem um cheiro forte de álcool e meu estômago dá um nó. Ele se balança debaixo do meu peso.

Depois de recuperar o equilíbrio, ele consegue soltar minhas mãos e me joga no chão.

— Vaca! — Ele cospe em mim.

Eu caio de lado na calçada, e a força do impacto tira o ar dos meus pulmões. Ofego para tentar inspirar de novo. Minha visão fica escura nas beiradas; devo ter batido a cabeça. A calçada é áspera e arranha a pele da minha bochecha.

Pontadas de dor surgem na minha coxa e barriga e acabam antes mesmo que eu perceba que ele estava me batendo ou chutando. Ele volta a atenção para Krystian, que mal consigo ver, encolhido embaixo dos joelhos do outro homem.

Raio de Sol | Beauany | CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora