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Deixe a estrelinha

Segunda-feira, 29 de agosto

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Segunda-feira, 29 de agosto


O primeiro dia de aula foi maravilhoso. Sei que debochei da Experiência da
Grant College, mas fiquei arrepiada o dia todo. Eu estava vivendo a experiência.

Andei pelo campus com um sorriso imbecil na cara. Por tanto tempo sonhei em fazer faculdade, uma faculdade de verdade. Nunca achei que pudesse acontecer, mas aqui estou. Literalmente tirei isso da minha lista de coisas a fazer antes de morrer. Minha lista não tem ordem, mas “fazer faculdade” era o número cinco. Acho que agora é uma boa hora para lembrar a Deus que sou feliz com o jeito como as coisas estão. “Boa segunda, Deus. Eu só queria agradecer, sabe, pela Grant. É um presente. Paz e tchau.”

Sabi está totalmente dedicada a um arranjo de flores quando chego ao Three Petunias às 14h30, mas para e fala comigo:

— Cadê seu iPod? Eu trouxe meu dock station hoje. Vamos ver se você tem
alguma coisa boa.

— É um desafio?

— Encare como quiser.

É um desafio, sim. E, de repente, sinto necessidade de defender a honra da
minha música. Pego o iPod na bolsa, ligo no dock station e seleciono o modo
aleatório.

A primeira música que toca é de Mozart.

Sabina aperta o botão para avançar
para a música seguinte e olha para mim quase pedindo desculpas.

— Eu toco isso quase o dia todo. Adoro, mas preciso ouvir outra coisa quando estou trabalhando.

— Tudo bem.

A música seguinte explode pela caixa de som. Começo a dançar atrás do balcão, e Sabina me observa, confusa.

— Vamos lá, Sabi. Sacuda o corpo que sua mãe deu a você.

Ela balança a cabeça. É inflexível.

Meus pés param, mas o restante do meu corpo não consegue.

— O quê? Não me diga que você não dança.

Ela balança a cabeça de novo e consigo ver que está ficando vermelha.

Caramba, era uma coisa que nunca achei que fosse ver.

— Ah, temos que fazer alguma coisa quanto a isso. — Dou um sorriso
brincalhão. — Você sabe que vou fazer você dançar até o fim do semestre, né? — Essa garota precisa fazer algo que nunca fez, uma coisa diferente da
personalidade dela. De repente, isso se torna meu novo objetivo.

O rosado do rosto está sumindo, e ela balança a cabeça de novo para
acrescentar convicção à declaração.

— Eu não danço, Any.

Raio de Sol | Beauany | CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora