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Deixe a estrelinha 🌟

Domingo, 6 de novembro

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Domingo, 6 de novembro

O sábado e o domingo voam, e mais uma vez sou obrigado a me despedir de Stella bem antes do que eu queria. Nosso fim de semana foi típico, andamos pela cidade, brincamos no parque, comemos cachorros-quentes da carrocinha da esquina, mas com Any lá foi como se eu estivesse vendo tudo em cores em vez de preto e branco. A diversão foi amplificada e virou pura alegria. Stella se divertiu muito. Ela riu quase tanto quanto Any, o que é muita coisa, porque Any ri mais do que qualquer outra pessoa que eu conheça. Ela refinou a arte da diversão e de viver o momento.

Nunca vi nada assim. É de tirar o fôlego. Eu não sou assim. Tento, mas vivo concentrado demais no futuro e no futuro de Stella. Eu me deixei levar neste fim de semana e foi ótimo. Vi as duas juntas, e foi difícil não imaginar nós três como uma família. A mera ideia me deu uma paz que nunca conheci. Se tem uma pessoa neste mundo que eu gostaria que
inspirasse minha filha, essa pessoa é a Any.

Até passamos algum tempo com meu pai pela manhã. Ele costuma estar trabalhando no pronto-socorro quando estou em casa nos fins de semana. Não o vejo mais com frequência.

Stella está enrolada em mim como um macaco. Está chorando como faz toda vez que vou embora. Parte meu coração. Eu a balanço para a frente e para trás devagar e tento aliviar a tristeza. Isso me mata. Estou acariciando os cachos ruivos que ela herdou da mãe.

— Shh, garotinha. Eu volto logo.

Ela funga e sussurra no meu ouvido:

— Eu sei, mas fico com saudade quando você não está aqui.

Eu sussurro para ela:

— Eu também sinto saudade, Stella. Muito, muito. Mas vou ligar ou falar com você pelo computador todas as manhãs e todas as noites até a próxima vez que eu vier, tá?

Ela faz que sim com a cabecinha e limpa os olhos molhados no meu ombro.

— Quero dizer tchau pra Any. — Ela se contorce para mostrar que está pronta para ser colocada no chão.

Minha filhinha linda anda lentamente até minha amiga linda e estica as mãos acima da cabeça, pedindo para ir para o colo. Any não hesita. Stella a envolve
com os braços e as pernas, apoia acabeça no ombro de Any e se aconchega.

Poucas coisas neste mundo parecem certas como o que estou vendo agora. Any a abraça com força, mas com uma delicadeza tranquilizadora. É o que também sinto quando me abraça e imagino aquela paz se espalhando por Stella.

Ela beija a testa de Stella.

— Estou tão feliz por ter conhecido você, Stella.

Stella olha nos olhos de Any.

Raio de Sol | Beauany | CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora