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Sexta-feira, 21 de outubro

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Sexta-feira, 21 de outubro

São 20h12 quando bato na porta de Josh, sentindo um nervosismo diferente. Nunca fui esse tipo de garota, então a sensação é estranha. Estou sóbria, mas parece que tomei alguns drinques e, apesar de minha mente não estar convencida de que está alterada, o corpo está confessando o escorregão. Acho que acabei de me apaixonar por essa sensação.

Quando Josh abre a porta e eu entro, ele pega meu casaco. Não dizemos nada. É meio constrangedor. Não desconfortável, só constrangedor. Então, digo:

— Não é tarde demais para desistir, cara. Tem certeza de que confia em mim agora que você teve uns dias para pensar? — A confiança dele é importante para mim.

Há graus diferentes de confiança, e  minha sensação geral é de que a maior
parte das pessoas é boa, portanto confio na maioria. Amizades são vitais para mim, e confiança é parte disso. Mas, em um nível mais profundo, tem a confiança.

Minha confiança é uma coisa que não encaro como besteira. Poucas pessoas a conquistaram: Grace, Noah e Wendy. Só. É uma coisa que leva anos para construir. Por algum motivo, sinto que Josh já caiu nessa categoria mais profunda. O que é bom, mas também é meio apavorante, porque aconteceu muito rápido.

Ele sorri, e o constrangimento desaparece.

— Implicitamente.

Que. Resposta. Do. Caralho.

— Tudo bem. Vamos começar a festa.

O lábio inferior dele está escondido sob o superior quando ele sorri de novo.

Os olhos estão achando graça. Ele quer dizer alguma coisa, mas acha que não deve. Então, pega uma cadeira dobrável no armário e monta em um espaço aberto atrás do sofá de dois lugares. Estou vendo-o trabalhar, mas não estou exatamente vendo: estou sonhando acordada. Estou pensando em como é o peito dele debaixo da camisa. Estou pensando no quanto a pele é quente e nos músculos definidos. Estou pensando em como pode ser por baixo…

— Molhado ou seco? — Ele para quando não respondo e aponta para o cabelo. —Quer que eu molhe?

Ah. Certo. O cabelo. É por isso que estamos aqui.

— Hã, molhado, acho. Não é assim que os profissionais fazem? — Wendy sempre cortou meu cabelo. Duas vezes por ano na cozinha dos Urreas, quer eu precisasse ou não. Nunca fui a um salão.

— Então, vai ser molhado. Já volto.

Josh desaparece no banheiro e volta dois minutos depois só de calça jeans. Jesus, Maria, José. Ele fica bonito pra caralho sem camisa. Minha mente é inundada, e sinto-me como se ele pudesse ver todos os meus pensamentos impróprios. E agora minha barriga está tremendo de novo. Que diabos há de errado comigo?

Raio de Sol | Beauany | CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora