Segredos. Todo mundo tem um. Alguns são maiores que os outros. Alguns, quando revelados, Podem curar você... E outros podem acabar com você.
"Faça épico", costuma dizer Any quando quer estimular alguém a dar o melhor de si. Nascida numa família-prob...
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Segunda-feira, 14 de novembro
Está frio hoje. Minha respiração sai como névoa e sigo-a pela rua principal na direção da floricultura. Sei que eu não devia incomodar Any no trabalho, mas peguei uma noite adicional de trabalho na Red Lion Road e não posso esperar até sair de lá para contar a ela a boa notícia.
Meu corpo todo está vibrando com a empolgação da rebelião e da realização pessoal. É tão bom. É assim estar no controle do próprio destino? Sinto-me poderoso. E não no estilo babaca de ter um ego enorme, mas no estilo de finalmente estar no controle da minha vida.
O sino anuncia minha chegada. Eu nunca tinha reparado em sinos até o dia em que conheci Any . O jeito como ela desdenhou do sino no Grounds foi tão adorável que lembro dela todas as vezes que ouço um tocar.
Sabina levanta o olhar do arranjo de flores à sua frente e dá um sorrisinho malicioso, e sei que vou ter que ouvir.
— Oi, Romeu.
Decido que ignorar as tentativas de constrangimento dela é o melhor jeito de lidar com ela.
— Oi, Sabi. — O calor nas minhas bochechas me trai, e o sorriso dela se alarga.
Any se vira ao ouvir o som da minha voz. Essa reação dela é viciante. Um simples ato que me deixa feliz pra caramba.
Estou longe dela só desde a manhã, quando ela saiu para a aula, mas, depois do fim de semana, algumas horas parecem uma eternidade.
— Oi, linda.
Ela dá um sorriso sugestivo.
— Oi, lindo. Não conseguiu ficar longe, é?
Balanço a cabeça enquanto entro atrás do balcão e passo os braços ao redor dela. Eu não consigo ficar longe. A pele dela está com cheiro do meu sabonete.
Adoro saber que ela usou meu sabonete. No meu chuveiro. No meu apartamento. Hoje. E agora que estou com os braços ao redor dela, não consigo resistir a um beijo.
Sabina limpa a garganta.
— Josh, estou tentando cuidar de uma loja aqui. Não abra a calça.
Sorrio, dou de ombros e pisco com inocência para ela.
— O quê? — Sei que ela só está nos provocando. Depois que superou o choque inicial de me ver com Any no sábado à noite, ela nos deu a sua bênção. Seguida de um aviso severo de que “cortaria minhas bolas fora” se eu magoasse Any.
Jurei pelas minhas bolas que não a magoaria.
Sabina me olha de forma ameaçadora, mas uma risadinha rouca e feminina escapa dela.
