41°

170 19 5
                                    

Deixe a estrelinha 🌟

Deixe a estrelinha 🌟

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Sexta-feira, 18 de novembro


Laura acabou de mandar uma mensagem dizendo que está disponível para jantar hoje às 19h15. São 18h37. A mensagem não era tanto aceitando um convite, mas cedendo à coerção. Eu não a coagi. Parecia que eu estava torcendo o braço da garota. Já estou lamentando ter convidado. Estou particularmente cansada e tentando me manter positiva, mas estou mal-humorada. Isso não está ajudando.

Sinto culpa por expor Josh ao mundo de Laura Carolina, mas não posso fazer isso sozinha.

— Josh , sabe aquele ditado “uma mão lava a outra”? 

Ele levanta o rosto do livro que está lendo e sorri. É o sorriso torto que eu amo.

— Sei — diz ele de forma sugestiva.

Agora me sinto pior, porque ele está pensando que vem uma coisa boa por aí.

— Vou a Chicago com você amanhã. Você pode jantar comigo e minha tia hoje?

Ele marca a página e coloca o livro na mesa.

— Claro. Vamos nos encontrar com ela em Minneapolis aqui? — Já contei para Josh que tenho uma tia, mas deixei de fora todos os outros detalhes sobre ela. É uma daquelas situações em que é melhor não dizer nada quando não se tem nada de bom a dizer.

— Em Minneapolis. Você consegue ficar pronto em quinze minutos?

Ele já está a caminho do banheiro.

— Pode pegar uma calça jeans e uma camisa para mim? Vou tomar um banho rápido. Quer entrar comigo?

Seu sorriso me derrete, porque o flerte dele alivia uma parte da tensão que toma conta de mim.

— Quero… mas isso demoraria mais do que quinze minutos e acabaríamos perdendo o jantar.

Ele dá de ombros.

— Azar o meu.

Ele fica mais adorável a cada dia.

(...)

Paramos em frente ao prédio de Maddie exatamente às 19h15. Ela disse que estaria pronta.

Quando abre a porta e pousa o olhar em Josh, ela ganha uma expressão faminta e predatória. Como se sua mente estivesse oscilando entre duas opções: devorá-lo ou ir devagar e saborear cada mordida. Josh repara. Merda, o cara cego do outro lado da rua reparou. Ele aperta a mão dela quando faço as apresentações, mas não solta a minha mão.

Eu sugiro um restaurante na mesma rua, onde Maddie e eu tomamos café da manhã meses antes. É bom, barato e, o mais importante, não é sushi. Quando Josh me apoia, Laura não reclama, ainda que eu saiba que não é o tipo de lugar aonde ela gosta de ir numa sexta à noite. Ela está vestida como uma acompanhante cara.

Raio de Sol | Beauany | CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora