6- Despedida

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Charli

Quando acordei ainda naquele lugar, avistei uma roupa empendurada na cama. O pior foi perceber que aquela roupa era minha!

Ou seja, eles pegaram da minha casa? Como sabem onde eu moro? Será que sabem muito sobre mim?

Paro um pouco de pensar e me volto a roupa. Era uma calça jeans e um blusão cinza, era oque eu amava vestir dentro de casa. Percebi no chão um par de tênis, obviamente não acharam algo simples, afinal eu só vivo de tênis, sem ser pra trabalhar claro.

Me dirijo a porta branca que ainda não abri, e lá realmente era um banheiro. Com um chuveiro, vaso, pia e banheira. A banheira já estava com uma água que parecia estar muito boa. E uma vontade de entrar lá surgiu.

Também né! Não tomei banho, não comi, não sai daqui! Daqui a pouco acredito que vai fazer 2 dias.

Amanhã então é domingo. Mano se esses idiotas me fizerem ser demitida é aí que mato eles mesmo! Eu prometi que nunca mais me atrasaria! Sei que aquele emprego não é praticamente nada, mas eu ganho bem, então quero me manter lá, sendo imobiliária.

Voltando a realidade de novo, eu me livrei daquela roupa apertada que antes era confortável e perfeita pro momento que eu estava indo pra aquela balada.

Agora a melhor sensação foi mesmo entrar naquela água e relaxar. Mas fui rápida com medo de alguém aparecer, na verdade, dele aparecer.

Não sei, mas sinto que conheço ele de algum lugar! Seu olhar me deixou intimidada e em alerta, seu toque brusco só me fez querer gritar mais ainda com ele. E com aquele tapa então...

Me vesti rápido e penteei meu cabelo com a mão mesmo, depois fiz um coque em meu cabelo.

Deixei o banheiro me voltando a janela, ali não tinha nada nem ninguém.
Mas será que em outros quartos tem outras pessoas presas? Sara... Só de pensar um aperto no coração me vem, minha amiga que até então estava feliz com seu noivado agora pode estar na mesma situação que eu...

Eu merecer pode ser verdade, por algum motivo sim. Mas Sara, com certeza ela não merece!

Estou me culpando muito por não ter ido atrás dela quando tive a chance.

- Com licença. - de novo a voz daquela velha chata.

Nem fiz questão de me virar pra vê-la, mas pelos barulhos sabia que trazia novamente comida.

O silêncio tomou conta de tudo.

- Eu sinto muito querida. A única coisa que pude fazer foi convencê-lo a me deixar te trazer comida essa manhã. Porfavor tente comer. Sei que deve estar confusa, e sem entender o porque está aqui. - eu sentia sinceridade em suas palavras e o lamento por minha situação também. Mas a partir de agora minha desconfiança e raiva é tudo o que me domina. E ela deve ser alguém de confiança pra eles deixarem ela me ver e até falar comigo, então sendo assim deve ser tudo fingimento.

A olho de relance e a mesma já foi saindo.

Quando percebo estar sozinha novamente, vou até o prato. A comida parecia estar boa, mas e se tivesse veneno? Se aquele cara quiser logo me matar depois de ontem a noite quando o estressei tanto?

Mas a minha fome era grande, já me sentia fraca pela falta de alimento. Tenho que arriscar...

Então, pego uma torrada que tinha no prato e como, suspirando satisfeita. Parece que não como faz é mais de uma semana, sou esfomeada e passei mais de 24 horas sem comida, foi um verdadeiro recorde.

Ao terminar de comer e beber do suco que também tinha. Uns 30 minutos depois, eu acho, não sei ao certo, a Luy entrou de novo no quarto. E ao ver que comi sorriu satisfeita.

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