32- Acordo

1.9K 139 15
                                    


Charli Povs

Levantei.

Não consegui grudar os olhos, apenas fiquei deitada esperando um sono que não viria tão cedo.

Olhei pela janela gigante que tinha ali, e ainda era noite. Não sei a noção de tempo, não contei os segundos desde que Chase saiu do quarto.

Sabendo que o sono não viria, e cansada de não fazer nada interessante. Abri a pequena mala que vi terem feito pra mim, e vesti uma roupa. Seco completamente meu cabelo o penteando e calço meu tênis, a primeira coisa que vejo na frente.

Resolvo fazer um tour pelo lugar.

Ao tocar na maçaneta da porta, dei graças a Deus que a mesma não estava trancada e sai fechando a porta devagar. Vejo os dois lado do corredor extenso e luxuoso, e resolvo ir para a direita, parecia ter mais coisas interessantes. Tinha vários quadros com pinturas abstratas bem coloridas, e enfeites como jarros que pareciam ser caríssimos, logo abaixo deles dizia quando foi feito, por quem foi feito, do que era feito e quanto valia.

Me seguro pra não tocar em nada, e continuo seguindo meu caminho, estava sem rumo na verdade. Mas irei aonde minha curiosidade bater mais forte.

Continuo andando até chegar em outro corredor, agora com apenas uma longa porta, que eu não pensei duas vezes antes de abrir.

Olhei para o lugar cheio de bebidas, e me admiro com um parede apenas com vinho, dos melhores vinhos. Olho para a outra parede, vendo apenas uísques, e me lembrei de alguém que beberia tudo aquilo.

Mas meus olhos ficam encantados com os vinhos.

- Hum...-sorrio indo correndo até lá, procurando algum específico que caísse bem agora.
Eu amei o fato de terem deixando um andar com uma sala cheia de bebidas, genial, mal precisei andar pra achar oque prescisava agora.

Estico minha mão para pegar a garrafa, e fico nas pontas do pé. Ainda não consigo.

- Inferno. - xingo com raiva.

- Quem é o capeta? - ao escutar uma voz atrás de mim pego qualquer vinho que estivesse a minha altura e me viro, eu até poderia jogar isso na cara dele, mas ainda assim seria um desperdício e tanto.

Abro com dificuldade e bebo um pouco do líquido.

Olho com deboche para um Chase sério na porta de braços cruzados.

- O que você quer assassino? - rio bebendo outro gole.
- Fala alguma coisa!

- Já bebeu demais, chega de bebida pelo resto de sua vida. - me tratava como uma zé ninguém, me olhando cínico do jeito que era.

- Você tá brincando né? Eu nem bebi cinco goles. Se for assim você também não bebe mais uísque nenhum. - franzo o cenho.
- Sabe... - começo a andar em círculos. Tendo uma ideia.

- E se fizermos um acordo? - pergunto parando e sorrindo.
- É isso, você terá que manter sua palavra, e vamos ver se vocês é confiável mesmo. - dou de ombros.
- Aceita? - estendo minha mão.

- Que acordo?

- Se eu não beber nenhum tipo de álcool, apenas coisas saudáveis você também não vai beber, principalmente uísque. - digo arrumando minha postura.
- Estamos quites? - balanço minha mão estendida.

Ele ainda ficou em silêncio por segundos mas depois apertou minha mão.

- Ok, mas saiba que sem uísque, eu não fico com juízo por muito tempo, é como um remédio. Sem, eu fico louco, e com raiva. - o sinto apertar minha mão.

Obsessão Onde histórias criam vida. Descubra agora