21- Situação ruim

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Charli Povs

Sinto que mal fechei os olhos, e o sol nasceu. E foi literalmente assim, já que me deitei nessa cama, com esse indivíduo ao meu lado quase as três.
Respiro fundo tomando coragem pra afastar sua mão que estava em cima dos meus seios e tirar seu braço que estava em volta do meu corpo.
Me viro pra ele e assim retiro o pano do travesseiro, que a muito tempo não estava mais em sua testa, e verifico sua situação.

Não estava mais com febre, graças a Deus. Mas, sentia que ainda tinha algo de errado, principalmente pela sua respiração e sua pele pálida.

- Chase? - sussurro mais preocupada ainda.
- Acorda. - o sacudi de leve e assim ele se remexe abrindo aos poucos os olhos. Solto o  pouco de ar que prendi.

- Tudo bem? - se vira pra mim me analisando. Fico desajeitada quando começo a pensar que eu dormi ao seu lado.

Mas o pior foi oque aconteceu antes, e oque mais me assustou foi quando percebi as cicatrizes em suas costas, no momento mal tive reação, mas agora estou começando a pensar nisso, e elas pareciam ter sido feita por alguém que queria machuca-lo, e muito, com chicote. E elas pareciam ser tão antigas...

- Está sentindo alguma coisa? - pergunto me sentando e o ajudando a se levantar. Sem ao menos perceber ele novamente mantém o contato de sua pele com a minha, deixando sua mão em minha coxa.

- Só estou ainda um pouco tonto, mas me sinto bem melhor do que ontem. - diz se levantando sozinho, e eu faço o mesmo.

- Que bom. Acho melhor você tomar um banho e depois comer alguma coisa, irei pegar um remédio pra enjoo se você sentir algo. - digo passando as mãos pelo cabelo que deveria estar uma bucha agora.
- E não vai sair do quarto. - nesse momento eu parecia uma mãe super mandona e protetora.

Chase serra os olhos e inclina um pouco a cabeça.

- Acho melhor você ficar aqui, se tiver alguma coisa pra resolver, tenho certeza que pode mandar alguém em seu lugar. - digo dando de ombros.

- Posso ficar aqui até as seis da tarde, depois tenho que sair. - diz e eu assinto. Até lá ele estará totalmente bem.

- Com licença. - me afasto e abro a porta, mas antes de sair completamente o vejo indo até sua janela e assim ficando de costas pra mim aonde vejo as cicatrizes que ocupavam toda a sua costa, estavam cobertas de tatuagem, oque impedia muito alguém conseguir enxerga-las de longe.

Saio e sigo direto pro meu quarto, lá embaixo eu escuto a televisão ligada oque indica que Amelie já tinha acordado, oque vai me assustar sempre esse fato de que ela acorda super cedo.

Vou direto pro banheiro aonde tomo um banho e escovo os dentes. Visto uma roupa qualquer e penteio meu cabelo fazendo uma tranca de lado. Me retiro do quarto e desço, confirmo a presença de Amelie.

- Aonde você estava? Fui no seu quarto e não te achei. - se levanta me seguindo até a cozinha.

- Seu irmão adoeceu, assim como você, e eu dormi no quarto dele. - solto a última parte sabendo que ela ia surtar com a informação.

- Então vocês dormiram na mesma cama é isso mesmo Charlizinha? Não quero nem imaginar oque rolou.

- Não rolou nada, eu só fiquei lá caso ele precisasse de mim, e isso não vai acontecer de novo. - começo a preparar uma bandeja reforçada.

- Charli, porque você está mesmo aqui?

- Não sei, pergunte a seu irmão.

- Dizer que ele é meu irmão, está me fazendo sentir mal porque eu quero ser sua amiga e isso de alguma forma impede.

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