33- Espiã

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Charli Povs

Assim que levantei, na manhã seguinte a pequena conversa que tive com Chase, consegui dormir. Acho que porque minha preocupação deu espaço para o sono. É tanto que acordei quase nove horas!

Tomei um banho para despertar, e quando ia saindo do quarto me deparei com Amelie.

- Ah, bom dia. - digo ainda me recuperando do pequeno susto.

- Bom dia, tudo bem? - pergunta já indo andando pelo corredor e me esperando. - Venha, vamos comer alguma coisa no restaurante lá em baixo. - diz rindo de minha expressão.
- Eu também dormi muito. - completa pela hora.

- Ah, meu sono foi intenso. - a sigo. E até chegar ao elevador ficamos em silêncio. - Desculpa por aquilo tudo que aconteceu. Eu estava com medo, muito medo de perder meu pai. - e eu continuo com medo, mas estou melhor em saber que ele já está sobe cuidados.

- Tudo bem, eu entendo. Na hora eu queria te acalmar, mas achei melhor deixar aquilo pra Chase. - eu vejo um pouco de entusiasmo em sua voz, mas ignorei.

Assim que saímos do elevador, vemos o lugar lotado, mas duas pessoas se destacam entre todos, e Amelie me puxa pela mão até   lá.

Mian e  Liev.

- Bom dia senhoritas. - Liev beija minha mão e a de Amelie.

- Charli, está melhor? Disseram que você adoeceu. - percebo que a única pessoa aqui que não sabe de nada oque aconteceu é Mian, então faço meu trabalho como uma boa mentirosa.

- Ah, estou muito melhor. - sorrio sinceramente, feliz porque vou comer.

- Podemos? - Liev nos espera passar em sua frente e fica na minha cola.

- Garantindo que eu não saia correndo? - pergunto disfarçadamente para Liev.

Ele ri.

- Sei que não vai sair correndo, gosta de ficar perto de mim não é mesmo? - pergunta se exibindo.

Dessa vez eu que rio.

- Aham é isso mesmo. - ele parece ter levado a sério, que logo me deu um beijo na bochecha e correu para contar isso a Mian e Amelie.

Paro para olha-lo por um segundo.

Ele não sabe o que é ironia.

- Parece está muito bem, desde a última vez que a vi. - escuto uma voz conhecida parando ao meu lado. E olho para Blood.

Eu vou admitir, senti falta de discutir com ele.

- Sim, estou muito melhor. E agora um pouco mais livre, antes nem saia de um quarto, graças a você. - sorrio falsamente.

- Graças a mim não, eu só cumpro ordens. - me corrige.

- Falando no seu chefe, cadê ele? - pergunto sentindo sua ausência.

Blood exita em falar.

- É só uma pergunta. Pode responder. - me viro pra ele.

- Ele saiu. - responde simples.

- Pra onde?

-Não sei.

- Eu sei que você sabe.

- E se importa porque? Me lembro bem que você queria mata-lo. - serra os olhos desconfiado.

- Algumas coisas mudaram. - talvez eu não o odeie tanto, ele está começando a ser legal comigo. E sem perceber, eu não estou tendo que cumprir regra nenhuma. Foi mais fácil do que eu esperava.

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