- Naquele momento percebi como seria fácil me apaixonar por ela.
Ariela gosta de viver a vida adoidada, muitas vezes mostra estar feliz por fora quando está uma confusão por dentro. Porém ela vê sua vida mudar de cabeça pra baixo quando um doutor se...
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A R I E L A
Inferno de coração que resolveu dar as caras logo agora. Não sou o tipo de mulher que chora por tudo, na verdade já vi tantas merdas no serviço que não choro mais com facilidade.
Então em tão pouco tempo eu choro duas vezes pela mesma pessoa.
Em diferenças de dias eu praticamente me declarei em cima de um palco pra Anthony Ross e dias depois o deixei encima de uma cama de hospital me fazendo chorar até as tripas dentro do carro.
Por que justo quando aparece alguém na minha vida que me faz entender esse tipo de amor um filho da mãe tinha que vim lá da puta que pariu para me atormentar?
Se a intenção dele era me fazer perder alguém então ele ganhou. Primeiro eu me afastei pro seu bem, não posso deixar que Anthony leve a culpa dos meus atos. Segundo que mesmo depois que tudo isso acabe ele jamais vai me perdoar pela mesma atitude.
Seu olhar destroçado ainda está vagando minha mente nebulosa.
Eu o perdi.
Mas que aquele desgraçado vai pagar vai, ou não me chamo Ariela Mendes Petterson.
Entro na delegacia de óculos escuros, ninguém precisa ver minha situação decadente.
- Ele está bem? O que aconteceu? - Nell indaga assim que me vê.
- Avisou a família?
- Eles já devem estar no hospital. - Afirma e eu apenas faço sinal pra me seguir e vou direto pra sala do fio Mark.
- Entre.
- Precisamos conversar. - Digo e assim que tiro os óculos vejo suas caras surpresas e me jogo na cadeira a sua frente. - Ele voltou.
- O que aconteceu? - Pergunta.
- Bateram no carro de Anthony e mandaram o recado. Fizeram isso com um maldito aviso.
- Ele está bem Ari? - Nell questiona e sei que está preocupado.
- Fisicamente sim, mas... - Abaixo o olhar.
- O que você fez? - Ele me conhece bem.
- O libertei. Não vou colocar ele no meio do fogo cruzado não Nell, cacete. Eu amo muito aquele desgraçado pra deixar ele no meio da minha merda.
- Não Ari.
- O que queria que eu fizesse tio? - Questiono e o encaro. - Que deixasse ele no meio disso? Prefiro que ele viva feliz e encontre até mesmo alguém que o mereça. - Digo e sinto como se lâminas rasgassem minha gargata. - Ao invés dele morrer por minha causa.
- Não funciona assim Ari, você sabe disso. - Nego.
- Ele nunca vai me perdoar mesmo, eu simplismente virei as costas e fui embora. - Sussurro e fecho os olhos pra dissipar o choro.
