- Naquele momento percebi como seria fácil me apaixonar por ela.
Ariela gosta de viver a vida adoidada, muitas vezes mostra estar feliz por fora quando está uma confusão por dentro. Porém ela vê sua vida mudar de cabeça pra baixo quando um doutor se...
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A N T H O N Y
Uma vez eu li que o número seis pode ser entendido como a representação do equilíbrio, por isso algumas culturas o enxergam tanto como um símbolo do que é bom quanto do que é mal.
Também sei que o número está relacionado a Criação, afinal no sexto dia, Deus criou o homem.
Seis é o número da confusão e junção, da união e sedução, do vício e virtude, do amor, da atração dos sexos, o número da união de opostos. Seis é o meu número da sorte, sempre foi. Nasci no dia seis. Com seis anos dei o primeiro selinho em uma menina e me senti o máximo.
Com dezesseis transei pela primeira vez com uma namorada de verdade e não com uma aleatória como os caras faziam.
Com vinte e seis já estava realizado profissionalmente, cheguei onde queria e era agora o momento de apenas seguir e crescer.
Seis.
Agora não parece tão bom.
Seis malditos dias que encontrei Ariela naquele bar, ela me enrolou e no final das contas não aceitou sair comigo. Mas porra. Eu quero aquela mulher, como eu quero. É quase uma necessidade gritante dentro de mim, e mesmo depois de seis fodidos dias ela não saiu da minha cabeça.
Aquela bruxa gostosa do caralho que me enfeitiçou e deixou meu coração acelerado e ansioso como nunca antes.
Mas esses malditos seis dias vão acabar. Já tenho seu número e hoje eu falo com essa mulher. Meu turno está acabando mesmo então tenho plena convicção que meus planos darão certo, assim espero.
Estou desde ontem aqui e passei a noite nesse hospital. Estou um caco com toda certeza como tantas outras vezes, mas que vou falar com ela ainda hoje eu vou.
- Dr. Ross. - Escuto a voz e analiso a minha volto porém fecho os olhos sem ter pra onde fugir, infelizmente, então me viro para encontrar a mãe de uma paciente.
Tudo tem seu lado bom e ruim. Não gosto muito de misturar prazer com negócios digamos assim. É claro que já sai com algumas mulheres que trabalham aqui mas nada sério e elas sabem, portanto continuamos trabalhando numa boa. Somos adultos, e o tempo de ficar de brincadeira já passou, se procura sexo casual assume e pronto, sem feridos, sem sentimentos não retribuidos, sem problemas.
Porém de vez enquando aparece mães como essa. Linda, nova, grata por ajudar seus filhos, porém necessitadas de atenção. Boa parte são casadas com algum empresário que não usa desculpa de tempo pra não ficar com a família, caras que não ligam ou são apenas sozinhas.
- Senhora Simon, algum problema? - Questiono e ela se aproxima.
- Nenhum, queria te agradecer novamente. - Sorri e me abraça de novo. - Se precisar de algo estou a disposição. - Sussurra.
