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A R I E L A

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A R I E L A

Entro igual uma louca desvairada que com toda certeza eu sou naquela porra de hospital e não estou com paciência pra alguém me barrar agora.

- Ele desmaiou, ele desmaiou.

Escuto os gritos já reconhecendo ser a voz de Marcus e ele estava achando graça com toda certeza, mesmo estando nervoso. Chego já vendo rostos conhecidos na sala de espera e todos me fitam.

- Até que enfim. - O grandalhão do Richard se aproximou. - Aquele imbecil desmaiou, seu pai está rindo de nervoso e eu não consigo entrar, vai naquela merda lá e ajuda ela.

Segurei a crise de riso pelo desespero do meu pai e entrei depois de conversar com uma enfermaria que pelo o que a família contou já me esperava, coloquei a tal roupa ridícula de hospital e entrei com toda coragem que precisava ter no momento.

- Ah merda. - Exclamo.

Encontro Nora toda suada e a cara avermelhada berrando pros quatro cantos ouvir e vou ao seu encontro sem nem olhar pra mais ninguém.

- Hey gata da minha vida. - Chamo e ela enfim me enxerga com lágrimas nos olhos e logo pego sua mão recebendo seu aperto.

- Ele desmaiou. - Disse meio incrédula.

- Já avisei que seu marido é um marica hoje? - Brinco, escuto risadas e ela me fita raivosa. - Ok, ele é lindo, maravilhoso, seu princípe encantado.

- Príncipe é o cacete. - Ela aperta minha mão forte e grita loucamente.

- Ai porra. - Resmungo e algum tempo depois ela para e me encara desesperada.

- Não consigo.

- E, alto lá. Nora Petterson é a mulher mais forte que conheço, ela consegue tudo que quiser, certo? - Outro grito aterrorizante e quando para volto a falar.

- Você quis ser arquiteta, conseguiu. Quis o bonitão do Willian, conseguiu. Insistiu em abrir o próprio escritório, conseguiu. Você sempre consegue. O que é colocar um filho no mundo pra quem senta no Will a noite toda?

Implico e vejo ela arregalar os olhos entre uma longa respirada e socar meu braço.

- Ai, violenta.

- Não consigo Ariela, não consigo. - Murmura cansada.

- Consegue sim, lembra que esse menino é quem mais ama no mundo todo e ele é minha salvação, lembra disso? - Engulo em seco ao vê-la gritar novamente e me olhar quase chorando. - Preciso dele, você precisa dele, precisamos dele Nora.

Ela concorda com a cabeça e escuto alguém gritar pra ela fazer força na próxima contração mas a desgraçada aperta minha mão quase quebrando.

- E filha do Marcus. - Reclamo pra não xingar outra coisa.

- Filha da puta. - Xinga entre dentes.

Destinada a ser minhaOnde histórias criam vida. Descubra agora