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A R I E L A

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A R I E L A

- Isso tudo é nervosismo? - Questiono.

Conheci a casa de Anthony a algumas semanas quando ainda não tínhamos nada. Ele me chamou para retribuir a cerveja e pizza da primeira noite e depois de um dia de trabalho onde eu tinha ficado duas horas na academia pela manhã treinando e trabalhando era tudo que eu mais queria.

Foi uma noite... esclarecedora.

Descobri que ele ainda tem um apartamento estilo de universitário, parece que parou no tempo, a não ser uns quadros ou plantinhas perdidas que ele diz ser obra de sua mãe e seu ar metódico por manter tudo organizado, inclusive suas roupas que nunca estão jogadas pelo espaço.

Invejo esse seu lado, de verdade.

Sua explicação para o estilo de tudo foi que não liga muito, até por que é praticamente só ele sempre que está aqui, não é o tipo de cara que leva qualquer um pra casa e também até um ano e pouco atrás passava mais tempo no hospital do que dentro de casa, e sempre que os pais vem se encontram na casa de Jack, mais uma desculpa pra conta.

Não que o lugar seja feio e nem nada. Na verdade é lindinho e super limpo e organizado, porém não parece ter a cara dele, um médico de vinte e sete anos que não é mais um aspirante a medicina estudando ou trabalhando dia e noite com todo seu jeitinho que só Anthony Ross possui, não sei explicar.

Estou deitada na cama dele a quase uma hora. Ele já tomou banho, fez a barba, arrumou o cabelo e continua olhando pras suas roupas, a camisa já foi trocada umas cinco vezes, está pior do que eu.

As vezes acho que ele é a mulher da relação, só pode.

- Porra Ariella, é claro que é.

Isso é outra coisa que gosto nele. Anthony não mede as palavras, ele fala o que está sentindo sempre sem se importar em transparecer suas emoções, diferente de mim que quando se fala de família e amigos não tenho esse problema mas em relacionamento a dois descobri que sou difícil para falar sobre as emoções e penso demais.

- Já viu o tamanho do braço do seu pai? - Questiona se sentando na cama frustrado. - Ele me mata com um único soco, ou me enforca, sei lá. Porra, já viu o tamanho dele? Seu pai é tipo o Hulk, e eu não quero ser morto por ele, hoje não...

Não aguentei e gargalhei tanto de doer a barriga quanto mais ele falava.

- Ai. - Tento me recuperar sentando na cama. - Relaxa novinho... ele é fortão mas é legal. - Bato em suas costas como se o consolasse ainda rindo.

Eu mereço senhor.

Beleza, meu pai é realmente grandão e seus braços dão medo sim. Quando veste um terno então ele fica parecendo um monstro engravatado todo imponente, mas em compensação não existe cara mais legal que ele, que te entende, cuida e te ama incondicionalmente. Se ele te colocar sob as suas asas já era, ele te proteje até mesmo dos vingadores se aparecerem na sua porta.

Destinada a ser minhaOnde histórias criam vida. Descubra agora