Diante de tantas notícias ruins que circulam por toda parte, muitas das quais são repetidas inúmeras vezes pela mídia, o pessimismo toma conta da maioria das pessoas, que se impressionam diante de tanta maldade, valorizada pelo sensacionalismo daqueles que, a pretexto de informar, esmiuçam detalhes dos fatos, explorando-os ao máximo.
A liberdade de bem informar é válida, mas o exagero de parte dos informantes não se justifica. Espalhar energias negativas veicula o mal, e não beneficia ninguém, ao contrário.
Um tempo atrás, durante meu programa na Escola da Vida, uma senhora ligou para pedir ajuda, porquanto seu filho com mais de vinte anos de idade fixou- -se no caso de um sequestro cujo desfecho deu-se de maneira trágica; leu todos os jornais, assistiu a todos os programas de TV, só falava nesse assunto, como se sua vida se resumisse nesse fato.
Quando a mãe o advertia que dessa forma pode- ria captar energias negativas, ele alegava que como não acreditava em nada, nem em Deus, não cor- ria esse perigo.
Só que chegou um momento em que ele começou a passar mal, dizendo que sentia um odor de morte e que parecia que tinha chegado a hora dele. Ela me perguntou o que poderia fazer para ajudá-lo
Essa foi uma pergunta difícil. Ele é descrente, impressionou-se com os fatos, deve ter entrado no julgamento, fazendo críticas, dando opiniões de como o caso deveria ser resolvido etc. Como ele, deveria ter muitas pessoas fazendo a mesma coisa, o que deve ter criado formas-pensamento ruins, agitação, lembranças de outros acontecimentos trágicos, atraindo muitos espíritos "justiceiros" que fazem parte de uma falange astral que não quer esperar que a vida responda aos fatos e desejam fazer justiça com as próprias mãos.
Felizmente, eles só conseguem envolver aqueles que, invigilantes, entram no negativismo, facilitando o assédio.
Esse rapaz ligou-se, voluntariamente, a tudo isso e captou energias ruins que desequilibraram seu corpo físico, causando mal-estar e a proximidade de espíritos vingativos cujo pensamento, revivendo as tragédias de suas vidas, o fizeram sentir a proximidade da morte, do mal.
Quando há um espírito ligado ao nosso psiquismo, nós sentimos o que ele sente, mas como se fosse nosso. Só os que conhecem bem a mediunidade podem diferenciar essas interferências, e libertar-se delas.
Nessa circunstância, só pude responder a essa mãe que de nada adiantaria ela conversar com seu filho, explicar todos esses fatos, pedir-lhe que fosse buscar ajuda especializada em um centro espírita, porque ele não aceitaria e até poderia piorar emocionalmente, uma vez que os espíritos que o assediaram estão se aproveitando das energias dele para alcançar seus objetivos.
O que pode funcionar nesse caso é a mãe elevar seu espírito na ligação com Deus, e quando sentir que está recebendo energias boas, mentalizar o filho com amor, mandando-lhe pensamentos de alegria e luz.
Não estou dizendo que devemos ignorar os fatos ruins que acontecem no dia a dia. Podemos tomar conhecimento, acompanhar os fatos, mas sem entrar na perturbação.
A vida tem razões que desconhecemos, e se Deus permite certos acontecimentos é porque eles vão contribuir para o amadurecimento dos envolvidos.
Nós não temos elementos para julgar nada nem ninguém. Só sabemos o que parece e ignoramos os fatos que deram origem a esses acontecimentos.
Diante de um mal que não podemos evitar, vamos procurar manter o equilíbrio, confiando na sabe- doria da vida.
Esqueça a maldade. Fique no bem, Mande luz para quem precisa. Vamos jogar energia de paz.
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VÁ EM FRENTE! (Não deixe nada pra depois) ZIBIA GASPARETTO.
SpiritualPor que será que as pessoas em nosso país preferem dar ênfase aos acontecimentos ruins, em vez de priorizarem o bem? Estariam elas imaginando que, ao agirem assim, impediriam que esses fatos continuassem acontecendo? Obviamente, esses assuntos p...