Certa noite, eu acordei de madrugada sentindo o corpo todo dormente e uma inquietação insuportável, Meus dentes batiam como se eu estivesse com frio, sem que conseguisse me controlar. Eu estava lúcida, observando tudo, mas não tinha nenhum controle sobre meu corpo. Levantei-me e minha boca falava um idioma desconhecido e eu não entendia nenhuma palavra.
Meu marido acordou assustado, tentou conversar, mas eu continuava falando, caminhando pelo quarto ao lado, onde meus dois filhos pequenos dormiam; indo e vindo, sempre falando.
Sem saber o que fazer, Aldo Luiz abriu a janela e chamou uma vizinha [nós morávamos em um sobrado geminado] que veio em nosso socorro. Assim que chegou, ela logo informou:
- Isso é coisa de espírito. Ela está "tomada". Vamos rezar.Eles rezaram e então eu voltei ao normal. Essa foi minha primeira experiência com os espíritos. A partir daí, tudo mudou em nossa vida. Nós nos conhe- ciamos fazia oito anos, estávamos casados havia quatro. Aldo Luiz sabia que eu era razoavelmente equilibrada. Ao me vir falando em alemão, um idio- ma que eu nunca tinha estudado, não duvidou que eu fora envolvida por um espírito.
Dali em diante, começamos a estudar o espi ritismo, onde encontramos muitas respostas an nossas indagações. Descobrimos que há livros de estudiosos, pesquisadores sérios, que nos escla. receram ainda mais sobre o assunto.
O fenômeno de xenoglossia [falar idiomas que a pessoa não conhece] aconteceu comigo algumas vezes, sempre fugindo ao meu controle e de forma inesperada. Minha boca falava, eu não entendia o que estava dizendo.
No início custei a crer que tivesse sentido. Mas como havia mais pessoas por perto, houve quem entendesse, traduzisse e então não tive mais como duvidar. Foram traduzidas mensagens em alemão, russo, ucraniano, africano e também em hebraico e iídiche - idioma dos judeus.
Eu tinha 24 anos, sempre fui exuberante, amava dançar, sair, viver a vida plenamente. Meu marido também gostava, mas os filhos pequenos nos impediam de satisfazer esses desejos. Naquele tempo, quando eu tinha com quem deixar os meninos, preferia ir dançar, ou ir ao cinema, em vez de me dedicar aos assuntos espirituais, mesmo acreditando nos espíritos.
Minha sensibilidade abriu e a presença de espiritos desequilibrados me deixava mal. De repente, sem motivo, sentia tonturas, enjoo, irritação, sensação de desmaio. Corria ao médico que não encontrava nada, receitava calmantes que sempre me deixavam pior.
Eu imaginava que um espírito não tivesse o poder de causar dor ou mal-estar físico, mas tive de admitir que eles podem fazer isso apenas se aproximando de nós. A troca energética, entre nós e eles, é uma realidade incontestável.
O espírito Lucius, além de ditar suas histórias, me ensinou que eu precisava equilibrar meu emocional se quisesse manter o bem-estar. Dramatizar os fatos, ignorar o próprio poder, julgar-se fraca é abrir as portas às energias intrusas e desagradáveis que nos circundam.
Esforcei-me para valorizar meu mundo interior, olhar a vida sob a óptica espiritual, usar o próprio poder para ficar no bem e reencontrei o bem-estar e a alegria de viver.
Estou lhe contando tudo isso porque recebo muitos pedidos de ajuda dos que sofrem o assédio das energias ruins que estão à sua volta e desconhecem essa realidade. Em lugar de escrever um artigo ou responder a uma carta, resolvi relatar minha experiência.
Em vez de pedir uma ajuda que só você tem condições de se dar, trate de desenvolver sua força interior, usar o poder que a vida lhe deu para ficar no bem, ser positivo, desejar o melhor e fazer acon- tecer. Você pode!
Quando a pessoa experimenta e faz, acontece. Você precisa experimentar para saber o que funciona, de fato, na sua vida.
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VÁ EM FRENTE! (Não deixe nada pra depois) ZIBIA GASPARETTO.
EspiritualPor que será que as pessoas em nosso país preferem dar ênfase aos acontecimentos ruins, em vez de priorizarem o bem? Estariam elas imaginando que, ao agirem assim, impediriam que esses fatos continuassem acontecendo? Obviamente, esses assuntos p...