14. É FÁCIL CULPAR OS ESPÍRITOS

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Muitas pessoas estão enfrentando problemas de relacionamento, na família, no trabalho, ou na sua vida social e me escrevem atribuindo essa situação desagradável à interferência dos espíritos desencarnados.

Colocam-se na posição de vítimas, atribuem seus problemas às questões de vidas passadas ou à perseguição dos que se utilizam de médiuns ignorantes que fazem "trabalhos" com o auxílio de espíritos também ignorantes. Pedem que eu lhes indique um centro espírita de confiança para que possam resolver essa situação.

Se eu quisesse indicar um lugar para alguém, eu teria primeiro de pesquisar, conhecer o trabalho dessas pessoas, o que para mim é impossível, pois assumi compromissos com os espíritos que tomam todo meu tempo.

Além disso, acredito que cada pessoa tem seu próprio processo de evolução e precisa encontrar um grupo cujas energias possam responder às suas necessidades espirituais do momento. E a própria pessoa quem deve fazer essa busca, pois só ela po- de sentir se encontrou o lugar melhor para si.

Cada grupo de trabalho espiritual tem características próprias e embora todos estejam a serviço do bem maior, cada um tem uma especialidade, produzindo determinados tipos de energia que atuam com melhores resultados quando o caso da pessoa precisa especificamente delas. Quando isso acontece, ela sente, persiste e melhora.

Embora seja muito cômodo jogar a culpa de todos os seus problemas nos outros, essa é uma ilusão perigosa, porque coloca você em um círculo vicioso em que, depois de uma fase boa, tudo volta a ser como antes.

Para uma melhora efetiva você precisa fazer a sua parte: analisar seu mundo interior, rever suas crenças, jogar fora os papéis sociais, tornar-se uma pessoa verdadeira, ou seja, que se coloca de maneira adequada.

Muitos desentendimentos acontecem quando as pessoas estão se obrigando a viver dentro dos papéis sociais que as colocam fora da realidade. Não ouvem como deveriam. Quando conversam, não prestam a devida atenção, apressando-se a imaginar uma resposta que lhes garanta manter o que julgam ser o seu papel. A vontade de provar aos outros que estão certas torna-se mais importante do que compreender o outro.

Quando a pessoa se julga menos, teme não ser aceita, entra no papel da "boazinha" com direito à megalomania. Desgasta-se tentando resolver todos os problemas dos outros, assume as aflições e os sofrimentos que são deles. Esquece-se de si mesma. Julga-se uma heroína e embora negue, espera reconhecimento. Como este não vem, sente-se vítima, deprime-se. Suas energias tornam-se insuportáveis, as pessoas afastam-se e ela pode acabar entrando na revolta, revelando seu lado pior.

Já as mimadas acreditam que os olhares de todos a estão julgando, não suportam nenhuma crítica, nada as satisfaz, não sentem prazer em coisa alguma.

A necessidade de autoafirmação, a vaidade, a manipulação, também concorrem para prejudicar os relacionamentos.

A interferência dos desencarnados ocorre por afinidade. Há espíritos que permanecem na crosta terrestre, interferindo na vida das pessoas, atraídos pelos seus vícios e pensamentos negativos. Mas só conseguem influenciá-las por causa das fraquezas que ainda conservam.

Os casos de obsessão por espíritos vingativos de outras vidas são raros. O normal é eles reencarnarem na mesma família ou no mesmo círculo de amizades para que tenham oportunidade de resolver suas diferenças.

A vida é perfeita e cuida do progresso de todos de maneira certa, respeitando o ritmo de cada um.

Todos nós estamos encarnados em um mundo onde há espíritos de vários níveis de conhecimento. Além disso, há aqueles que desencarnam e, presos aos interesses mundanos, não querem deixar a Terra, permanecendo no astral, circulando por este mundo, influenciando as pessoas.

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