11. ELES CONTINUAM ENTRE NÓS

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A intervenção dos espíritos dos que já viveram em nosso mundo é uma constante desde o começo da civilização. Eles o fazem porque, apesar de estarem vivendo em outras dimensões do universo, continuam ligados à Terra, onde deixaram laços afetivos, interesses pessoais e também porque um dia voltarão a viver aqui.

Passar uma borracha no passado, esquecer, ain- da que seja durante certo tempo, os problemas não resolvidos que incomodam, por si só representa uma trégua abençoada.

Receber com o corpo de carne um cérebro virgem onde serão gravados novos valores por meio da educação, fortalece o espírito e o prepara para enfrentar os desafios do próprio amadurecimento.

É na primeira infância, até mais ou menos os 14 anos, que se pode plantar na criança os valo- res éticos, as vantagens do otimismo, a confiança em si mesmo e na vida.

Porque é na adolescência que o espírito encarnado toma posse completa de sua personalidade passada e suas crenças antigas vão se confrontar com os novos valores aprendidos, os quais, se forem bem fundamentados, vão torná-lo uma pessoa meIhor e mais feliz.

Dá para perceber a importância da educação em todos os seus aspectos, em especial, na vivência do bem. Infelizmente, ainda não se cogitou criar uma escola para pais.

Todos desejam o melhor para seus filhos, mas ignoram a maneira adequada de lidar com eles, cujo comportamento, às vezes, desafia os seus conheci- mentos.

Mesmo assim, viver na Terra é uma oportunidade maravilhosa para o espírito melhorar o senso de realidade, desenvolver a inteligência e o autoconhecimento. Esses fatores são indispensáveis à conquista do próprio desenvolvimento, do equilíbrio interior e da felicidade.

Ao regressar ao mundo astral após uma encarnação, o espírito pode observar os fatos com mais profundidade, tem a chance de reavaliar o próprio desempenho. Reconhece as conquistas, enxerga os pontos fracos.

A culpa e o arrependimento são difíceis de suportar. No mundo astral, as emoções são muito mais intensas. Arrependidos de seus erros, muitos se engajam nas equipes de socorro, prestando serviços de auxílio no umbral [situado na crosta terrestre onde vivem os espíritos doentes e perturbados] e na Terra, aos encarnados.

Há também os que continuam protegendo os que amam, inspirando-os, estimulando-os a vencer seus desafios, mas só poderão fazê-lo com a permissão dos espíritos superiores.

Claro que os espíritos rebeldes, maldosos, também interferem na vida das pessoas na Terra, e o fazem se utilizando das fraquezas de cada um, o que Ihes garante fácil acesso.

Ficar no otimismo, ligar-se com Deus e ficar no bem é a melhor defesa. Buscar ajuda espiritual em um centro espírita pode ajudar.

Os espíritos continuam entre nós e, nos vinte anos em que tive um programa semanal de rádio, pedia aos ouvintes que me escrevessem caso soubessem de alguma história envolvendo a participação dos espíritos.

Recebi tantas cartas que publiquei dois livros relatando casos espetaculares. Esses livros, que têm levado conforto e esperança há muitas pessoas, também foram publicados em Portugal.

Sei que eles continuam entre nós. E, como disse Hamlet, célebre personagem criado por William Shakespeare: "Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia".

No astral temos outra noção de realidade, percebemos nossos enganos. Somos os mesmos aqui e lá, mas lá a consciência é maior.

VÁ EM FRENTE! (Não deixe nada pra depois) ZIBIA GASPARETTO.Onde histórias criam vida. Descubra agora