Capítulo 12 - "Eu vou proteger-te."

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Ilha onde são realizadas as aulas práticas, 11h10...

Já se tinha passado cerca de uma hora e uma terceira ajuda tinha sido pedida pela primeira equipa: uma caixa de primeiros socorros.

Havia uma manta castanha estendida no chão com uma rapariga de cabelos azuis deitada sobre a mesma.

– Os ferimentos dela são bastante graves. Como é que é possivel que isto tenha sido causado apenas por um chicote? – Continuava a perguntar a Lucy à Erza.

As raparigas estavam a cuidar da Juvia e os rapazes tinham ido buscar água e algumas ervas medicinais que a Lucy tinha mencionado.

– O monstro assumiu a tua forma, mas no entanto apenas usou o teu chicote, sem invocar nenhum espírito Celestial. – Continuou a Titânia, envolvendo as feridas de um dos braçoz da Juvia em ligaduras.

– Então isso quer dizer que... · Exclamou a Lucy, sendo interrompida pela Rainha das Fadas.

– ... Quer dizer que esta criatura não consegue copiar todos os nossos detalhes. – Finalizou a Titânia.

– É uma cópia barata! – Ripostou a loira.

Os rapazes chegaram com um recipiente cheio de água e outro com ervas.

– Então? Como é que ela está? – Questionou o Gray, com uma cara repleta de preocupação.

– Nada bem... – Informou a Lucy.

– Vamos fazer o melhor que pudermos. – Disse a Erza, mudando da sua armadura normal para uma armadura de enfermeira, o que a tornava muito mais atraente do que aquilo que já era.

– Coitadinha... – Disse o Happy, deixando cair uma pequena lágrima.

Ouviram-se vozes femininas a aproximarem-se, o que deixou a Erza em alerta.

Surgiram então duas raparigas de cabelos claros.

– Lisanna e Mira? – Deixou escapar a Lucy.

– Natsu! – Gritou a Lisanna, atirando-se para cima do mesmo.

Os dois cairam ao chão, o que deixou a Erza mais calma.

– São as verdadeiras... – Afirmou a mesma.

Ao ver a Juvia em tão mau estado, a Mira ajoelhou-se junto a ela.

– Como é que isto aconteceu? – A mesma perguntou num tom de desespero.

– A criatura protetora do anel apareceu e... – Explicou a Lucy, mas a Mira levantou a mão para interromper a explicação da rapariga.

– O Mestre informou-nos sobre ela.
Por isso resolvemos vir atrás da Juvia e das outras, pois juntas estaríamos mais seguras. – Explicou a rapariga de cabelos compridos.

– Acho que é tudo o que podemos fazer por ela. – Disse a Erza, quebrando o silêncio que se fizera após envolver em ligaduras todas as feridas da amiga.

– Mas onde arranjaram todo este material? – Quis saber a Mira, referindo-se à mala de primeiros socorros.

– Pedimos uma ajuda. – Respondeu a Lucy com um dos seus sorrisos doces.

– Mas assim vocês vão ser prejudicadas! – Disse a Mira preocupada.

– Está tudo bem. Não há problema. – Sorriu a Erza.

– Bem, temos de ter um plano! – Retomou a Titânia.

– Gray, tu vais ficar com a Juvia até ela acordar. Mira e Lisanna, tratem de encontrar a Wendy e a Charls o mais depressa possível. O resto, Natsu, Happy e Lucy, vocês vêm comigo. – Exclareceu a Rainha das Fadas.

Os feiticeiros despediram-se, ficando apenas a Juvia e o Gray no local.

– Não vou perdoar aquele monstro asqueroso... – Disse entre dentes o feiticeiro do Gelo.

A Juvia deu um pequeno gemido, o que fez o Gray aproximar-se. Lentamente, a mulher chuva abriu os olhos e ficou vermelha com a cara de preocupação do seu amado.

– Querido Gray...? – Perguntou a rapariga de cabelos azuis numa voz baixa.

– Então... Como estás? – Quis saber o rapaz.

– O que... O que aconteceu? – Perguntou a rapariga, meia confusa.

Esta rapidamente relembrou o que se sucedera antes de desmaiar.

– A Lucy estava a atacar-me... – Continuou.

– Aquela não era a Lucy. Quando desmaiaste eu e o resto do pessoal aparecemos e salvamos-te. Aquela coisa era o monstro que defende o anel de que andamos à procura. Ele utiliza a aparência das pessoas para se disfarçar e usar a sua magia, tal como o espírito Celestial da Lucy, os Gemini. – Explicou o Gray calmamente.

– Por isso é que a Lucy... Quer dizer, aquela coisa, não invocou nenhum dos seus espíritos Celestiais... – Disse a Juvia, tentando levantar-se do chão.

– Exatamente. – Confirmou o rapaz.

A Juvia conseguiu pôr-se de pé com a ajuda do Gray.

– Achas que consegues andar? – Quis saber o mesmo.

– Sim... – Respondeu a rapariga do cabelo azul, fazendo um esforço para mexer as pernas. Sem efeito.

Sentiu o seu corpo ser levantado e viu uma cabeleira escura a aproximar-se de si.

– Está melhor assim? – Perguntou o Gray com um sorriso rasgado, tendo colocado a rapariga às suas cavalitas.

– Querido Gray... – Disse a Juvia, baixinho e corada até à ponta dos cabelos.

– Eu vou dar uma tareia naquele idiota. – Informou o rapaz do gelo.

A mulher chuva deixou cair a cabeça no ombro do Gray.

– Não te preocupes, Juvia. Eu vou proteger-te. – Disse o feiticeiro, enquanto a mesma adormeceu.

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