Capítulo 23 - Festa de pijama

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Guilda, 16h45...

Natsu

As raparigas estavam a cochichar umas com as outras e a rirem baixinho. Bem que gostava de saber sobre o que estavam a falar.

– Oh, não sei... – Ouvi a Lucy dizer.

– Vá lá, é fim-de-semana. Não tens que acordar cedo... E depois tens o Domingo livre para fazeres uma missão. – Respondeu-lhe a Erza.

"Então elas vão fazer qualquer coisa no Sábado? Vou ter que descobrir o que é...", pensei.

Lucy

Pude reparar que o Natsu estava a tentar ouvir a nossa conversa, mas ele estava longe demais por isso eu sabia que não nos tinha ouvido.

– Bem, então fica para amanhã à noite? – Quis certificar-se a Wendy.

Confirmei com a cabeça enquanto as meninas guinchavam de ansiedade. Afinal, estávamos a combinar algo como uma festa de pijama.

Elas tinham deixado de viver em minha casa a semana passada, pois disseram que eu precisava de mais privacidade... Por mim elas não me incomodavam, mas tudo bem.

– Depois podemos encomendar pizzas! – Sugeriu a Levy.

– E eu vou levar dez bolos de morango! – Continuou a Erza.

Dei risadas falsas só de imaginar na sujidade em que se ia encontrar a minha casa no Domingo...

Sábado, Casa da Lucy, 20h00...

Lucy

As meninas já deviam estar a chegar... No pouco tempo que tive, comprei o máximo de comida que pude e ervas de chá (para a Charls). Afinal esta noite ia ter quatro raparigas e uma gata a dormir em minha casa...

Enfim...

Alguém bateu à porta levemente, e pelo tom como bateu já podia imaginar quem seria. Dirigi-me à porta e abri-a.

– Olá, Wendy! Comprei chá para ti, Charls. – Disse às primeiras convidadas a chegar.

As minhas suspeitas estavam certas.

– Boa noite, menina Lucy. Eu trouxe gomas, batatas fritas, queques e algumas sandes de queijo e fiambre. – Informou-me a Wendy, orgulhosa.

– Oh, e também trouxe alguns cobertores. – Acrescentou.

– Ótimo! Espero que as outras também tragam. É que eu não tenho muitos... – Acabei por confessar.

Estendemos uma toalha sobre a mesa de jantar e começamos a por a comida em pratos. Eu comprei um bolo de chocolate, cupcakes e algumas bebidas. Peguei em todos os bancos que tinha espalhados pela casa e juntei-os à volta da mesa para que todas tivessem lugar.

Bateram à porta mais uma vez: eram a Juvia e a Levy.

Cumprimentei-as e elas tinham cerca de dez cobertores, o que me deixou mais descansada. Ninguém ia morrer de frio durante a noite.

Elas traziam bombons, rissóis e croquetes, com alguns sumos. Quando maior parte da comida já estava pronta, a Erza chegou. Trazia os tais dez bolos de morango que ela tinha mencionado, pipocas e salgadinhos.

Depois de toda a comida estar na mesa iniciamos várias conversas, até que chegamos ao tópico "rapazes".

– E então? A menina Juvia ainda gosta do menino Gray? – Questionou a Wendy, dirigindo o olhar para a Juvia enquanto levava uma batata à boca.

Não acredito que ela fez essa pergunta...

– A Juvia vai amar para sempre o seu querido Gray! – A Juvia respondeu-lhe num tom eufórico.

Só queria que a conversa fosse para outro tema. Não queria pensar no Natsu agora que me estava a divertir tanto na nossa festa de pijama.

– Lucy, não queres contar à Wendy e à Charls? – Questionou-me a Erza, referindo-se ao facto de eu gostar do Natsu...

Corei imediatamente com a pergunta. A Wendy e a Charls ficaram boquiabertas assim que lhes contei sobre o beijo entre mim e o Natsu e os meus (detestáveis) sentimentos por ele.

– Tenho a certeza que o menino Natsu sente o mesmo! – Disse a Wendy, batendo com o punho cerrado na palma da outra mão.

O seu olhar estava cheio de confiança, o que me fez ficar ainda mais corada.

– Oh... Eu não sei. E se isso fosse mesmo verdade, eu não saberia o que fazer. – Disse, sentando-me no chão com uma bebida.

Juntei os pés um contra o outro e olhei para o chão, vermelha.

– Mas é obvio que a Wendy tem razão! – Disse a Charls, animada.

O meu olhar rapidamente encontrou o dela.

– O quê? – Perguntei, confusa.

– A forma como o Natsu olha para ti... Tenho a certeza que não sou a única que reparou. – Informou.

As outras olharam umas para as outras.

– S-Será? – Perguntei mais a mim própria do que a elas, dirigindo o meu olhar de novo para o chão. Levantei-me e peguei na taça das gomas. Eram mesmo boas!

– Bem, mas então tu e o Gajeel? – Dirigi-me à Levy com um olhar travesso.

O rosto da coitada ficou da cor do cabelo da Erza, o que me fez rir baixinho.

– N-Nós não temos nada! Mas eu gosto dele... – Confessou a Levy.

O gole de sumo que tinha acabado de levar à minha boca rapidamente voltou para o copo.

– A sério? – Quis certificar-me.

– S-Sim... – A rapariga confirmou, envergonhada.

Todas nós a apoiamos e dissemos para ela seguir em frente e para lutar por ele.

Depois, falamos da Juvia e do Gray e do quanto eles se aproximaram desde que a Academia começou. Também falamos sobre a Erza e o Jellal, que sempre que podiam encontravam-se ou davam um passeio, ou então iam comer um gelado à praia. De seguida desabafamos com a Wendy sobre o quanto o Romeu olha para ela, deixando a rapariga a tremer e corada.

A noite estava a ser bestial e por mim ficava a falar até de manhã. Estivemos a tirar fotos, a ver filmes, a lutar com almofadas e a tentar lançar pipocas ao ar e conseguir apanhá-las com a boca. Foi divertido, e acabamos por nos deitar umas em cima das outra de tão cansadas que estávamos.

Arranjamos forças para nos cobrirmos minimamente com os cobertores e acho que todas adormecemos rapidamente.

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