Argeon, Hotel, 16h00...
Lucy
– Despacha-te! – Continuou ele a gritar.
– Já vou! – Retroquei aos berros.
Acabei de prender o cabelo com um rabo de cavalo de lado, peguei na minha bolsa e saí.
– Tanto tempo! – Resmungou o Natsu.
– Tu demoras o triplo... – Respondi-lhe entre dentes. Ele suspirou e saímos do Hotel.
Tirei da minha bolsa um bloco de notas e comecei a ler os meus apontamentos. Eu e o Natsu íamos retomar a nossa visíta à cidade e estava a rever os meus últimos apontamentos para saber para onde é que iríamos a seguir.
– Certo. Hoje vamos ao parque da cidade. – Informei-o, guardando o meu bloco de notas.
Ao virar-me para o lado, o Natsu já não estava comigo.
– Como?! – Explodi.
Ele massacrou-me por estar atrasada, e agora desaparecia? Qual é a dele?!
Saí do pátio furibunda e dirigi-me até ao parque da cidade.
– Idiota... Não me interessa! Esteja ele onde estiver, não me importo. Quero lá saber! – Resmunguei com os meus botões.
No caminho até ao parque, pude reparar que onde quer que eu estivesse, um certo homem também estava.
– Estou a ser seguida? – Perguntei baixinho a mim mesma, parando e olhando pelo canto do olho para trás.
Facilmente se percebia que era um homem, e comecei a ficar nervosa. Cheguei a uma rua pouco movimentada, onde maior parte dos que se encontravam eram drogados ou bêbedos...
Alguém me puxou pelo pulso e fui encostada ao peito de um homem com uma faca apontada ao meu pescoço.
Guinchei com medo. Esta gente tinha a mania do drama, e o homem cheirava a álcool.
– Solta-me, porcalhão! – Ordenei-lhe. Percebi que era o homem que me estava a seguir antes e fiquei tensa.
Peguei nas minhas, chaves mas um deles roubou-mas.
– Hey! – Gritei.
– Diz-me lá, miúda. Estas chaves valem alguma coisa? – O homem perguntou-me num tom de gozo.
– Nem imaginas o quanto... – Disse-lhe com um sorriso confiante. Ele não fazia ideia do que estava a tocar.
– Podes ficar com essa loirinha... E com as chaves dela também... – Disse o convencido ao homem que me agarrava.
– Desculpa? Eu não sou mercadoria para te referires a mim dessa forma! – Gritei, tentando-me soltar.
Consegui mexer uma das minhas pernas e dei um chuto nos países baixos do homem que cheirava a álcool.
Tentei alcançar as minhas chaves mas fui agarrada novamente, desta vez por o outro que se tinha referido a mim.
– Solta-me! – Ordenei ao homem, que por sua vez chutou as minhas chaves para longe.
– Desculpa lá, Max, mas de facto esta miúda é interessante. – Disse o homem, dirigindo o olhar para aquele que eu tinha atingindo lá em baixo.
– Solta-me agora! – Exigi, tentando ferrar-lhe o braço. Sem êxito.
– O meu nome é Masayuki, e acho que nos vamos divertir muito... – Ele susurrou na minha orelha.
Arrepiei-me com aquilo e fiquei indignada. Eram todos uma cambada de porcos!
Ele começou a por uma das mãos na minha perna, fazendo-me arrepiar.
– Hey, para! – Gritei.
Ele começou a rir-se e tentou lavantar a minha saia, mas, do nada, uma das casas ao lado explodiu, fazendo-o largar-me.
Caí no chão e vi a quantidade de chamas que envolvia o edifício desmoronado. Os meus olhos arregalaram-se e deixei cair algumas lágrimas quando as chamas começaram a ser sugadas por um rapaz.
– Lucy... Se precisavas de relembrar o dia em que nos conhecemos e em que eu te salvei, não precisavas de te envolver em problemas. – Ouvi aquela voz dizer.
– Natsu... – Chorei e sorri.
– E tu, meu grande idiota... – O rapaz do cabelo rosa continuou, referindo-se ao homem que me tirou as chaves.
– Nunca mais ponhas as mãos em cima dela! – O mesmo gritou, saindo de dentro daquela núvem de poeira e dando um soco na cara do homem, progetando-o para bem longe.
Todos os outros que estavam a assistir desapareceram num abrir e fechar de olhos, ficando apenas eu e o Natsu.
Levantei-me devagar e procurei no meio dos destroços pelas minhas chaves.
– Procuras isto? – Ouvi o Natsu perguntar.
Virei-me e ele dava voltas com o meu porta-chaves no seu dedo indicador.
– Sim... – Sisse com um sorriso.
– Então vem buscar. – Ele desafiou-me num tom divertido.
– Eles trataram-me como mercadoria, e tu tratas-me como um cão? – Ri-me, indo na direção dele.
Tirei as minhas chaves das suas mãos e voltei a colocá-las no meu cinto.
Senti o Natsu agarrar a minha cintura e arrepiei-me. Não tinha a certeza do que iria acontecer a seguir, mas encarei-o. Provavelmente ele ia-me fazer beijá-lo, e se fosse esse o caso eu teria que recuar (mais uma vez)...
– Eu compreendo aqueles homens... – Ele começou, olhando para mim.
– O quê? – Foi a única coisa que consegui dizer. Como é que ele podia compreender tarados como aqueles?
– É difícil resistir a uma rapariga tão bonita como tu, Lucy. – Confessou-me, fazendo-me corar.
Ele aproximou-se e beijou-me, algo doce e calmo. Derreti-me completamente com as palavras dele e o beijo deixou o meu corpo mole.
A única coisa que consegui fazer foi puxar o cachecol dele, aprofundando o beijo. Quando acabou fiquei preocupada, mas encarei-o. Ele começou a rir-se e eu fiquei envergonhada. O que tinha acabado de acontecer tinha sido mesmo estranho...
– Talvez fosse melhor voltarmos para o Hotel. – Ele sugeriu, despreocupadamente.
Sei que ele estava a tentar agir normalmente, mas podia ver a preocupação no seu olhar.
– Dás-me o teu... O teu cachecol? – Pedi, corada.
Ele deu-me um dos seus sorrisos lindos e colocou o cachecol no meu pescoço. Deixei cair a cabeça no seu braço e dei-lhe a mão, e assim ficamos até chegarmos ao hotel.
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Fairy Tail - Academia de Verão T1
FanfictionUma Fanfic sobre o Anime "Fairy Tail" criada por Animes_Fanfic_MVS. O Verão em Magnólia já chegou e os nossos queridos personagens estão prontos para a "Academia de Aperfeiçoamento de Magia", uma Academia criada na Guilda Fairy Tail e que de agora e...