Capítulo 37 - A festa das 22h00

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Argeon, Hotel, 19h30...

Erza

O dia passou num ápice, mas foi bom. Eu e o Jellal vimos vários monumentos lindos, tiramos bastantes fotos juntos e fomos a um parque comer um gelado (espero que o Mestre e o Macao não nos tenham visto lá...).

Entrei no quarto e só estava lá a Lucy, sentada na cama, encostada à parede, e que nem sequer deu por mim a entrar.

– Lucy? – Chamei baixo, para não a assutar. Ela estava a dormir com os olhos abertos. Literalmente.

– Lucy. – Chamei um pouco mais alto. Continuou perdida.

– Lucy! – Chamei com um tom de voz forte. Ela saltou e ficou a olhar para mim com os olhos arregalados.

– Erza... – Ela disse, pasmada.

– Então? Onde é que estavas? – Perguntei num tom de voz divertido.

– Em lado nenhum... – A rapariga respondeu com gargalhadas claramente falsas.

– O que é que se passou? – Perguntei preocupada.

– Nada. – Ela disse com um sorriso forçado.

– Conta-me. – Ordenei-lhe, sentando-me na cama ao lado, em frente a ela.

Ela suspirou e encheu-se de coragem para contar o que se passava.

– Desde que eu e o Natsu nos beijamos na Guilda, voltamo-nos a beijar mais vezes! – Ela disse rapidamente.

Tive algumas dificuldades em perceber o que ela tinha dito por causa da velocidade com que o disse, mas depois de alguns segundos a analizar a informação deixei o queixo cair.

– Como?! – Foi a única coisa que consegui dizer.

– Pelas minhas contas, ao todo já nos beijamos... – Começou ela, contando pelos dedos.

– Cinco... Vezes... – Disse ela, baixo. Tão baixo que eu quase não ouvi.

– E duas dessas vezes foi ele que me beijou... – A rapariga concluiu, levando as mãos à cara, escondendo-se.

– A sério? – Quis confirmar. Ela tinha-me apanhando completamente desprevenida mais uma vez.

– Sim... Que vergonha! – Lamentou-se ela.

– Vergonha? Mas tu não percebes que isso é ótimo? – Disse-lhe com um sorriso de orelha a orelha.

– Isso é sinal que ele também gosta de ti! – Explodi, abaixando-me à frente dela. Ela retirou as mãos do rosto e tinha as bochechas muito vermelhas, e também um olhar repleto de surpresa e dúvida.

– Achas?... – Ela perguntou meio a medo.

– É claro que sim! Ele não te ia beijar à toa... – Ri-me.

– Tens razão! Mas... E então e se ele estiver confuso? A Lisanna e ele gostavam um do outro quando eram mais novos e ela nunca o esqueceu. Provavelmente ele ainda gosta dela... – Confessou a loira, cruzando os pés um no outro.

– Claro que não gosta! Confessa-lhe os teus sentimentos! – Disse-lhe, eufórica.

– Não! Eu... Eu já dei muitos passos. A-Agora é a vez dele. – A rapariga respondeu ainda mais corada, fazendo uma cara feia.

Ri-me um pouco com a reação dela, mas concordei com a cabeça.

– Acho que tens razão. – Disse com um sorriso.

– Bem, eu vou tomar banho. Vais à festa, não vais? – Perguntei, levantando-me.

– Provavelmente sim... – Respondeu um pouco indecisa.

– Por que é que não haverias de vir? – Perguntei.

– Estou um pouco cansada. O Natsu deu-me cabo do juízo o dia todo... – Confessou ela, deixando cair a cabeça na almofada.

– Claro, é compreensível. – Respondi-lhe entre gargalhadas.

Argeon, Hotel, 21h45...

Lucy

Eu, a Erza e as meninas da nossa turma tínhamos acabado de jantar sushi, que a Juvia tinha comprado para todas.

Tínhamos jantado no quarto, por isso aproveitamos para nos vestir depois de comer. Coloquei a minha camisa branca com uma saia azul, as minhas habituais botas pretas e um rabo de cavalo de lado, com um laço azul.

A Juvia colocou o seu vestido branco comprido com os cabelos soltos. A Wendy pôs um vestido azul e amarelo, e a Charls um vestido rosa. A Erza colocou um vestido negro de manga comprida, cabelo preso e umas meias até a meio da coxa. Ela estava mesmo linda!

A Levy vestiu uma camisola laranja com umas legins pretas e uma das suas tiáras.

– Bem, acho que as super gatinhas estão prontas! – Disse a Erza com um sorriso de orelha a orelha.

Todas rimos e ficamos coradas com o comentário carinhoso dela. Saímos do quarto e fomos para o salão de festas. A musica estava alta e havia gente por todo o lado (afinal, o hotel não era só para nós).

Sem que as outras dessem por isso, sentei-me no bar e pedi um sumo de laranja. Isto estava demasiado animado e só tinha começado há dez minutos...

Quando a musica barulhenta acabou, começou a tocar a música da pantera cor-de-rosa. Comecei-me a rir quando percebi qual era a musica.

– Cor-de-rosa... – Disse num tom de voz normal, que devido ao barulho ninguém ouviu.

Mesmo com as luzes coloridas dos holofotes a passar por todo o salão, consegui reconhecer a cabeleira do Natsu. Ele estava a usar um casaco com um dos lados sem manga, as suas habituais calças pelo joelho e as sandálias pretas. Um conjunto que eu também já conhecia.

Tentei tirar os olhos de cima dele, mas quando o consegui fazer já era tarde demais. Ele também já me tinha visto.

Olhei para o chão e peguei no meu sumo. Quando é que eu o tinha acabado?

Virei-me rapidamente para o empregado para lhe pedir outro, mas já era tarde demais: o Natsu tinha agarrado a minhão mão, virando-me para ele.

– Queres dançar? – Ele perguntou num tom de voz normal que eu consegui ouvir por a musica ser baixa.

Era calma, algo parecido com jazz, o que a tornava perfeita para uma dança calma.

Desde quando é que o Natsu gostava de dançar? Tive pena dos meus pés ao imaginar as calcadelas que iriam levar, mas confirmei o pedido dele com a cabeça.

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