Ruas de Magnólia, 15h00...
Lucy
Ainda não tinha almoçado e andava pela cidade sem rumo.
Devia estar com os olhos muito vermelhos do choro, porque toda a gente olhava para mim. Mas sinceramente não me importava com isso...
Tentava não pensar em nada, mas a imagem daqueles dois a beijarem-se continua a perseguir-me para onde quer que fosse.
Vi um homem a vender sandes de perú e acabei por comprar uma, embora não tivesse fome.
Parecia que me estava a desfazer aos bocados. Aquela situação quase me matou. Estava completamente arrasada e sem forças para fazer fosse o que fosse...
Comecei a andar pela beira do rio em direção a casa, como faço habitualmente.
– Menina Lucy! Olhe que isso é perigoso! – Avisou-me o barqueiro, como sempre.
Parei e olhei para o rio, e por momentos pensei em dar um mergulho.
"Lucy, reage! Não te podes ir abaixo desta forma!", o meu subconsciênte berrava comigo enquanto eu o ignorava...
Entrei em casa e enfiei-me no chuveiro. Estava sentada no chão com a água a bater na minha cabeça, enquanto as minhas lágrimas se misturavam com ela.
– Estou farta destas situações! – Berrei enquanto olhava para os meus pés.
Depois de cerca de meia hora a deprimir no chuveiro, fiquei mais algum tempo (cerca de uma hora) deitada no tapete do quarto de banho, deixando as lágrimas caírem...
Parecia uma velha sem vida que só sabia ficar em casa a deprimir. Como eu percebo essas senhoras, agora...
Demorei quase três horas só para tomar um banho, secar o meu corpo e o meu cabelo, e vestir o pijama.
Depois de vinte minutos para abrir a cama, olhei uma última vez para o relógio: já eram 21h35.
– As meninas não vêm? – Perguntei baixo à minha casa.
Fui para o quarto de banho lavar os dentes para ir dormir. Depois de lavar a boca e limpá-la na toalha, ouvi algo a ser fechado. Calculei que fosse a porta.
– Até que enfim, chegaram... – Disse enquanto olhava para o espelho.
– As meninas hoje não vêm dormir a casa... – Ouvi aquela voz dizer.
Fui disparada até à porta do quarto de banho para ver se não estava a ouvir coisas, e tive logo vontade de chorar.
– Olá... – O Natsu disse enquanto fechava a janela.
Depois de conseguir fechar a boca ataquei-o agressivamente.
– O que é que estás aqui a fazer?! – Explodi, serrando os punhos.
– Preciso de falar contigo. – Disse ele, caminhando até mim.
– Eu vou dormir. Falas amanhã. – Respondi bruscamente, desviando-me dele.
– Então eu vou dormir contigo. – Disse ele, sem qualquer gozo no seu tom de voz.
– Desculpa? Sai daqui. Agora! – Berrei.
– Não saio. – Retrocou ele, deixando-me quase à beira das lágrimas.
Estava sem forças para continuar a discutir, por isso dirigi-me para a cama sem lhe responder.
– Lucy, eu amo-te. – Disse ele, o que me fez parar de andar. Fiquei a digerir por alguns segundos cada letra que ele tinha pronunciado, e finalmente tive uma reação.
– O quê...? – Disse quase sem ar, virando-me para ele.
– Eu amo-te. – Repetiu ele, olhando para mim.
Ele voltou a dizer aquilo? Mas o que se passa?
Ele não estava a gozar nem nada. E estava a encarar-me. A olhar para mim sem qualquer tipo de gozo.
Natsu
Estava sentado no chão a olhar para ela, e os seus olhos começaram a brilhar. Acho que ela ainda não tinha acreditado no que eu tinha dito, por isso resolvi repetir uma terceira vez.
– Eu amo-te. – Disse de novo, ainda a olhar para ela.
Depois de alguns segundos a analisar-me, ela começou a caminhar até mim e ajoelhou-se à minha frente.
– Repete. – Pediu ela com um olhar incrédulo.
– Eu amo-te. – Voltei a dizer. Ela ficou a olhar para mim e vi algumas lágrimas surgirem nos cantos dos seus olhos.
– Tu estás a falar a sério? – Quis certificar-se ela, com os seus olhos a brilhar cada vez mais.
– É claro que estou... – Confirmei, ligeiramente corado.
Lágrimas correram pelo seu rosto e ela abraçou-me com força, começando a soluçar.
– Natsu... – Conseguiu dizer ela, limpando as suas lágrimas depois de longos minutos a abraçar-me.
Ela afastou-se de mim e percebi que este era o melhor momento para explicar o que se tinha passado de manhã.
– Bem... Desculpa aquilo que aconteceu entre mim e a Lisanna. Nunca pensei que ela fosse fazer aquilo, e a verdade é que... – Comecei, mas ela calou-me com um beijo.
Depois de afastar os seus lábios dos meus, ela encarou-me.
– Não tens que explicar nada. Eu vi tudo e sei que foi ela quem te beijou. Aquilo apenas me magoou... Foi só isso. – Explicou-me ela, finalizando com um sorriso.
Depois de se levantar ela puxou-me pelo meu cachecol e deitámo-nos na cama. Ela colocou a mão na minha bochecha e começou a acariciá-la, o que me fez derreter. Os nossos rostos estavam perto um do outro, e eu puxei-a para perto de mim.
– Eu amo-te. – Sussurrei.
– Eu amo-te. – Repetiu ela, juntando os seus lábios aos meus.
Depois de várias carícias, a casa ficou cada vez mais escura com o decorrer das horas e perdemo-nos um no outro, tendo assim a nossa primeira experiência debaixo dos lençóis...
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Fairy Tail - Academia de Verão T1
FanfictionUma Fanfic sobre o Anime "Fairy Tail" criada por Animes_Fanfic_MVS. O Verão em Magnólia já chegou e os nossos queridos personagens estão prontos para a "Academia de Aperfeiçoamento de Magia", uma Academia criada na Guilda Fairy Tail e que de agora e...