Capítulo 35 - Início da viagem

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Guilda, 21h50...

Jellal

Eu e a Erza já estávamos na Guilda, mas ainda faltava muita gente chegar.

O Mestre Macarov estava a falar com o Guildarts sobre a viajem, e eu e a Erza estávamos à espera que chegasse alguém.

– Erza! Jellal! – Ouvi a Lucy gritar.

– Olá, Lucy! – Saudou a Erza, com o seu lindo sorriso...

– Olá. – Dirigi-me à rapariga que acabava de chegar.

– Caramba. Está mesmo pouca gente... – Disse a loira, com um ar preocupado.

Lucy

– Será que o resto das pessoas não vem? – Perguntei, olhando em volta

Só estavamos nós os três, o Mestre, o Guildarts, o Laxus, a Evergreen, o BigSlow e o Freed. Éramos nove no total, por agora.

– A Levy obviamente vem. – Lembrou-se a Erza.

– Claro, acho que ela é a que está mais entusiasmada de todos nós. – Comentei ao lembrar-me da animação dela de manhã.

– Ainda não chegou mais ninguém? – Ouvi o Gajeel dizer. Ele tinha acabado de chegar.

– Olá. Não, parece que ainda não chegaram. – Disse o Jellal.

– Vêm ali o cuequinhas e a cabeleira cor-de-rosa com a Juvia e o gato azul... – Disse o Gajeel, virando-se para trás.

– Por falar em gato... – Continuou ele, parando-se a si próprio.

– O meu Lily?! – O rapaz berrou.

– Não o deixaste em casa? – Quase me ri.

– Oh, bolas! Onde é que andas, palerma?! – O mesmo perguntou num grito de desespero, saindo a correr de volta a casa.

– Coitado. – Disse a Erza, e ambas começamos a rir.

– Ora, então... Boa noite! – Ouvi o Gray dizer.

Voltei-me de costas e o Natsu estava à minha frente.

– Olá... – Disse ele, passando a mão na parte de trás da cabeça.

– Olá... – Repeti, enviando uma madeixa de cabelo para trás da orelha.

Fiquei corada e sentei-me num banco que estava mais ao lado. Os outros juntaram-se a mim e começaram a falar de coisas que nem sequer consegui ouvir.

"Calma, Lucy. Calma...", mandava a mim própria em pensamento. Estar com o Natsu começava a deixar-me stressada. Era mesmo mau...

Passaram-se alguns minutos e quando chegou a hora marcada pelo Mestre (22h00) já estavam todos à entrada da Guilda.

Fomos entrando para o comboio e começamos a acomodar-nos nas cadeiras, a guardar as bagagens e a tirar livros ou coisas do género para nos distraiír-mos durante a viagem. A nossa turma foi a primeira a entrar no comboio, por isso ocupou os lugares mais atrás.

Sentei-me nos assentos do lado direito, no lugar da janela. O comboio começou a aquecer devido à quantidade de pessoas que haviam lá dentro, por isso resolvi abrir a janela para arejar.

Senti alguém a embarrar no meu braço. Alguém que se tinha sentado ao meu lado.

– N-Natsu?! – Exclamei.

– Posso sentar-me aqui, certo? – Ele perguntou, depois de se acomodar.

– Não. – Respondi, colocando o olhar na janela.

– Ainda bem! – Ele respondeu num tom irónico. Bufei com a resposta dele e cruzei os braços.

O comboio começou a andar e eu apreciava a vista na minha paz de pessoa, quando uma cabeça caiu sobre o meu colo. Assustei-me e logo de seguida fiquei irritada.

– Natsu! – Berrei.

Ele estava mais uma vez enjoado, e eu tinha que levar com ele.

– Deixa-me sair! – Ele implorou, esticando o braço em direção à janela aberta.

– Nem penses nisso! – Respondi rispidamente.

– Eu não aguento isto... – Choramingou ele.

Senti pena dele, pois parecia estar mesmo aflito. Devia ser chato ficar sempre enjoado em todos os transportes...

– Já vai passar. – Disse num tom de voz carinhoso, fazendo festas na sua cabeça. Ele deixou de tentar sair pela janela e ía deixando escapar alguns gemidos de mau-estar.

A cara bochechuda que ele costumava ter quando estava enjoado desapareceu e ele adormeceu no meu colo...

Mesmo que eu tentasse evitar, ele era sempre mais forte que eu e vencia-me. Por mais que eu evitasse, ele tomava sempre conta de mim, eu fazia-me derreter com as coisas dele...

Estação de Argeon, 23h45...

– Chegamos a Argeon! – Guinchei.

A cidade estava tal como me lembrava. Nada tinha mudado (tirando o porto dos barcos, que tinha sido destruído juntamente com algumas casas pela Aquário e pelo Natsu... Agora o porto estava reconstruído).

Acordei o Natsu e ele ficou impressionado quando voltou a ver a cidade. Provavelmente já não se lembrava de nada...

– Está igualzinha! Lembras-te, Lucy? – Ele encarou-me com um sorriso de orelha a orelha.

– Claro que me lembro! – Concordei.

Saímos do comboio e fomos diretos para a hospedaria. Havia dois quartos para cada turma: um para as raparigas, e outro para os rapazes.

Depois de conhecermos todo o hotel, cada turma foi para o seu quarto.

Eu e o Natsu trocamos um último olhar e preparavamo-nos para fechar a porta, mas eu chamei-o.

– Natsu... – Disse num tom baixo.

Ele voltou atrás e ficou a olhar para mim. Cheguei perto dele e deixei um beijinho na sua bochecha vermelha e quente.

– Até amanhã. – Disse num sussurro, fechando a porta.

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