Capítulo 45 - Despedida, de volta a Hearthland

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Edolas, Guilda, 11h45...

Lucy

– Certo, acho que temos uma resposta! – Gritaram as duas Levys em coro.

Todos se aproximaram curiosos com a descoberta das duas raparigas.

– E então, Levys. O que descobriram? – Perguntei animada.

– Vocês vão ter que se unir e fazer uma lista de coisas que nós arranjamos. – Disse-me a Levy de Edolas.

De facto, as Levys não tinham nada que ver uma com a outra, tirando o elevado grau de inteligência.

– E que coisas são essas? – Quis saber a Erza, corada. Acho que não quero saber no que ela estava a pensar...

A nossa Levy entregou à Titania uma folha com algumas coisas escritas.

– É só isto? – Perguntou ela, surpreendida.

Ambas as baixinhas confirmaram com a cabeça e a Erza suspirou.

– E têm a certeza que isto vai funcionar? – Quis saber ela.

As Levys voltaram a abanar a cabeça em confirmação.

– Erza, o que diz o papel? – Perguntei curiosa. Ela entregou-me o papel e eu li atentamente o que dizia neste:

• Dar as mãos e formar um círculo no mesmo espaço para onde fomos teletransportados;

•Fazer silêncio e não efetuar qualquer tipo de movimento;

• Canalizar todas as nossas energias para o local onde queremos voltar;

• Passados cinco minutos as pessoas dentro do círculo poderão abrir os olhos e encontrar-se-ão no local em que pensaram;

Depois de ler a lista deixei crescerem lágrimas nos cantos dos meus olhos e desatei a rir.

– L-Levy... Isto é mesmo preciso? – Questionei entre gargalhadas.

– Isto parece um ritual satânico. – Continuei agarrada à barriga.

As minhas gargalhadas contagiaram o Natsu e o Gray, e a Erza também deu algumas risadas. Em momentos, toda a guilda estava a rir sem parar, o que me fez gargalhar ainda mais.

Passaram cerca de dez minutos e finalmente conseguimos parar de rir.

Eu ainda abafava as gargalhadas, perdida de riso, e o Gray fazia o mesmo. Como sempre, o Happy estava roxo...

– Mas, a sério. Nós precisamos mesmo de fazer tudo isto? – Dirigi-me às Levys enquanto limpava as lágrimas que se formaram nos meus olhos por causa de rir tanto.

– Podem apenas dar as mãos e pensar em Hearthland. Acho que funciona na mesma. – Disse-me a Levy de Edolas, com um sorriso.

Natsu de Edolas

O meu sózio e os seus companheiros estavam lá a frente.

Já estávamos na ilha onde eles tinham aparecido e portanto começamos a despedirmo-nos.

– Mas eu não quero que tu te vás embora! – Continuava a berrar ao segundo Natsu enquando chorava.

Ele aproximou-se de mim e pousou um dos seus braços nas minhas costas.

– Hey, não chores. – Disse-me ele com uma cara surpreendida.

– Não consigo evitar... – Disse-lhe, levando as mãos à cabeça.

– Oh... – Ele limitou-se a dizer, envergonhado.

– Bem, até qualquer dia. Da próxima vez terão que ser vocês a visitar-nos! – Disse a Lucy boazinha com um sorriso.

O Natsu e os seus companheiros afastaram-se e formaram um círculo. Consegui levantar-me e recompus-me, acompanhando a Lucy de Edolas com um aceno de mão.

– Adeus! Serão sempre bem-vindos! – Gritaram vários dos nossos.

Uma luz começou a surgir assim que eles deram as mãos uns aos outros. Os seus corpos começaram a clarear e uma corrente de ar envolveu-os.

Deixamos de os ver. Quando o vento acalmou, os nossos sózios já não estavam lá e todos trocamos sorrisos uns com os outros.

Lucy

Ventos fortes começaram a envolver-nos e senti o meu corpo a ficar leve. Tinha vontade de abrir os olhos para ver o que se estava a passar, mas como sabia que não o podia fazer, obriguei-os a ficarem fechados.

Passaram-se alguns segundos e o meu corpo voltou a ter o seu peso normal. Os ventos também deixaram de correr e voltei a sentir os pés no chão.

Abri lentamente os olhos e o hotel de Hearthland, em Argeon, onde estávamos hospedados, estava mesmo à nossa frente.

Era de noite e o grande relógio do edifício marcava as 00h23.

– Voltamos? – Quis confirmar a Erza.

– Acho que sim... – Disse a Levy, largando as mãos do Gajeel e do Gray, que se encontravam dos seus lados.

Todos largaram as mãos uns dos outros e trocaram olhares. Esqueci por completo que já passava da meia noite e gritei.

– Obrigado, Edolas! – Deixei escapar o meu grito, apontando para o céu.

Senti como se os nossos sózios nos respondessem com gritos eufóricos, e o resto do pessoal fez o mesmo que eu, gritando quase à mesma altura.

– Está tudo bem?! – Ouvi uma voz zangada gritar-nos.

– Mestre?! – Exclamamos todos ao mesmo tempo.

– Posso saber o que andaram a fazer até estas horas?! – Cuspiu o Avôzinho, cruzando os braços.

Todos rimos e portando resolvi ser eu a responder.

– Fomos visitar grandes amigos... – Disse com um sorriso.

– Então eu quero conhecer esses amigos... – Retrucou o Mestre, furibundo.

– Acho que não vai dar, Mestre... – Riu-se a Erza.

Todos entramos no hotel enquanto contávamos ao Mestre o que se tinha passado, e depois de longas explicações fomos para os nossos quartos repousar depois de dois dias em Edolas, o que em Hearthland foram apenas catorze ou quinze horas...

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