Ilha onde são realizadas as aulas práticas, 16h00...
Lucy
Depois da batalha contra as estátuas, andamos durante um longo período de tempo e enfrentamos várias outras criaturas, perdendo cada vez mais energia mágica.
Neste momento poucos ainda estavam de pé: a Levy estava inconsciênte há quatro horas e continuava a perder muito sangue, o que deixava o Gajeel desnorteado; a Juvia tinha perdido os sentidos depois de derrotar sozinha um monstro com o tamanho de dois prédios; a Wendy gastou demasiada energia mágica a tentar curar o braço da Levy, e estava esgotada, às cavalitas do Romeu.
O Happy e a Charls estavam cançados de andar sempre a carregar connosco no céu e o Lily tinha perdido grande parte da sua magia na luta com as estátuas. O Loke estava cá há alguns minutos, mas acabou por não aguentar e voltou para o mundo dos espíritos.
Uma figura sinista apareceu por entre o fumo e a poeira que se tinha levantado, lançando um raio verde que atingiu alguns dos nossos. A figura possuía roupas largas e todas negras, com um estranho cabelo branco.
A mesma figura levantou a cabeça e pude ver que tinha olhos brancos e lábios negros.
– Lucy Heartfilia? – Questionou o mesmo, olhando-me nos olhos.
A minha boca abriu-se de espanto. Quem estava ali, bem na minha frente, era um dos poucos amigos de infância que tive.
– Maro? – Perguntei mais a mim própria do que a ele, deixando os meus joelhos bater no chão.
Fiquei assustada com a aparição dele. Aqui, agora...
– Ah, então afinal ainda te lembras dos velhos amigos. – O mesmo disse-me com uma expressão orgulhosa.
Comecei a tremer. Eu achava que o Maro tinha morrido num acidente de carro.
Começaram a cair lágrimas dos meus olhos, e estava paralizada, sem qualquer reação.
Natsu
– Maro? – Repeti, encarando a Lucy.
No local onde nos encontrávamos não existiam runas , o que nos permitia usar magia. Mas em compensação, o número de monstros aqui era dez vezes maior.
A Lucy estava ajeolhada perante aquele rapaz, enquanto este a olhava atentamente. Por alguma razão, ter aquele desconhecido a olhar para ela deixou-me irritado.
Quando me aproximei vi o rosto da Lucy lavado em lágrimas.
– Lucy! O que é que se passa? – Dei por mim a gritar. Ela parecia apática, como se não me estivesse a ouvir.
O indivíduo levantou a sua mão na minha direção e fui atingido por um raio verde. O homem fez tudo aquilo sem sequer desviar o olhar da Lucy.
– Parvalhão... Porque é que estás a olhar para ela assim?! – Rosnei-lhe, mas ele ignorou-me, o que me levou ao limite.
– Faz parte da educação olhares para as pessoas quando estás a falar com elas! – Bufei.
– Exato, por isso é que estou a olhar para a Lucy. Não é? Velha amiga... Lucy Heartfilia. – Respondeu-me aquele idiota.
A Lucy reagiu às suas palavras, escondendo a cara entre o cabelo. Algo estava a escapar-me nesta história.
– Tu... – Começou ela.
– Tu... Não tinhas morrido? – Perguntou ela, com o olhar colado no chão.
– O quê? Vocês conhecem-se? – Perguntei, mesmo não querendo.
– Então foi isso que te disseram? – Questionou o homem.
A Lucy encarou-o e mais lágrimas correram até ao seu queixo.
– Como assim "o que me disseram"? – Expludio, levantando-se bruscamente.
– Tu morreste num acidente de carro quando foste passar férias à tua Terra Natal! – A loirinha gritou, encostando-se ao homem e batendo-lhe no peito.
Vê-la com ele deixou-me descontrolado.
– H-Hey, Lucy. O que é que estás a fazer? – Perguntei como se fosse um cachorro que tinha perdido o dono. Ela ignorou-me (mais uma vez) e afastou-se do homem.
O seu rosto estava tapado pelo cabelo e só dava para ver a sua boca, que rapidamente fez um sorriso sinistro.
– Idiota... – A loirinha pronunciou baixo.
Formou-se um silêncio constrangedor, o que parecia tornar o sorriso da Lucy ainda mais assustador. Por que raio é que ela estava a sorrir?
– Magia da ilusão, não é verdade?... – A mesma questionou, rindo-se baixinho.
Lucy
Depois de pronunciar as minhas últimas palavras peguei na chave dos Gemini e levantei a cara. Cortei o ar com a chave e gritei "Gemini!".
Uma segunda Erza surgiu com a armadura das espadas e rapidamente golpeou o Maro no peito.
– Erza! – Gritei.
A verdadeira Erza respondeu ao meu chamamento e rapidamente reequipou para a armadura da Imperatriz das Chamas. Ambas as Erzas se juntaram e derrotaram o Maro.
– A magia foi mal escolhida... – Disse baixo.
– Eu própria fui ao enterro do Maro e vi-o morrer. Era impossível o Maro ir de férias para a sua Terra Natal quando já vivia nela, a minha cidade. A cidade onde também eu tinha nascido. – Expliquei.
O Natsu não pareceu estar a entender a minha explicação, por isso repeti de uma outra maneira.
– Este homem é como uma cópia, tal como a segunda Erza. Magia da ilusão: lê os corações de quem cai nela e utiliza as recordações mais dolorosas das pessoas para as derrotar. Eu achava que aqui não haviam runas, no entanto parece que o Freed deixou esta magia como um presentinho. – Informei.
Senti logo a seguir um vento a vir pelas minhas costas e ouvi o Natsu gritar o meu nome. Quando me virei para trás, o Natsu tinha sido atingido por um dos raios verdes do Maro. Ele tinha-se atirado para a frente para me proteger...
– Natsu! – Gritei, vendo o seu corpo a ser projetado para longe.
Corri até ele e chamei-o, mas ele não me respondeu. Quando cheguei perto dele, os seus olhos estavam fechados.
– Natsu! – Voltei a gritar, levantando a sua cabeça e pousando-a no meu colo. As minhas lágrimas começaram a cair no seu rosto e ele abriu os olhos lentamente.
Comecei a soluçar e ele sorriu.
– És um idiota! – Gritei, deixando cair a minha cabeça no seu peito.
– Estás... Bem? – Ele perguntou-me, com esforço.
– Como é que me perguntas isso? É claro que eu estou bem! Mas tu não! – Berrei, levantando a cabeça.
– Beija-me. – Pediu ele, com um sorriso perverso.
Corei e parei de chorar.
– O... O quê? – Acabei por perguntar sem saber o que fazer.
Ele riu-se baixinho e puxou a minha cabeça para baixo. Não sabia o que fazer: ele tinha acabado de me pedir para o beijar e agora estava a chegar-me para perto dele.
Ouviu-se uma explosão e rapidamente levantei a cabeça, assustada. Não conseguia ver nada, apenas uma grande nuvem de poeira. O Gajeel e os outros estavam a tossir por causa do fumo e tentavam ver alguém no meio da fumaça, mas nada.
Dez segundos depois, duas Erzas saíram de dentro da grande nuvem com sorrisos confiantes. Mais uma vez voltei a chorar, mas desta vez de alegria.
A Academia podia ter aulas perigosas, mas cada vez mais unia os feiticieiros uns aos outros. A segunda aula prática tinha finalmente terminado.
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Fairy Tail - Academia de Verão T1
Fiksi PenggemarUma Fanfic sobre o Anime "Fairy Tail" criada por Animes_Fanfic_MVS. O Verão em Magnólia já chegou e os nossos queridos personagens estão prontos para a "Academia de Aperfeiçoamento de Magia", uma Academia criada na Guilda Fairy Tail e que de agora e...