Capítulo 29 - Rever pensamentos

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Ilha onde são realizadas as aulas práticas, 17h20...

Lucy

Após passarmos as últimas runas, um portal surgiu e o Mestre apareceu, avisando todos os feiticeiros que se encontravam na ilha de que a prova tinha chegado ao fim.

Agora estávamos a bordo do barco da Guilda e todos os feridos estavam a ser tratados: a Levy teve que levar pontos e o Gajeel quase chorou de preocupação; a Wendy estava a descansar depois de ter usado tanta magia corativa; o Happy e a Charls estavam a comer peixe e a beber chá; o Laxus (da outra equipa) esteve a envolver algumas feridas que tinha em ligaduras; e a Juvia estava a dormir, esgotada depois da dura luta que teve contra um monstro.

Eu estive a pôr alguns pensos em pequenos cortes que fiz e o Natsu estava inconsciente, depois de me ter protegido do ataque do falso Maro... Ele e a Levy eram os casos mais graves, o que me deixava com um sentimento de culpa.

– Lucy, ficares assim não vai ajudar nada... – Ouvi o Gray dizer-me, pousando a mão no meu ombro.

– Se eu tivesse estado atenta ele não se teria posto à frente... – Disse num tom baixo.

O rapaz (Gray) ficou com a cara meia roxa quando percebeu que deixei cair uma lágrima.

– Pois, tens razão... Quer dizer, não! Tu não tens culpa de nada! Ele é que é maluco e pôs-se à frente... – Ele tentou consolar-me o melhor que pode, atrapalhado.

Fiz um esforço para não me rir na cara dele.

– Bom... Eu vou voltar para junto da Juvia, está bem? – Perguntou-me.

Confirmei com a cabeça e fiquei a vê-lo afastar-se. Voltei a dirigir o meu olhar para o corpo ferido do Natsu. Quase no mesmo instante ele deixou escapar um grunhido.

Fiquei a olhar para o seu rosto fixamente, à espera que ele abrisse os olhos, mas ele não o fez. Em vez disso, levou a mão ao ferimento que tinha na barriga e queixou-se.

Supos que estivesse com dores, mesmo estando a dormir.

– Natsu... – Deixei escapar baixo. Pousei a cabeça no seu peito e agarrei a sua mão, ficando assim com ele até chegarmos a Magnólia.

"Beija-me.", relembrei-o a dizer. Continuei a recordar várias vezes esse momento, a pensar se seria uma brincadeira ou se seria mesmo a sério.

– É claro que foi a brincar... – Acabei por deixar escapar baixinho.

Provavelmente eu teria-o beijado na mesma, se não fosse a explosão que os dois Demónios causaram...

Se isso tivesse acontecido, então seria o nosso terceiro beijo em quase uma semana.

"Lucy, não ponhas coisas na cabeça!", berrei para mim própria em pensamento.

Relembrei o primeiro beijo; o segundo; a noite de há dois dias, em que ele me obrigou a dormir com ele; a minha revolta na praia por causa da Lisanna estar com ele; as minhas faltas às aulas por causa dele... De facto, desde que a Academia tinha crença do, comecei a mudar a minha opinião em relação ao Natsu.

Comecei a ver nele um rapaz carinhoso, romantico, preocupado...

Antes via-o (e ainda vejo) apenas como um idiota comilão, agressivo, conflituoso...

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